Lufthansa investe em participação na Brussels
Airlines
Companhia
deverá adquirir 45% da SN Airholding SA/NV e poderá executar a opção
de compra dos 55% restantes a partir de 2011
02/10/2008 - 12h16
(Da
assessoria da Lufthansa no Brasil)
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A Brussels Airlines decola
rumo a um novo futuro com a Lufthansa: Wolfgang Mayrhuber, presidente
do grupo Lufthansa, e Etienne Davignon, presidente da SN Airholding,
assinaram um acordo que, inicialmente, prevê uma participação
estratégica na SN Airholding SA/NV e, num segundo passo, a integração
total da empresa ao grupo Lufthansa. O acordo ainda está sujeito a
ressalvas por parte das autoridades antitruste, do Conselho Fiscal da
Lufthansa e da diretoria e dos acionistas da SN Airholding SA/NV.
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Ingrid Friedl - Divulgação |
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Boeing 747-400 da Lufthansa,
utilizado nos vôos entre São Paulo e Frankfurt.
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Inicialmente, a Lufthansa
deverá adquirir 45% da SN Airholding SA/NV no âmbito de um aumento
de capital ao preço de 65 milhões de euros. Depois de garantir os
direitos de tráfego da Brussels Airlines. A Lufthansa poderá
executar a opção de compra dos 55% restantes a partir de 2011, e a
Brussels Airlines passará a ser 100% afiliada da Lufthansa.
O preço de aquisição dos 55% restantes estará atrelado aos
resultados, de forma que o preço total de compra da Brussels
Airlines poderá chegar até o máximo de 250 milhões de euros.
O modelo de integração elaborado em conjunto pelas duas empresas se
baseia no sucesso obtido pela cooperação Lufthansa-Swiss: ele prevê
a atuação praticamente independente da Brussels Airlines, mas no
âmbito dos objetivos, orientação estratégica e recursos financeiros
que orientam todo o grupo Lufthansa. Está previsto, ainda, que a
Brussels Airlines mantenha sua sede e diretoria em Bruxelas, mesmo
depois da execução da opção de compra. Ela continuará desenvolvendo
seus potenciais sob sua marca de renome, com frota e tripulações
próprias, e fazendo uso da vantagem de ter sua base fincada no
mercado belga. Para tanto, precisa de uma malha aérea que atenda a
demanda, inclusive por meio de conexões intercontinentais.
Os centros de distribuição da Lufthansa em Frankfurt, Munique e
Zurique complementam a oferta de acordo com o respectivo potencial
de mercado, preferências dos clientes e estrutura de custos para os
clientes comuns. A fusão tem como objetivos o posicionamento da
Brussels Airlines perante as exigências do mercado, o cumprimento de
suas metas de crescimento e o aumento de sua lucratividade, a fim de
oferecer aos seus clientes e funcionários melhores perspectivas a
longo prazo.
O presidente da Lufthansa, Wolfgang Mayrhuber, enfatizou que unir
forças é necessário e conveniente no sentido de fortalecer a
competitividade com base na oferta e a rentabilidade total baseada
no controle de custos: “A fusão de Brussels Airlines e Lufthansa é a
de duas empresas aéreas cujas ofertas se complementam e cuja
excelente reputação ultrapassa em muito os seus mercados domésticos.
Juntas, poderemos oferecer maior número de destinos, conexões
otimizadas, programas de milhas universais e acesso ampliado às
lounges, o que aumentará a atratividade de ambas as empresas. A
Bélgica e a Alemanha também vão se beneficiar da fusão, assim como
os membros da Star Alliance. Sem contar que a fusão contribui para o
fortalecimento da aviação européia. Isso é importante, pois somente
uma estrutura de empresas aéreas européias forte e rentável poderá
garantir que as exigências específicas da economia européia sejam
atendidas por meio de qualidade global de conectividade sustentável
e oferecer perspectivas a longo prazo a seus funcionários.”
Etienne Davignon aprovou a conclusão das negociações com a
Lufthansa: “Um futuro comum com a Lufthansa nos dará a grande
oportunidade de fazer frente à concorrência com sucesso. As
estratégias ‘Multi-Hub’ e ‘Multi-Brand’ da Lufthansa são as melhores
condições prévias para a futura estabilidade e crescimento da
Brussels Airlines.”
Com a integração da Brussels Airlines, a Lufthansa continua
ampliando sua posição de líder mundial de malhas aéreas. O acesso
melhorado a um mercado europeu atraente e importante também
fortalece a competitividade da Lufthansa. A Brussels Airlines com
uma ampla malha aérea africana, por sua vez, vai se beneficiar
clientes adicionais para os destinos oferecidos por meio do centro
de distribuição Bruxelas.
O futuro comum de Brussels Airlines e Lufthansa também fará emergir
poderosas sinergias na relação custos-benefícios, que deverá crescer
sucessivamente até chegar a um valor de milhões de euros de dois
dígitos por ano, no prazo de três anos a contar da data de liberação
por parte das autoridades antitruste.
Indicadores Lufthansa e Brussels Airlines
No ano passado, as empresas aéreas do grupo Lufthansa transportaram
63 milhões de passageiros para 208 destinos, e a Brussels Airlines e
suas parceiras transportaram 5,8 milhões. A malha aérea da Brussels
Airlines reúne 62 destinos próprios. A fusão proporcionará doze
novos destinos aos passageiros Lufthansa. O aumento de destinos para
os passageiros da Brussels Airlines será de 133. O grupo Lufthansa
emprega cerca de 105.000 funcionários e opera uma frota de 513
aviões (frota consolidada). A Brussels Airlines emprega
aproximadamente 3.000 funcionários e dispõe de uma frota de 49
aviões.
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