A ideia é diminuir os atrasos nos voos que chegam e partem nos horários de pico, principalmente no final do ano, quando aumenta o tráfego de passageiros.

Segundo a agência, apenas voos charter ou fretados deverão sofrer mudanças no horário de suas operações.

Estão sendo analisados os pedidos de operação de 246 voos charter em Cumbica durante o período de férias, que podem não ser aprovados devido à restrição no número de slots.

Segundo as definições da ANAC, as operações não-regulares são eventuais e buscam atender a uma demanda específica, caso dos charter e fretamento. Já as regulares são as que ocorrem durante todo o ano, com horários e rotas previamente autorizados, portanto, não sofrerão alteração. Antes de comercializar um voo regular ou charter, a companhia aérea envia uma solicitação para a ANAC, que analisa os pedidos com base nas capacidades de infraestrutura do aeroporto fornecidas pela Infraero e Aeronáutica. O charter, embora seja eventual, é comercializado diretamente pela companhia aérea, por isso a necessidade prévia de aprovação da ANAC. No caso de voos de fretamento (comercializados pelas agências de viagem e associados a pacotes turísticos), não é necessária a autorização da Agência.

A medida precisa ser publicada no Diário Oficial da União para entrar em vigor.


Realidade

Cumbica está operando acima de sua capacidade há muito tempo, porém, com pouco mais da metade do número de pousos e decolagens do aeroporto da Cidade do México, o mais movimentado da América Latina, com 366.561 operações em 2008 contra 194.186 de Guarulhos (ambos com apenas duas pistas paralelas) no mesmo período. Os dois terminais de Guarulhos têm capacidade para receber 16.500.000 de passageiros por ano, mas em 2008 passaram 20.393.165 pessoas pelo local, segundo dados da Infraero (estatal que administra os terminais). Já o aeroporto da Cidade do México recebeu em 2008 26.210.217 de passageiros, tornando-se o 43° mais movimentado do mundo. Os números e o fato de nenhum aeroporto brasileiro estar entre os 50 mais movimentados do planeta, mostram a incapacidade da Infraero.

Por mais absurdo que possa parecer, a ANAC está correta por não poder manter o número de slots em Cumbica, pois a Infraero não oferece condições para isso e o passageiro seria o mais prejudicado ao ter que frequentar salas de embarque lotadas, além de sofrer com atrasos nas operações de pousos e decolagens, entre outros problemas. A falta de infra-estrutura nos principais aeroportos brasileiros é imensa. A principal saída seria a privatização dos principais aeroportos nacionais, mas o Governo não pretende fazer isso em ano de eleição, ou seja, vai continuar sobrando para o passageiro. Como sempre! Cidadania é cobrar os nossos direitos, porém, a maioria do povo brasileiro é inerte e assiste a tudo sem fazer exatamente nada. Alguns reclamam com pessoas que não podem fazer nada, como os atendentes nos guichês das companhias aéreas. Pense bem nisso para não continuar sofrendo com os problemas do "apagão" aéreo!