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Gol registra lucro operacional de R$ 61,2 milhões no trimestre
Companhia cumpre objetivo de atingir uma operação consolidada rentável, com margem operacional de 3,4%. Receita líquida sobe para R$ 1,8 bilhão

17/11/2008 - 13h47
(Da
assessoria da GOL) - A GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. divulgou ontem, dia 16 de outubro, ao mercado os resultados relativos ao terceiro trimestre de 2008. No período, a Companhia cumpriu o objetivo de atingir uma operação consolidada rentável, registrando lucro operacional de R$61,2 milhões, com margem operacional de 3,4%. Além disso, a GOL obteve receitas líquidas de R$1,8 bilhão, crescimento de 37,2% em comparação ao mesmo período de 2007.

 

Valdemar Júnior - 06/07/2008

 

AVIAÇÃOPAULISTA.COM

 

Boeing 737-83N, PR-GIB, da GOL, taxiando no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
 

"É o início da nossa virada. Por meio de medidas disciplinadas e efetivas, adotadas para aprimorar a eficiência, conseguimos tornar rentável a operação consolidada da GOL e da Varig, subsidiárias hoje reunidas em uma única companhia aérea", afirma Constantino de Oliveira Júnior, presidente da GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A.

A demanda por transporte aéreo no Brasil continuou apresentando forte crescimento no terceiro trimestre de 2008. Os RPKs (passageiros-quilômetro transportados) domésticos cresceram 9% – 1,8 vezes mais do que o crescimento estimado do PIB do país. Para atender esse crescimento, a companhia adicionou dez aeronaves à sua frota no período, aumentando em 16% a capacidade.

A GOL transportou 6 milhões de passageiros no trimestre, representando crescimento 8,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A taxa de ocupação consolidada dos vôos ficou em 60%, um decréscimo de 1,2 ponto percentual comparado ao terceiro trimestre de 2007, e a taxa de ocupação break-even consolidada totalizou 57,9%, uma redução de 1,9 ponto percentual sobre o mesmo período.

A participação média no mercado doméstico da GOL foi de 40% no trimestre. Com as operações das rotas internacionais, realizadas com as marcas GOL e Varig, a companhia conquistou uma participação média no mercado internacional de 24% (do RPK das empresas brasileiras com vôos internacionais). No período, 22% do volume total consolidado de RPK da Companhia foi relacionado ao tráfego internacional de passageiros.

Em termos de assento-quilômetro oferecido, o EBITDAR (lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação, amortização e custos com leasing de aeronaves) foi de 2,62 centavos de Real no terceiro trimestre de 2008, com margem de 14,5%, comparado aos 2,17 centavos de Real registrados no mesmo período do ano passado. O EBITDAR totalizou R$259,9 milhões no 3° trimestre de 2008, comparado a R$193,4 milhões no 3° trimestre de 2007 e -R$90,4 milhões no 2° trimestre de08.

Já os custos operacionais por ASK (assentos-quilômetro oferecido) consolidados, excluindo combustível, apresentaram um aumento de 13,6%, para 9,87 centavos de Real ano a ano, principalmente por causa da redução programada na utilização das aeronaves e despesas relacionadas a serviços de manutenção que fazem parte do processo de devolução de aeronaves. As despesas de combustível por ASK aumentaram 36,3% na comparação ano a ano. Devido a esses fatores, o total de despesas operacionais por ASK cresceu 22,4%, para 17,42 centavos de Real.

O lucro operacional consolidado no trimestre foi de R$61,2 milhões, representando margem operacional de 3,4%. Receitas auxiliares (carga e outras) aumentaram 55%, para R$178 milhões. O prejuízo líquido consolidado do trimestre foi de R$294,3 milhões, devido, principalmente, ao impacto da variação cambial negativa de R$261,8 milhões, e impacto líquido dos ganhos de hedge cambial e das perdas em hedge de combustível no trimestre, que foi negativo em R$48,0 milhões. O prejuízo por ação foi de R$1,47 e por ADS foi de US$0,88.

A política de gestão de riscos da companhia proíbe explicitamente a realização de apostas direcionais e transações especulativas com derivativos, e requer diversificação de transações e de contrapartes. A GOL utiliza somente instrumentos sem alavancagem, não sendo permitida a execução de transações com valores nocionais maiores que nossas exposições.

Ainda no terceiro trimestre, devido à sazonalidade, redução das atividades promocionais, redução planejada da capacidade e término das operações de longa distância, os yields (média que um passageiro paga por um quilômetro voado) aumentaram aproximadamente 39% comparados ao segundo trimestre do ano. Yields mais altos contribuíram para o aumento da receita operacional por assento-quilômetro oferecido (RASK) em 31% no período. Os índices de pontualidade da GOL estiveram entre os mais elevados na indústria, alcançando 88% no trimestre e 92% em setembro. O índice de regularidade foi 98% no terceiro trimestre.

A companhia realizou novos investimentos no conforto dos clientes e na qualidade dos serviços oferecidos. Em 30 de setembro, as duas companhias operacionais, GOL Transportes Aéreos e VRG Linhas Aéreas, que opera a marca Varig, fundiram-se em uma única empresa, após aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em 25 de setembro. Essa fusão permitiu o lançamento de uma nova malha aérea integrada em 19 de outubro, contemplando a estrutura unificada e eliminando a sobreposição de rotas e horários entre GOL e Varig. A nova malha deverá aumentar o aproveitamento dos vôos e permitir elevação de oferta em mercados nos quais a companhia está consolidada, além de viabilizar a criação de ligações diretas entre cidades até então não conectadas.

A integração das operações e o aumento da escala também permitirão à GOL incrementar o serviço de bordo, sem, com isso, aumentar custos. Para atender aos passageiros corporativos, a companhia estendeu o Smiles, o maior programa de milhagem da América Latina, a todos os seus vôos. Foi lançada, ainda, a nova classe Comfort nos vôos internacionais de média distância da Varig na América do Sul. "Esperamos que a malha integrada, combinada com iniciativas que implementamos para adicionar valor aos nossos serviços e melhorar a experiência de vôo, forneça ao nosso cliente o que há de melhor em transporte aéreo na América do Sul, possibilitando aumentos nas taxas de ocupação sem aumentos de custo", continua Oliveira Júnior.
 

  
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