LAAD 2009 discute
combate à atividade pirata e uso de aeronaves não tripuladas
Boeing apresentou
modelos de aeronaves não tripuladas que podem ser usadas em
missões militares diversas
17/04/2009 - 10h14
(Da
assessoria da LAAD)
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Dois momentos marcaram ontem, dia 16
de abril, a sétima edição da LAAD (Latin America Aerospace and
Defence), que se encerra hoje, no Pavilhão 3 do Riocentro.
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Bruno
Magalhães - 17/04/2007 |
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Estande da Boeing na LAAD 2007.
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No primeiro deles, no início da
tarde, a INSITU, da Boeing, apresentou modelos de aeronaves
não tripuladas que podem ser usadas em missões militares
diversas. A empresa é uma das líderes em alta tecnologia de
sistemas de baixo custo e longa duração e atua em vários
países.
De acordo com o responsável pela área de Desenvolvimento e
Negócios, Alex Pita, este sistema de aviões não tripulados (VANTs),
já apresentado ao governo brasileiro, pode operar em
diferentes situações climáticas, por isso atrai tanto a
atenção das forças armadas do mundo todo. “As pessoas pensam
que o veículo é o produto, quando na verdade, o produto em si
é a informação que ele pode captar”, esclareceu Pita.
As aeronaves, com autonomia de
voo
de 16 horas, podem operar dia e noite (com infravermelho) e
ter como base de lançamento de navios a pequenas embarcações.
Além disso, sua utilização, segundo Pita, vem se mostrando
bastante eficaz em bases terrestres. Eles são capazes de
captar imagens em detalhes em operações como busca e
salvamento, de vigilância etc.
Pirataria
Num segundo encontro, no Pavilhão
5, durante o II Seminário de Defesa, executivos das empresas
DCNS e Denel Dynamics trocaram idéias no Painel “Novas Tarefas
e Capacidade para a Defesa” com militares brasileiros e
estrangeiros.
Ao abordar os ataques piratas a
embarcações, Michel Perchoc, da empresa francesa DCNS,
destacou os elementos principais do sistema de mobilização
tática contra a pirataria que, segundo ele, é uma ameaça nova.
“A Marinha francesa está envolvida nos combates a esses
ataques desde 2007, especialmente na zona principal, no Canal
de Moçambique, situado no
Oceano Índico entre a costa da África Oriental e Madagascar.
Infelizmente, essa luta ainda não se beneficia de um corpo
doutrinário estabelecido. Temos contado com tecnologia, mas
para o combate efetivo, são precisos ataques similares ao de
um submarino, uma vez que o fator surpresa é essencial nesta
luta”, afirma Perchoc. As ações são registradas numa área de
até mil quilômetros da costa.
O executivo ressaltou ainda que os
piratas atacam sempre de surpresa, mas são mal equipados e
totalmente vulneráveis. “Eles são agressivos e têm
comportamento inesperado. Para o contra ataque, temos que
tirar deles o que eles têm de melhor, que é a informação sobre
aquela determinada embarcação que eles pretendem dominar”,
explica Perchoc ao ressaltar a criação de centros de
coordenação naval voltados especialmente para este tipo de
ação e a implementação de um eficiente e seguro sistema de
comunicação onde as embarcações mercantes também podem
colaborar.
O Coronel do Exército, Ian Van Vuuren, da Denel Dynamics,
empresa da África do Sul que trabalha com tecnologia e
transferência de tecnologia em mísseis, apresentou um modelo
prático de programa de desenvolvimento tecnológico em conjunto
com o Brasil para transferência de tecnologia. E ressaltou a
importância em se ter o apoio do governo em qualquer programa
para desenvolvimento de armas, já que os impactos dos riscos
são grandes.
Programação
Para hoje, dia 17 de abril, último dia de evento, está
programado no II Seminário de Defesa o painel “Melhores
práticas financeiras na aquisição de grandes programas de
Defesa”, às 10h15, no segundo andar do Pavilhão 5.
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