UAL
Corporation divulga resultados do segundo trimestre
Empresa toma medidas
para responder aos preços sem precedentes dos combustíveis e aumentar
sua competitividade
23/07/2008 - 10h46
(Da
assessoria da United no Brasil)
- A UAL Corporation, empresa holding da
United Airlines, anunciou ontem, dia 22 de julho, que teve um prejuízo
líquido de US$ 2,7 bilhões, ou de US$ 151 milhões, com a exclusão de
certas mudanças contábeis, em sua maioria não relacionadas com o caixa
da empresa, no segundo trimestre de 2008. O prejuízo é conseqüência de
um aumento de US$ 773 milhões nas despesas da empresa com
combustíveis.
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Valdemar Júnior - 06/07/2008
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Boeing 767-322ER, N662UA, da United Airlines,
recebido diretamente do fabricante no dia 30 de agosto de 1993,
taxiando no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
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Durante o período, a empresa continuou a manter
o foco no controle de custos. O custo por assento-milha oferecido (CASM)
de sua unidade principal, excluindo os combustíveis e as mudanças
contábeis, aumentou 2,6% com relação ao mesmo período de 2007. Se
forem incluídas as despesas com combustíveis e as mudanças
contábeis, o custo por CASM da unidade principal aumentou 85,5%,
incluindo um aumento de 55,4% no preço do combustível usado pela
unidade principal.
No período, a empresa melhorou sua posição com relação ao caixa, ao
levantar US$ 90 milhões por meio de novos financiamentos, venda de
propriedades e a liberação de até US$ 130 milhões em recursos de uso
com restrições. A empresa está levantando US$ 330 milhões no
terceiro trimestre por meio de financiamentos de aviões e liberação
de recursos com restrições. O resultado será um aumento de
aproximadamente US$ 550 milhões nos recursos disponíveis para uso
imediato.
A empresa também anunciou no segundo trimestre novas reduções em sua
frota, com a retirada de serviço de todos os seus aviões do tipo
Boeing 737 e de seis Boeing 747. No total, a empresa vai retirar de
serviço 100 aviões. A capacidade de oferta da unidade principal para
vôos domésticos nos Estados Unidos terá uma redução de entre 15,5 e
16,5% até o quarto trimestre deste ano, com relação ao quarto
trimestre do ano passado. Ligada a esta redução, é esperado um corte
de aproximadamente 7 mil postos de trabalho até o fim de 2009.
Ainda durante o período, a United Airlines anunciou uma nova aliança
de parceria com a Continental Airlines. Esta parceria criará o mais
abrangente sistema de rotas domésticas dentro dos Estados Unidos,
por meio da ligação entre as redes das duas empresas, e abre a
possibilidade de reduções de custos e aumento de eficiências,
beneficiando, ao mesmo tempo, os viajantes.
Prejuízo operacional
Os resultados financeiros da empresa no segundo trimestre foram
bastante prejudicados pelas mudanças contábeis, anunciadas
antecipadamente, que vieram somar-se ao aumento de US$ 773 milhões,
ou 54,1%, nas despesas com combustíveis. Essa situação levou a uma
sensível redução nos seus resultados operacionais com relação ao
mesmo período do ano passado. As mudanças contábeis representaram um
custo de US$ 2,6 bilhões.
É possível que novas mudanças desse tipo venham a ocorrer
futuramente, relacionadas, por exemplo, com a retirada de aviões de
serviço, custos de demissões e fechamento de instalações. A empresa
não tem, no momento, condições de fazer um cálculo razoável de quais
serão e a quanto montarão essas despesas.
Se não forem consideradas as mudanças contábeis, a empresa teve um
prejuízo operacional de US$ 87 milhões no período, em comparação com
uma renda operacional de US$ 537 milhões no mesmo período do ano
anterior. Este prejuízo foi conseqüência, especialmente, da alta dos
preços dos combustíveis. Dessa maneira, a empresa teve um prejuízo
líquido de US$ 151 milhões no segundo trimestre de 2008, resultado
inferior em US$ 425 milhões ao do segundo trimestre de 2007.
Incluídas as mudanças contábeis, a empresa registrou no trimestre um
prejuízo operacional de US$ 2,69 bilhões e um prejuízo líquido de
US$ 2,75 bilhões.
Aumento de receita
O aumento consistente da receita e a melhor performance com
relação aos custos não foram suficientes para compensar o aumento de
mais de 55% no preço médio do combustível de aviação.
O presidente, presidente do Conselho e CEO da empresa, Glenn Tilton,
declarou: “O setor no qual operamos tem diante de si um desafio
nunca antes experimentado, o aumento continuado dos preços do
petróleo. A United está tomando medidas corajosas para compensar os
preços sem precedentes dos combustíveis e para aumentar a
competitividade da empresa. A eliminação de toda a nossa frota de
aviões Boeing 737 e nossa aliança com a Continental são exemplos das
diversas abordagens que estamos seguindo para responder às
dramáticas mudanças nas condições do mercado, com o objetivo de
obter melhores resultados para nossos acionistas”.
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