ANAC divulga balanço final da Operação Feliz 2009
Agência
emitiu 67 autos de infração,
a maioria deles por atrasos reiterados nos voos, e contra a
Infraero
12/02/2009 - 11h48
(Da ANAC)
- A ANAC (Agência Nacional de Aviação
Civil) anunciou que terminou o balanço final da Operação Feliz
2009, realizada de 19 de dezembro de 2008 a 7 de janeiro de
2009. A ANAC emitiu 67 autos de infração, a maioria deles por
atrasos reiterados nos voos, mas também alguns contra a
Infraero, operadora dos principais aeroportos brasileiros. Todos
os autos de infração emitidos pelos fiscais da Operação Feliz
2009 serão analisados pela Junta de Julgamentos da ANAC, onde as
empresas têm direito de defesa, e podem resultar em multas com
valores que variam de acordo com a gravidade da ocorrência. Se
todos os 67 autos forem julgados procedentes e os infratores
punidos com o valor máximo, as multas emitidas pela ANAC somarão
R$ 775 mil.
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Rodrigo
Zanette - 02/08/2008 |
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Passageiros no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
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Além das autuações, a
Operação Feliz 2009 produziu uma redução significativa nos
atrasos em relação ao mesmo período de fim de ano na virada de
2007 para 2008. Mesmo com um aumento de 9,4% no total de voos
no período – 33.465 partidas (no período de 19/12/08 a
04/01/09) contra 30.597 em 2007 (de 21/12/07 a 06/01/08) – o
número de voos com atrasos acima de 30 minutos teve uma
redução de 14,3%. Além disso, o número de voos com atrasos de
mais de uma hora, principais responsáveis por transtornos para
os passageiros, teve uma redução substancial: caíram 33,5%,
enquanto os de mais de duas horas sofreram uma redução de
56,3%.
A companhia GOL/Varig foi a que recebeu mais autuações: 61%,
num total de 41 autos de infração. A TAM foi a segunda
companhia mais autuada, com 15 infrações (22% do total). A
Infraero teve 6 autos. Outras companhias autuadas foram a
OceanAir (3 autuações), Iberia (1 autuação) e Webjet (1
autuação).
O maior número de ocorrências foi de atrasos reiterados:
quando uma companhia aérea atrasa repetidas vezes um mesmo voo
em dias diferentes num curto período, sem justa causa. A
constatação é feita por um inspetor da ANAC, mesmo que não
haja reclamação de passageiros, ao verificar o horário de
transporte (Hotran) aprovado pela Agência e o horário da
partida. Foram 30 autuações por atraso reiterado, a maioria
(93%) contra a GOL/Varig.
A segunda maior incidência de infrações foi por preterição,
com 14 ocorrências. A preterição ocorre quando um passageiro é
impedido de embarcar num voo em que tinha reserva confirmada.
Durante a Operação Feliz 2009, as companhias aéreas se
comprometeram a não praticar
overbooking (venda de passagens além da capacidade da
aeronave). Porém, em alguns casos de transferência de
passageiros para outros voos – em função de atrasos ou
cancelamentos – a capacidade da aeronave não foi suficiente
para acomodar todos, fazendo com que alguns fossem preteridos.
As demais infrações foram decorrência de problemas com
bagagens (6 autuações), falhas na infraestrutura aeroportuária
(5), cancelamento de voos sem justa causa (3), falha na
identificação de passageiros (3), falha na informação a
passageiros (2), atrasos superiores a 4 horas sem justa causa
(2), descumprimento de embarque prioritário (1) e falha de
segurança no acesso à área restrita –
security – (1).
Providências da GOL/Varig
Durante a Operação Feliz 2009, os problemas
identificados na companhia GOL/Varig fizeram a ANAC convocar
uma reunião com a empresa no dia 26 de dezembro e exigir
medidas corretivas, entre elas a unificação do sistema de
check-in da Gol e da Varig
até o dia 18 de janeiro. De acordo com a fiscalização
realizada pela ANAC nos principais aeroportos do país entre os
dias 19 e 23 de janeiro, a companhia cumpriu a determinação e
unificou o sistema de check-in.
Outra exigência da Agência foi de que a companhia aérea
adequasse o tempo em solo previsto para suas aeronaves, para
evitar atrasos. Em reunião realizada na ANAC no dia 28 de
janeiro, a GOL/Varig apresentou alterações nos horários de
voos, ampliando o tempo em solo como solicitado, e também
adotou uma série de medidas com um Plano de Ação para Melhoria
de Performance. Como parte deste plano, a empresa informou à
ANAC ter criado um Comitê de Pontualidade, com a participação
de seus principais executivos, e que tomou providências quanto
a sua infraestrutura de tecnologia de informação (TI) para
evitar quedas de sistema como as que ocorreram no fim do ano
passado.
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