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Embraer começa a modernizar os 53 AMX da FAB
Aeronaves terão sistemas de última geração

04/09/2007
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Da Embraer) - A Embraer recebeu jato AMX da Força Aérea Brasileira (FAB) para modernização de sistemas e atualização tecnológica. O projeto de modernização dos jatos AMX, designados A-1 pela FAB, tem por objetivo manter ativa por mais 20 anos a frota de 53 unidades de um dos mais eficientes aviões de combate em atuação no país, fabricados pela Embraer entre 1989 e 2000.

   
 

Rodrigo Zanette - 29/10/2006

  AVIAÇÃOPAULISTA.COM
 

Embraer/Aermacchi/Aeritalia A-1 AMX, FAB 5503, realizando uma passagem rasante em configuração de pouso durante o Domingo Aéreo, na Academia da Força Aérea, em Pirassununga.
 

A atualização do AMX incorporará o que há de mais atual em tecnologia para sistemas aviônicos, de armamento e sensores, sendo boa parte dos componentes utilizados fabricados no Brasil. Assim, a aeronave atingirá o patamar operacional dos mais avançados aviões de combate disponíveis no mercado.

“Sentimo-nos muito honrados em atender as necessidades da FAB no cumprimento da sua missão constitucional de defesa nacional”, disse Luiz Carlos Aguiar, Vice-Presidente Executivo da Embraer para o Mercado de Defesa e Governo.

“Mais uma vez, temos a oportunidade de sermos a integradora de novas tecnologias que envolverão outras empresas da indústria de defesa no Brasil”, acrescentou Aguiar, lembrando que a modernização é de suma importância não apenas para a FAB, mas também para a indústria aeronáutica e a própria Embraer.

“O AMX é o diferencial pró-Brasil na América do Sul, graças à capacidade operacional obtida em cumprimento aos requisitos estabelecidos nas décadas de 70 e 80. A atualização tecnológica do avião visa a introduzir novas capacidades, que o levarão ao cumprimento pleno da sua missão nos próximos 20 anos”, explicou o Brigadeiro Nôro, Subdiretor de Desenvolvimento e Programas (SDDP) e Presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC).


O AMX

O AMX, designado A-1 pela FAB, é um jato de ataque ar-superfície, empregado também em missões de reconhecimento aéreo. Em 1977, a Força Aérea Italiana efetuou uma licitação para desenvolvimento de um caça-bombardeiro. As empresas Aeritalia, atualmente denominada Alenia Aeronáutica, e Aermacchi, ambas italianas, fizeram uma proposta conjunta, iniciando os trabalhos em abril de 1978. Em março de 1981, os governos italiano e brasileiro concluíram um acordo de requerimentos conjuntos para as aeronaves e a Embraer foi convidada a se juntar ao programa. Assim nasceu o AMX, projetado, desenvolvido e produzido por um consórcio formado pelas três empresas.

O primeiro protótipo voou em 15 de maio de 1984 e a produção em série começou dois anos depois, com os primeiros exemplares entregues à FAB e à Força Aérea Italiana em 1989. Nos 11 anos seguintes, até 2000, quase 200 aviões deste tipo foram produzidos. Os esquadrões italianos de AMX voaram 252 missões de combate na guerra do Kosovo, na Sérvia, em 1999, como parte da Operação Allied Force, sem nenhuma aeronave perdida. No Brasil, o A-1 é operado pelo primeiro e terceiro esquadrões do décimo Grupo de Aviação (1º/10º GAv – Esquadrão Poker e 3º/10º GAv – Esquadrão Centauro, respectivamente), ambos sediados na Base Aérea de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e pelo 1º/16º GAv – Esquadrão Adelphi, sediado na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro.

Dentre os principais benefícios da modernização dos jatos AMX da FAB, pode-se citar: • Geração de tecnologia na área de integração de sistemas aviônicos de última geração e desenvolvimento de software embarcado no Brasil, beneficiando-se do conhecimento adquirido nos projetos AL-X (Embraer A-29 Super Tucano) e F-5BR (Northrop F-5 Tiger II);
• Autonomia, no Brasil, para a integração de novos sistemas e sensores, bem como suporte logístico local;
• Consolidação do parque de empresas aeronáuticas voltadas para eletrônica de defesa;
• Manutenção e ampliação da capacidade tecnológica da Embraer para desenvolver novos produtos para o Ministério da Defesa do Brasil, gerando possibilidades de exportação;
• Aumento da confiabilidade e disponibilidade atual da frota e incremento da capacidade operacional;
• Redução da obsolescência de equipamentos, sistemas e tecnologias;
• Independência na manutenção da frota, em relação aos fornecedores externos, uma vez que o País passará a deter controle total sobre o software operacional;
• Extensão da operação efetiva das aeronaves AMX por mais 20 anos.

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