Infraero recebe convite
para analisar aeroportos iraquianos
Estatal brasileira
foi convidada para
a realização de um estudo dos principais aeroportos iraquianos
com possibilidade futura de administração compartilhada
09/04/2009 - 12h45
(Da
assessoria da Infraero)
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O presidente da Infraero, Cleonilson Nicácio Silva, recebeu na
última terça-feira, dia 7 de abril, a visita do ministro de
Planejamento do Iraque, Ali Ghalib Baban, na sede da empresa, em
Brasília. A comitiva iraquiana conheceu os principais
investimentos realizados pela Infraero em melhoria e expansão
aeroportuária, além do perfil dos 67 aeroportos que compõem a
rede. Ao final do encontro, Ghalib convidou a Infraero para a
realização de um estudo dos principais aeroportos iraquianos com
possibilidade futura de uma administração compartilhada naqueles
aeroportos. “Acreditamos que a Infraero está apta a fazer um
intercâmbio. É uma grande oportunidade para os dois países”,
afirmou o ministro, elogiando a atuação da Infraero.
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Rodrigo Zanette - 02/08/2008 |
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Devido a falta de vagas para estacionamento, é comum ver carros
estacionados em cima de canteiros no Aeroporto de Cumbica.
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A intenção do
Ministério do Planejamento do Iraque é retomar os
investimentos nos aeroportos uma vez que o país passa por um
grande processo de reconstrução. “Há também uma crescente
demanda de passageiros por conta do turismo religioso e do
desenvolvimento da indústria petrolífera”, explicou Ghalib.
Segundo o presidente da Infraero, o convite é uma oportunidade
para mostrar o trabalho da empresa no mercado internacional.
“Espero começar nossa atuação no exterior pelo importante país
que é o Iraque”, ressaltou.
Durante a exposição, Nicácio enfatizou a composição da rede
aeroportuária formada por aeroportos lucrativos e deficitários
e falou da grande responsabilidade da empresa na integração
nacional. O presidente também apontou o crescimento de
passageiros e movimento de aeronaves nos últimos três anos e
abordou o balanço financeiro positivo da empresa em 2008: “Não
dependemos de recursos, nosso sistema é independente”, disse
Nicácio, ressaltando que o grande negócio da Infraero é o
compromisso com a segurança e o conforto do passageiro.
Além do ministro do Planejamento do Iraque, estiveram
presentes no encontro o diretor-geral do ministério do
Planejamento do Iraque, Ahmed A. Rahem Al-Yassery, o assessor
do ministro, Farouk Ibraheem Aziz Al-Hashmi, o jornalista
iraquiano Sedeq Mahmood Ahmed, o secretário do ministério do
Planejamento do Iraque, Emad Hameed, o encarregado de negócios
do Iraque no Brasil, Hussein Ali Abdulbaqi-Ramah e o assessor
da Divisão do Oriente Médio do Ministério das Relações
Exteriores, Carlos Leopoldo Gonçalves de Oliveira. Da
Infraero, participaram, além de assessores, os diretores de
Engenharia, Paulo Sergio Ramos Pinto, e do diretor Financeiro,
Mauro Roberto Pacheco de Lima.
Realidade
(por Valdemar Júnior)
Os aeroportos brasileiros não estão recebendo investimentos na
segurança das operações. O usuário não vê, mas são várias as
pistas e pátios da Infraero que estão esburacados e/ou
ondulados, inclusive nos principais, como Cumbica e Galeão,
onde faltam taxiways e o mato cobre até as placas de
sinalização. Isso sem falar nos terminais utilizados pelos
passageiros, que se aglomeram como podem e usam posições
remotas enquanto não são feitos investimentos para ampliação e
se coloca terminais temporários de lona! Em muitos casos, o
TCU, (Tribunal de Contas da União), descobriu irregularidades
como desvio de dinheiro público e superfaturamento, portanto,
os iraquianos não conheceram os aeroportos administrados pela
Infraero. A revista Aeromagazine revelou muitos problemas
relacionados à administração da Estatal em sua edição de
março, e apontou problemas graves nos 67 aeroportos
administrados pela Infraero. Temos que pensar em como
conseguir recursos para reformar nossos aeródromos
administrados pelo Governo Federal para a Copa de 2014 ao
invés de pensar no Iraque, principalmente porque a
privatização não veio e agora é tarde, pelo menos para
atualizá-los até 2014. Quem já ficou olhando os aviões
taxiarem em Cumbica percebeu que há lugares onde os aviões
passam e parece que eles caem em um buraco, principalmente em
frente ao pátio ao lado da torre de controle. É um absurdo ver
aviões de milhões de dólares, das principais companhias
aéreas do mundo, tendo que passar devagar para não tocar as
pontas das asas no chão.
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