"É o início da nossa virada. Por meio de
medidas disciplinadas e efetivas, adotadas para aprimorar a
eficiência, conseguimos tornar rentável a operação consolidada
da GOL e da Varig, subsidiárias hoje reunidas em uma única
companhia aérea", afirma Constantino de Oliveira Júnior,
presidente da GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A.
A demanda por transporte aéreo no Brasil
continuou apresentando forte crescimento no terceiro trimestre
de 2008. Os RPKs (passageiros-quilômetro transportados)
domésticos cresceram 9% – 1,8 vezes mais do que o crescimento
estimado do PIB do país. Para atender esse crescimento, a
companhia adicionou dez aeronaves à sua frota no período,
aumentando em 16% a capacidade.
A GOL transportou 6 milhões de
passageiros no trimestre, representando crescimento 8,7% em
relação ao mesmo período do ano passado. A taxa de ocupação
consolidada dos vôos ficou em 60%, um decréscimo de 1,2 ponto
percentual comparado ao terceiro trimestre de 2007, e a taxa
de ocupação break-even consolidada totalizou 57,9%, uma
redução de 1,9 ponto percentual sobre o mesmo período.
A participação média no mercado doméstico
da GOL foi de 40% no trimestre. Com as operações das rotas
internacionais, realizadas com as marcas GOL e Varig, a
companhia conquistou uma participação média no mercado
internacional de 24% (do RPK das empresas brasileiras com vôos
internacionais). No período, 22% do volume total consolidado
de RPK da Companhia foi relacionado ao tráfego internacional
de passageiros.
Em termos de assento-quilômetro
oferecido, o EBITDAR (lucro operacional antes de juros,
impostos, depreciação, amortização e custos com leasing de
aeronaves) foi de 2,62 centavos de Real no terceiro trimestre
de 2008, com margem de 14,5%, comparado aos 2,17 centavos de
Real registrados no mesmo período do ano passado. O EBITDAR
totalizou R$259,9 milhões no 3° trimestre de 2008, comparado a
R$193,4 milhões no 3° trimestre de 2007 e -R$90,4 milhões no
2° trimestre de08.
Já os custos operacionais por ASK
(assentos-quilômetro oferecido) consolidados, excluindo
combustível, apresentaram um aumento de 13,6%, para 9,87
centavos de Real ano a ano, principalmente por causa da
redução programada na utilização das aeronaves e despesas
relacionadas a serviços de manutenção que fazem parte do
processo de devolução de aeronaves. As despesas de combustível
por ASK aumentaram 36,3% na comparação ano a ano. Devido a
esses fatores, o total de despesas operacionais por ASK
cresceu 22,4%, para 17,42 centavos de Real.
O lucro operacional consolidado no
trimestre foi de R$61,2 milhões, representando margem
operacional de 3,4%. Receitas auxiliares (carga e outras)
aumentaram 55%, para R$178 milhões. O prejuízo líquido
consolidado do trimestre foi de R$294,3 milhões, devido,
principalmente, ao impacto da variação cambial negativa de
R$261,8 milhões, e impacto líquido dos ganhos de hedge cambial
e das perdas em hedge de combustível no trimestre, que foi
negativo em R$48,0 milhões. O prejuízo por ação foi de R$1,47
e por ADS foi de US$0,88.
A política de gestão de riscos da
companhia proíbe explicitamente a realização de apostas
direcionais e transações especulativas com derivativos, e
requer diversificação de transações e de contrapartes. A GOL
utiliza somente instrumentos sem alavancagem, não sendo
permitida a execução de transações com valores nocionais
maiores que nossas exposições.
Ainda no terceiro trimestre, devido à
sazonalidade, redução das atividades promocionais, redução
planejada da capacidade e término das operações de longa
distância, os yields (média que um passageiro paga por um
quilômetro voado) aumentaram aproximadamente 39% comparados ao
segundo trimestre do ano. Yields mais altos contribuíram para
o aumento da receita operacional por assento-quilômetro
oferecido (RASK) em 31% no período. Os índices de pontualidade
da GOL estiveram entre os mais elevados na indústria,
alcançando 88% no trimestre e 92% em setembro. O índice de
regularidade foi 98% no terceiro trimestre.
A companhia realizou novos investimentos
no conforto dos clientes e na qualidade dos serviços
oferecidos. Em 30 de setembro, as duas companhias
operacionais, GOL Transportes Aéreos e VRG Linhas Aéreas, que
opera a marca Varig, fundiram-se em uma única empresa, após
aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em 25 de
setembro. Essa fusão permitiu o lançamento de uma nova malha
aérea integrada em 19 de outubro, contemplando a estrutura
unificada e eliminando a sobreposição de rotas e horários
entre GOL e Varig. A nova malha deverá aumentar o
aproveitamento dos vôos e permitir elevação de oferta em
mercados nos quais a companhia está consolidada, além de
viabilizar a criação de ligações diretas entre cidades até
então não conectadas.
A integração das operações e o aumento da
escala também permitirão à GOL incrementar o serviço de bordo,
sem, com isso, aumentar custos. Para atender aos passageiros
corporativos, a companhia estendeu o Smiles, o maior programa
de milhagem da América Latina, a todos os seus vôos. Foi
lançada, ainda, a nova classe Comfort nos vôos
internacionais de média distância da Varig na América do Sul.
"Esperamos que a malha integrada, combinada com iniciativas
que implementamos para adicionar valor aos nossos serviços e
melhorar a experiência de vôo, forneça ao nosso cliente o que
há de melhor em transporte aéreo na América do Sul,
possibilitando aumentos nas taxas de ocupação sem aumentos de
custo", continua Oliveira Júnior.