Embraer entrega um CBA
123 restaurado ao MUSAL
Segundo protótipo do avião
será um dos destaques do salão principal do museu
27/08/2009 - 10h46
(Da Embraer)
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A Embraer entregou no dia 14 de
agosto o segundo protótipo do avião CBA 123 para o MUSAL (Museu
Aeroespacial). A cerimônia foi realizada nas instalações do
museu, localizado no Campo dos Afonsos, município do Rio de
Janeiro. A aeronave foi recuperada pela Embraer como parte das
atividades de comemoração dos 40 anos da empresa e ficará
exposta no salão principal do MUSAL, ao lado do protótipo número
um do Bandeirante, primeiro avião fabricado pela Embraer.
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Divulgação -
Embraer |
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Cerimônia de recebimento do CBA 123 Vector no MUSAL.
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"É uma grande honra para a Embraer ver o
CBA 123 exposto no maior museu aeroespacial do País", disse
Pedro Ferraz, diretor do Instituto Embraer de Educação e
Pesquisa. "Temos um carinho especial por este avião. Apesar de
não ter sido produzido em série por motivos mercadológicos, o
CBA 123 representou um grande avanço tecnológico para a
indústria aeronáutica brasileira. Com certeza, ele será muito
bem preservado no MUSAL."
A recuperação do segundo protótipo do CBA 123, matrícula
PT-ZVB, contou com a participação de alunos do curso de
mecânica geral do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial) e foi concluída no último mês de maio. O avião foi
exposto aos empregados da Embraer durante o mês de junho na
sede da empresa, em São José dos Campos, interior do Estado de
São Paulo, e depois transferido para o Rio de Janeiro.
"Temos muito orgulho de receber o CBA 123, aeronave que
enriquece ainda mais o acervo do MUSAL", disse o
brigadeiro-do-ar Márcio Bhering Cardoso, diretor do MUSAL. "Já
contávamos com outros aviões históricos da Embraer, como o
Bandeirante, o Xavante e o AMX. Agora, o público terá a
oportunidade de conhecer mais um avião produzido pela
empresa."
Criado em 1973, o MUSAL ocupa uma área de 15.195 metros
quadrados, incluindo um prédio de dois andares e cinco
hangares anexos. As salas de exposição abrigam as principais
coleções históricas de pioneiros da aviação e o salão
principal reúne as aeronaves mais antigas do museu, que
recebe, em média, 60 mil visitantes por ano.
O CBA 123
Um acordo de cooperação no setor aeronáutico entre Brasil
e Argentina, em 1987, resultou no desenvolvimento de um
projeto em parceria entre a Embraer e a FAMA (Fábrica
Argentina de Material Aeroespacial): o CBA 123 (a sigla CBA
significa Cooperação Brasil-Argentina), comercialmente
denominado Vector. O CBA 123 foi uma aeronave sofisticada e
moderna, que apresentava significativas melhorias em termos de
inovações técnicas, velocidade, segurança e conforto. Equipada
com motor tipo pusher instalado na parte traseira da
fuselagem, com hélices na parte posterior, a aeronave foi
projetada com 19 assentos. A campanha de certificação contou
com dois protótipos e o primeiro voo foi realizado pela
aeronave prefixo PT-ZVE no dia 18 de julho de 1990. O avançado
projeto demonstrou-se incompatível com as expectativas do
mercado, que no início da década de 1990 experimentou
acentuada crise logo após a primeira Guerra do Golfo, levando
à sua inviabilidade econômica e consequente cancelamento da
produção. O acordo de cooperação técnica com a indústria
argentina foi descontinuado a partir de 1991 e o projeto
finalmente encerrado em 1995. Várias das tecnologias
desenvolvidas para o CBA 123, entretanto, foram mais tarde
incorporadas ao programa ERJ 145.
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