Receita total da TAM cresce 10% em 2007 e atinge R$
8,5 bilhões
Companhia transportou 27,8 milhões de passageiros no ano
em seus vôos domésticos e internacionais
01/04/2008 - 10h50
(Da
TAM)
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A TAM S.A fechou o ano de 2007 com receita bruta de R$ 8,5 bilhões,
crescimento de 10% sobre o faturamento de R$ 7,7 bilhões obtido em
2006. O destaque do ano passado ficou por conta da forte expansão das
operações internacionais: a receita com passageiros cresceu 38,5%,
para R$ 2,1 bilhões, e a de cargas aumentou 153%, para R$ 417 milhões.
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Rodrigo Zanette - 11/12/2007 |
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Airbus A340-541, PT-MSL, da TAM,
utilizado na rota São Paulo - Frankfurt,
estacionado em Cumbica (Guarulhos).
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Já no mercado doméstico, a receita com passageiros recuou 6,4%, para
R$ 4,8 bilhões, e a de cargas subiu 11,9%, para R$ 360 milhões. O
número de passageiros transportados aumentou 7,2% nos vôos
domésticos e atingiu a marca de 24,1 milhões, enquanto nas linhas
internacionais o crescimento foi de 48,7% e chegou a 3,7 milhões. O
lucro líquido apurado pela companhia no ano foi de R$ 128,8 milhões.
A TAM ampliou expressivamente sua participação no mercado
internacional. Entre as companhias aéreas brasileiras que operam
vôos para o exterior, a TAM alcançou market share de 67,5% em 2007.
Um ano antes, esse índice era de 37,5%. O crescimento verificado foi
de 30 pontos percentuais.
Em 2007, a companhia criou vôos diários para importantes destinos
fora do país. Além da terceira freqüência diária para Paris
(França), em janeiro, foram inaugurados mais três destinos
internacionais de longo curso: Milão (Itália), em março, Frankfurt
(Alemanha), em novembro, e Madri (Espanha), em dezembro. Na América
do Sul, a TAM iniciou vôos para Córdoba (Argentina), em março,
Caracas (Venezuela), em setembro, e Montevidéu (Uruguai), em
novembro.
"Foi um ano muito significativo para as nossas operações
internacionais. Investimos em novas rotas que têm apresentado bons
resultados. Além disso, estabelecemos acordos de code-share
estratégicos com destacadas companhias na Europa, Estados Unidos e
América do Sul", afirma o presidente da TAM, comandante David
Barioni Neto.
No mercado doméstico, a companhia encerrou o ano com 48,9% de
participação, contra 48% em 2006.
A demanda da TAM, medida em RPKs (passageiros-quilômetro
transportados), cresceu 27,4%: de 26,3 milhões em 2006 para 33,5
milhões no ano passado. Os números do quarto trimestre de 2007
demonstram aumento de 25,8% em relação ao mesmo período do ano
anterior: de 7,2 milhões para 9,1 milhões.
Já sua oferta, medida em ASKs (assentos-quilômetro oferecidos),
aumentou de 35,6 milhões em 2006 para 47,6 milhões em 2007, uma
variação de 33,8%. No 4T07, o ASK cresceu 26,7% (de 10,1 milhões
para 12,8 milhões).
O ano de 2007 foi encerrado com uma frota de 115 aeronaves, sendo
110 em operação e cinco F-100 em processo de devolução. O plano de
frota prevê encerrar 2008 com 123 aeronaves em operação, sendo
quatro Boeing B777-300ER e 119 Airbus. A TAM mantém pedidos firmes
de 89 novas aeronaves, com entregas programadas para o período de
2008 a 2018, sendo 40 aviões de grande porte destinados a vôos
internacionais de longo curso (oito Boeing 777-300ER; 10 Airbus
A330-200; 22 A350 XWB modelos 800 e 900) e 49 Airbus da família A320
(que incluem os modelos A319, A320 e A321) utilizados nas rotas
domésticas e da América do Sul.
Para financiar a renovação e expansão da frota, a companhia captou,
em 2007, o equivalente a US$ 300 milhões por meio de oferta de bônus
no exterior, com vencimento em 2017. Além disso, foi assinado acordo
de empréstimo com o banco Calyon e outros bancos para financiar até
US$ 330,9 milhões em operações de adiantamento (pré-delivery payment
- PDP) de quatro aeronaves Boeing contratadas junto à fabricante
norte-americana com pedidos de compra firmes e entrega prevista para
2008. Em 31 de dezembro de 2007 o saldo desse empréstimo era de R$
516,7 milhões. Com o banco BNP Paribas, foi assinado acordo de
empréstimo para financiar até US$ 117,1 milhões em operações de
adiantamento de 30 aeronaves contratadas junto à Airbus, com
entregas programadas até 2010. "Essas captações contribuíram para
fortalecer o caixa da companhia", afirma o CFO e diretor de Relação
com Investidores da TAM, Líbano Miranda Barroso.
O EBIT (resultado da operação) em 2007 atingiu R$ 261,4 milhões, com
uma margem de 3,2%. No quarto trimestre de 2007, a margem foi de 3,6
%, totalizando R$ 83,3 milhões. Comparado com a margem de 11,9%
obtida no mesmo período de 2006, houve redução de 8,3 pontos
percentuais.
A margem de EBITDAR, que reflete a geração de caixa da empresa antes
das despesas financeiras, impostos, depreciação, amortização e
aluguéis, foi de 15,4% em 2007 (ante 24,7% em 2006), com um volume
de R$ 1,3 bilhão (R$ 1,8 bilhão em 2006). De outubro a dezembro do
ano passado, o indicador também foi de 15,4% (R$ 352,9 milhões). Nos
mesmos meses de 2006, a margem foi de 22,5% (R$ 437,3 milhões).
Para este ano, a companhia estima um crescimento da demanda no
mercado doméstico de 8% a 12%. "Nossa meta é manter a liderança nos
mercados domésticos e internacional com crescimento da oferta de
assentos (ASK) em 14% e 40%, respectivamente. Além disso,
pretendemos manter uma taxa de ocupação de aproximadamente 70%",
afirma Barroso.
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