Grupo Lufthansa obtém lucro
operacional de 984 milhões de euros nos primeiros nove meses
Diretoria prevê resultado de cerca de 1,1
bilhão de euros para o ano
31/10/2008 - 10h24
(Da
assessoria da Lufthansa no Brasil)
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Mesmo em meio à difícil conjuntura econômica, a
Lufthansa aumentou a oferta e o faturamento nos primeiros nove meses
do ano. Ao todo, o grupo obteve um lucro operacional de 984 milhões de
euros, o que corresponde a um recuo de 101 milhões de euros em relação
ao mesmo período do ano anterior. O lucro do grupo registra 551
milhões de euros; no ano anterior, ele foi de 1,6 bilhão de euros, mas
esse valor continha um lucro de 503 milhões de euros proveniente da
venda das cotas-parte da Thomas Cook AG assim como uma receita de 82
milhões de euros oriunda da recompra de ações próprias pela WAM
Acquisition S.A.
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Ingrid Friedl - Divulgação |
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Boeing 747-400 da Lufthansa, utilizado nos vôos
entre São Paulo e Frankfurt.
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“Diante da nítida pressão exercida pela
constante crise dos mercados financeiros e pela situação econômica
em geral, este resultado é respeitável. Em épocas de crise, nosso
foco natural é sustentar esses resultados. Somos flexíveis,
adaptamo-nos com facilidade e nos ajustamos à demanda. Além disso,
trabalhamos nossa produtividade e estamos atentos às nossas medidas
de redução dos custos de combustível e dos custos externos. Tudo
isso e o excelente trabalho de equipe de todos os funcionários do
grupo contribuem para a estabilidade e nos dá oportunidade de
conquistar novos espaços”, disse Wolfgang Mayrhuber, presidente da
Deutsche Lufthansa AG, por ocasião da apresentação dos dados
trimestrais.
Ao mesmo tempo em que o desaquecimento da economia mundial afetou
principalmente as áreas de transporte de passageiros e catering, as
demais áreas comerciais de logística, técnica e de manutenção e de
serviços de TI registraram desenvolvimento positivo do seu resultado
operacional.
Na área de transporte de passageiros, o acentuado aumento dos preços
de combustível, a perda de rendimentos resultantes da greve, assim
como a diminuição da demanda em decorrência da conjuntura reduziu o
resultado. Mesmo assim, os atraentes produtos Premium, a ampliação
direcionada da malha aérea e o sucesso da integração da Swiss
possibilitaram aumentar as vendas em comparação ao mesmo período do
ano anterior.
“Continuamos melhorando nossa oferta por meio da ampliação do nosso
sistema de empresas aéreas e fortes alianças. As crises, muitas
vezes, originam mudanças estruturais. Queremos usar as oportunidades
criadas por essas mudanças para fortalecer nossa posição no longo
prazo ao mesmo tempo que mantemos nossa base financeira”, enfatizou
Mayrhuber. Ele acrescentou que o sistema modular de empresas aéreas
praticamente independentes e que atendem às especificações de seus
respectivos mercados é o conceito do futuro que permitirá unir o
maior número de mercados europeus da melhor maneira possível.
Nos primeiros nove meses do ano, a área de logística obteve um
aumento sensível do faturamento e um resultado operacional ainda
melhor. Medidas de redução de custos e de aumento da eficiência
levaram ao aumento do resultado operacional na área técnica e de
manutenção. A área de serviços de TI também se beneficiou da gestão
de custos direcionada, aumentando sensivelmente o resultado
operacional. Devido a paridades negativas de câmbio, custos maiores
de material e efeitos individuais, a área de catering não obteve o
mesmo bom resultado operacional do mesmo período do ano anterior.
Mayrhuber acentuou, ainda, que a Lufthansa está preparada para o
futuro. “O nome Lufthansa representa credibilidade e visão de longo
prazo justamente em meio às dificuldades econômicas do setor.
Prestamos atenção na solidez do balanço, asseguramos nossa
flexibilidade financeira e operacional, oferecemos o que podemos
vender e investimos onde faz sentido. Sabemos fazer o que muitas
concorrentes não conseguem. Superar crises com lucratividade ao
mesmo tempo em que continuamos fortes e mantemos a atratividade da
nossa empresa tanto para acionistas como para clientes e
funcionários.” As medidas instauradas para estabilizar os resultados
e a severa gestão de custos continuarão sendo de extrema
importância, enfatizou o chefe da Lufthansa. Para o exercício de
2008, o grupo conta com um faturamento superior ao do ano anterior.
De acordo com as previsões atuais, o grupo deverá chegar a um
resultado operacional de cerca de 1,1 bilhão de euros. Isso, porém,
está sujeito às oportunidades e aos riscos decorrentes da flutuação
dos fatores econômicos mundiais.
Os primeiros nove meses de 2008 em números
Nos primeiros nove meses de 2008, o faturamento do grupo Lufthansa
chegou a 18,6 bilhões de euros, 13.6% a mais do que no mesmo período
do ano anterior. As receitas do tráfego aumentaram 17,9%, chegando a
15 bilhões de euros. Para tanto, foram decisivos a consolidação
total da Swiss e o aumento do número de passageiros com receitas
médias estáveis na área de transporte de passageiros. Ao todo, os
rendimentos empresariais do grupo no período aumentaram para 19,8
bilhões de euros, um aumento de 13,4%.
Os custos operacionais aumentaram para 18,9 bilhões de euros nos
primeiros nove meses do ano, principalmente devido ao aumento dos
preços de combustível para 4,1 bilhões de euros, um aumento de
48,9%. Esse aumento é resultado tanto de preços e quantidade como da
mudança na consolidação do grupo.
O resultado operacional do grupo nos primeiros nove meses do ano foi
de 984 milhões de euros, 101 milhões de euros a menos do que no
mesmo período do ano anterior. A redução deve-se principalmente ao
desenvolvimento negativo da área de transporte de passageiros. O
resultado do grupo é de 551 milhões de euros. No mesmo período do
ano anterior, ele foi de 1,6 bilhão de euros, mas continha o lucro
resultante da venda de cotas-parte na Thomas Cook, de 503 milhões de
euros, e a recompra de ações por meio da WAM Acquisition S.A., de 82
milhões de euros.
No período analisado, a Lufthansa investiu 1,7 bilhão de euros.
Destes, 1,1 bilhão de euros foi despendido na ampliação e
modernização da frota e 214 milhões de euros na compra de uma
participação mínima na JetBlue Airways Corporation, em 22 de janeiro
de 2008. O fluxo de caixa operacional foi de 2,1 bilhões de euros.
No final do terceiro trimestre de 2008, a liqüidez do fluxo de caixa
foi de 357 milhões de euros.
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