Embraer recupera o
protótipo do Xingu
Primeira aeronave
pressurizada produzida pela Empresa completa 30 anos de
certificação
13/08/2009 - 15h13
(Da Embraer)
- Como parte das atividades de
comemoração dos seus 40 anos, a Embraer realizou uma cuidadosa
operação de recuperação do protótipo da aeronave EMB 121 Xingu,
prefixo PP-ZXI, primeiro avião pressurizado fabricado pela
empresa. A recuperação foi fruto do trabalho de alunos das
unidades do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial)
de São José dos Campos, Jacareí e Taubaté, com a supervisão de
empregados da Embraer. Após ser exibida aos empregados da
companhia, a aeronave será exposta em caráter permanente no
Musal (Museu Aeroespacial), no Rio de Janeiro.
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Divulgação -
Embraer |
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O primeiro EMB 121 Xingu,
prefixo PP-ZXI.
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Em 2009, o EMB 121
Xingu, que teve 105 unidades produzidas, completa 30 anos da
certificação. Esta iniciativa dá continuidade ao processo de
restauro de aeronaves da Embraer iniciado em 2008 com o
segundo protótipo do Bandeirante, avião originalmente
projetado e construído no então Centro Técnico de Aeronáutica
(CTA), atual Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial, e que
deu origem à criação da Embraer, em 19 de agosto de 1969. O
mesmo trabalho foi realizado com os dois protótipos do CBA
123, em 2009.
"Tem sido uma oportunidade ímpar poder restaurar aeronaves
históricas da Embraer", explica Pedro Ferraz, diretor do
Instituto Embraer de Educação e Pesquisa. "O Xingu PP-ZXI voou
pela primeira vez em 22 de outubro de 1976 e difere dos demais
modelos fabricados. Em uma etapa posterior à homologação, esta
aeronave teve a cabine alongada, visando acomodar um maior
número de passageiros, e recebeu motores mais potentes. No
entanto, a versão não chegou a ser produzida em série."
Coordenados por líderes técnicos da Embraer, os alunos do
SENAI dedicaram-se ao projeto em paralelo à rotina acadêmica.
As atividades envolveram instrução, treinamento e
acompanhamento dos alunos, que adquiriram conhecimentos em
fabricação de aeronaves, técnicas de montagem e utilização de
ferramentas especializadas. Durante o processo de recuperação,
várias partes da fuselagem, cabine e asas precisaram ser
reconstruídas com material composto.
O EMB 121 Xingu
O EMB 121, que ganhou o nome de Xingu em homenagem à tribo
indígena brasileira e ao rio da Amazônia, foi desenvolvido a
partir da plataforma do Bandeirante. Destinado a atender o
mercado de transporte executivo, tinha capacidade para até
oito passageiros e foi a primeira aeronave pressurizada
projetada e construída no Brasil. A pressurização da cabine
permitia que a aeronave voasse a 28 mil pés (8.534 metros) de
altitude, acima das formações de nuvens e grande parte das
perturbações atmosféricas, mantendo a pressão interna
equivalente a 8 mil pés (2.438 metros), garantindo assim mais
conforto aos passageiros.
Embora a estrutura do avião fosse baseada na do Bandeirante,
recebeu motores mais potentes. Outra inovação característica
no Xingu foi a cauda tipo "T", onde o conjunto estabilizador
horizontal foi montado no topo do estabilizador vertical.
Dessa maneira, o sopro das hélices não atingiria o
estabilizador horizontal, garantindo menor nível de vibração e
de ruído. O primeiro protótipo do Xingu, prefixo PP-ZXI,
realizou o voo inaugural em 22 de outubro de 1976, ainda sem o
sistema de pressurização. A apresentação oficial da aeronave
aconteceu na Embraer, em 4 de dezembro do mesmo ano. Em maio
de 1977, o Xingu voou com sucesso com o sistema de
pressurização acionado.
O primeiro cliente foi a FAB (Força Aérea Brasileira), que
equipou o GTE (Grupo de Transporte Especia), com sede em
Brasília. O protótipo do Xingu foi o primeiro avião de
fabricação nacional a fazer a travessia do Atlântico,
juntamente com um Bandeirante, nas cores da Air Littoral, em
26 de maio de 1977.
O Xingu foi certificado em 1979 e teve ótima aceitação no
mercado internacional. Na França, por exemplo, a aeronave é
usada para o treinamento de pilotos desde 1983 e a Força Aérea
Francesa decidiu prolongar a vida operacional até 2025 com a
modernização dos sistemas eletrônicos. Isso manterá o Xingu em
operação por 42 anos consecutivos, um fato raríssimo no setor.
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