Turismo aéreo no Amazonas: projeto
pretende incentivar vinda de pilotos internacionais à região amazônica
Empresário Fernando Arruda Botelho
quer incentivar o turismo de aviadores internacionais na região
Amazônica
29/05/2007
(Da assessoria do IAB) - Na última quinta-feira, dia 24
de maio, o empresário Fernando Arruda Botelho se reuniu com o
governador do estado do Amazonas, Eduardo Braga, para discutir a
proposta, durante o Broa Fly-In, considerado o maior evento da aviação
brasileira, realizado em Itirapina (SP), entre os dias 24 e 27 de
maio.
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Rodrigo Zanette - 26/05/2007
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Cessna 172 M Skyhawk, PT-KDD,
modelo muito usado na Amazônia, decolando durante o IX Broa Fly-in.
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O projeto Turismo Aéreo no Amazonas, como foi batizado pelo
empresário, inclui, além de medidas para estimular a vinda de pilotos
de todo mundo à região, iniciativas para combater o desmatamento e a
degradação ambiental.
De acordo com Botelho, a idéia é que os pilotos que visitam a região e
cobrem grandes distâncias aéreas, sejam estimulados a denunciar crimes
ambientais às autoridades brasileiras.
Tal prática é bastante comum em países que concentram um grande número
de aeronaves, como os Estados Unidos, por exemplo.
Nesses lugares, grupos de aviadores se juntam e vão em direção à
diversos pontos turísticos, prestigiando as belezas desses locais e,
conseqüentemente, fortalecendo o comércio e a rede hotelaria.
"O Brasil tem que estar inserido nestes roteiros. É por isso que o
Instituto Arruda Botelho e o Governo do Amazonas estão determinados a
viabilizar este grande passo para o turismo da região Amazônica. A
região norte do País é muito grande, são mais de três horas para
atravessá-la de ponta a ponta. Assim, é preciso o avião para
desenvolvê-la", afirma Fernando Arruda Botelho.
Para o governador do Amazonas, Eduardo Braga, o projeto pode ser um
importante fator de desenvolvimento da região. Ele destacou que o
estado já possui um aeroporto internacional e outros 40 espalhados no
interior do Amazonas, que podem servir de pontos de apoio à
iniciativa.
"Os Estados do Brasil que cresceram
com o turismo, desenvolveram-se com a boa disponibilidade de rotas
aéreas, nacionais e internacionais. O Amazonas sofre com a falta de
linhas aéreas, que liguem o estado com o nordeste do Brasil e com o
exterior", afirmou o governador.
De acordo com ele, se houvesse melhor disponibilidade de linhas aéreas
no Amazonas, o número de turistas que visitam anualmente o estado
poderia saltar dos atuais 480 mil pessoas para receber 2 milhões de
turistas. "Há um grande monopólio no mercado brasileiro de aviação e
as companhias aéreas não conseguem responder à demanda de regiões
turísticas", diz.
Braga afirmou que estuda um pacote de incentivos para estimular a
aviação privada no Amazonas. Entre eles, um pacote de isenção fiscal,
que inclui tributos estaduais, como o Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS).
"A decisão política de reduzir a alíquota do ICMS já foi tomada. Porém
estudamos a melhor forma legal, junto ao CONFAZ [Conselho Nacional de
Política Fazendária] para realizar a ação", diz. |