Continental Airlines
e United Airlines estabelecem acordo amplo de cooperação
Projeto de associação prevê ingresso da Continental Airlines na Star
Alliance
20/06/2008 - 11h02
(Da assessoria da United no Brasil)
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A United Airlines e a Continental Airlines anunciaram
ontem, dia 19, que estabeleceram a estrutura de um acordo destinado a
promover uma ampla cooperação entre as duas empresas aéreas.
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Divulgação - United |
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Boeing 767-300ER
da United Airlines, modelo operado nos vôos entre o Brasil (São
Paulo - Guarulhos) e Washington, EUA.
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Rodrigo Zanette - 11/12/2007 |
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Decolagem do Boeing 767-424ER,
N66051, da Continental Airlines, do aeroporto de Cumbica, em
Guarulhos, com destino ao Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
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Pelo acordo, United e Continental ligarão redes
e serviços em escala global, beneficiando seus clientes e criando
novas oportunidades para a obtenção de renda, redução de custos e
aumento de eficiência das empresas. Também ficou determinado que a
Continental pedirá seu ingresso na Star Alliance, a mais abrangente
aliança de empresas aéreas do mundo, da qual a United é membro
fundador.
"O plano da Continental de associar-se à United e unir-se à Star
Alliance abrirá novas e substanciais oportunidades para todos os
nossos clientes", declarou o presidente do Conselho e CEO da
Continental, Larry Kellner. "Em um negócio de redes, há muito valor
a ser obtido em ligações com redes maiores, para oferecer uma
cobertura verdadeiramente nacional e um alcance global mais amplo,
além da possibilidade de explorar novas formas de reduzir custos e
aumentar eficiências. No momento em que temos diante de nós
condições que representam alguns dos maiores desafios já enfrentados
pelas empresas aéreas, estamos ansiosos para obter os benefícios de
um novo relacionamento com a United Airlines e os outros membros da
Star Alliance".
Equipes das duas organizações trabalharam intensamente, durante as
últimas semanas, na busca de soluções criativas sobre como as duas
empresas poderiam obter eficiências e sinergias, que vão além dos
benefícios já bem estabelecidos das operações em code share. Seu
trabalho teve como foco os planos para uma cooperação significativa
em programas para passageiros freqüentes, salas em aeroportos,
utilização de recursos, tecnologia da informação e aquisições em
geral. Seu trabalho contou com o apoio das oportunidades de
eficiências já identificadas e relacionamentos desenvolvidos em
discussões anteriores das duas empresas com relação a uma fusão.
"As equipes operaram muito bem em conjunto para identificar as
oportunidades da criação de uma associação única e competitiva, indo
bem além dos acordos tradicionais de code share", afirmou o
presidente do Conselho, presidente e CEO da United, Glenn Tilton.
"Em nome da Star Alliance, tenho o enorme prazer de convidar a
Continental a unir-se a nós como membro. A Continental trará novos e
consideráveis recursos para nossa aliança global. Nossas duas
empresas trabalharão efetivamente em conjunto com nossos associados
para oferecer a melhor rede geral da América e do mundo".
Kellner e Tilton se reunirão ainda hoje, dia 20, em Chicago para
assinar a estrutura de acordo, com os detalhes da aliança de
sistemas e dos princípios da cooperação entre as duas empresas.
Joint ventures
A United e a Continental pretendem estabelecer joint ventures a
partir de sua nova associação. Por meio delas, cooperarão entre si e
com outras empresas da Star Alliance em algumas regiões do mundo e
poderão competir de forma mais eficiente no mercado cada vez mais
global do transporte aéreo.
Inicialmente, a Continental vai requerer ao Departamento de Justiça
dos Estados Unidos permissão para unir-se à United, Lufthansa, Air
Canada e seis outras empresas membros da Star Alliance em uma
aliança já existente e estabelecida, com imunização contra a
legislação antitruste. Isso permitirá que Continental, United,
Lufthansa, Air Canada e outras empresas já protegidas trabalhem em
cooperação estreita, como ocorre com outras alianças desse tipo,
formando joint ventures para operar no Atlântico Norte e outras
regiões, oferecendo horários de vôos, tarifas e serviços altamente
competitivos.
A projetada joint venture para o Atlântico Norte, na qual
Continental, United, Lufthansa e Air Canada dividirão a receita,
permitirá que essas empresas possam competir de forma mais eficiente
com a projetada joint venture de alguns membros da SkyTeam, que
recebeu recentemente imunidade antitruste. A joint venture para o
Atlântico Norte combinará os pontos fortes das empresas, com o
objetivo de criar uma rede transatlântica mais eficiente e completa
para os seus clientes.
Também há planos para o estabelecimento de joint ventures para a
América Latina e para a região Ásia/Pacífico, abrangendo
Continental, United e outros membros da Star Alliance. O
estabelecimento das imunidades antitruste e o code share nessas
rotas dependem da aprovação das autoridades dos países envolvidos,
onde isso for requerido.
Vôos domésticos nos EUA
As redes da United e da Continental no mercado interno dos
Estados Unidos são altamente complementares. Há poucas rotas que se
sobrepõem. Assim, a associação deve gerar valor para as duas
empresas e para seus clientes que estejam planejando efetuar viagens
domésticas ou internacionais.
No mercado interno dos Estados Unidos, onde não se aplica uma
legislação antitruste para vôos meramente domésticos, as duas
empresas pretendem introduzir um amplo programa de code share,
facilitando a criação de itinerários com o uso das duas empresas,
além do uso de programas de fidelidade, reconhecimento de
passageiros com status superior e reciprocidade no uso de salas nos
aeroportos. A entrada em vigor dessas atividades de cooperação exige
a notificação prévia às autoridades reguladoras e a saída da
Continental de alguns relacionamentos oriundos de sua antiga
aliança. Com o code share, os clientes poderão dispor de um processo
coordenado para reservas e emissão de passagens, check-in, conexões
e transferências de bagagem.
A reciprocidade nos planos de passageiros freqüentes permitirá aos
membros do programa OnePass, da Continental, e Mileage Plus, da
United, ganharem milhas para seus planos quando voarem pela outra
empresa e usarem suas milhas em qualquer uma das duas. Viagens nas
duas empresas também vão contar para a obtenção de pontos relativos
a categorias superiores de clientes elite. Da mesma forma, clientes
das duas empresas terão acesso às salas da rede Presidents Club, da
Continental, e Red Carpet Club, da United.
Continental e Star Alliance
O ingresso da Continental Airlines na Star Alliance e outros
projetos de cooperação dependem da aprovação de agências reguladoras
e outros organismos e do término de relações governadas por
contratos, incluindo os acordos atuais da Continental com membros da
SkyTeam, que restringem sua participação em outra aliança global. A
Continental pretende encerrar os acordos em vigor com membros da
SkyTeam e obter as aprovações necessárias para o ingresso na Star
Alliance. Mas existe a possibilidade de que a Continental não tenha
sucesso nessas tentativas e o período de tempo necessário para sua
concretização pode não depender da Continental. Por exemplo, uma
restrição contratual importante só será encerrada nove meses depois
do fechamento da proposta fusão entre Delta e Northwest. A
Continental pretende efetuar a transição da SkyTeam para a Star
Alliance de maneira a não criar problemas para seus clientes.
O ingresso na Star Alliance ligará a Continental à United e a outras
19 empresas de várias partes do mundo. A Star Alliance permite que
os passageiros freqüentes de suas empresas ganhem e usem milhas
quando viajam em outros membros da aliança. As empresas também
reconhecem da mesma maneira o status de elite e dão acesso a uma
rede internacional de salas nos aeroportos.
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