Embraer começa a
modernizar os 53 AMX da FAB
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Rodrigo Zanette - 29/10/2006 |
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Embraer/Aermacchi/Aeritalia A-1
AMX, FAB 5503, realizando uma
passagem rasante em configuração de pouso durante o Domingo Aéreo,
na Academia da Força Aérea, em Pirassununga. |
A atualização do AMX incorporará o que há de mais atual em
tecnologia para sistemas aviônicos, de armamento e sensores, sendo boa
parte dos componentes utilizados fabricados no Brasil. Assim, a
aeronave atingirá o patamar operacional dos mais avançados aviões de
combate disponíveis no mercado.
“Sentimo-nos muito honrados em atender as necessidades da FAB no
cumprimento da sua missão constitucional de defesa nacional”, disse
Luiz Carlos Aguiar, Vice-Presidente Executivo da Embraer para o
Mercado de Defesa e Governo.
“Mais uma vez, temos a oportunidade de sermos a integradora de novas
tecnologias que envolverão outras empresas da indústria de defesa no
Brasil”, acrescentou Aguiar, lembrando que a modernização é de suma
importância não apenas para a FAB, mas também para a indústria
aeronáutica e a própria Embraer.
“O AMX é o diferencial pró-Brasil na América do Sul, graças à
capacidade operacional obtida em cumprimento aos requisitos
estabelecidos nas décadas de 70 e 80. A atualização tecnológica do
avião visa a introduzir novas capacidades, que o levarão ao
cumprimento pleno da sua missão nos próximos 20 anos”, explicou o
Brigadeiro Nôro, Subdiretor de Desenvolvimento e Programas (SDDP) e
Presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC).
O AMX
O AMX, designado A-1 pela FAB, é um jato de ataque ar-superfície,
empregado também em missões de reconhecimento aéreo. Em 1977, a Força
Aérea Italiana efetuou uma licitação para desenvolvimento de um
caça-bombardeiro. As empresas Aeritalia, atualmente denominada Alenia
Aeronáutica, e Aermacchi, ambas italianas, fizeram uma proposta
conjunta, iniciando os trabalhos em abril de 1978. Em março de 1981,
os governos italiano e brasileiro concluíram um acordo de
requerimentos conjuntos para as aeronaves e a Embraer foi convidada a
se juntar ao programa. Assim nasceu o AMX, projetado, desenvolvido e
produzido por um consórcio formado pelas três empresas.
O primeiro protótipo voou em 15 de maio de 1984 e a produção em série
começou dois anos depois, com os primeiros exemplares entregues à FAB
e à Força Aérea Italiana em 1989. Nos 11 anos seguintes, até 2000,
quase 200 aviões deste tipo foram produzidos. Os esquadrões italianos
de AMX voaram 252 missões de combate na guerra do Kosovo, na Sérvia,
em 1999, como parte da Operação Allied Force, sem nenhuma aeronave
perdida. No Brasil, o A-1 é operado pelo primeiro e terceiro
esquadrões do décimo Grupo de Aviação (1º/10º GAv – Esquadrão Poker e
3º/10º GAv – Esquadrão Centauro, respectivamente), ambos sediados na
Base Aérea de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e pelo 1º/16º GAv –
Esquadrão Adelphi, sediado na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de
Janeiro.
Dentre os principais benefícios da modernização dos jatos AMX da FAB,
pode-se citar: • Geração de tecnologia na área de integração de
sistemas aviônicos de última geração e desenvolvimento de software
embarcado no Brasil, beneficiando-se do conhecimento adquirido nos
projetos AL-X (Embraer A-29 Super Tucano) e F-5BR (Northrop F-5 Tiger
II);
• Autonomia, no Brasil, para a integração de novos sistemas e
sensores, bem como suporte logístico local;
• Consolidação do parque de empresas aeronáuticas voltadas para
eletrônica de defesa;
• Manutenção e ampliação da capacidade tecnológica da Embraer para
desenvolver novos produtos para o Ministério da Defesa do Brasil,
gerando possibilidades de exportação;
• Aumento da confiabilidade e disponibilidade atual da frota e
incremento da capacidade operacional;
• Redução da obsolescência de equipamentos, sistemas e tecnologias;
• Independência na manutenção da frota, em relação aos fornecedores
externos, uma vez que o País passará a deter controle total sobre o
software operacional;
• Extensão da operação efetiva das aeronaves AMX por mais 20 anos.
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