Avião da Air
France teria atingido a água inteiro
Bureau d'Enquêtes et
d'Analyses informou que o A330 que fazia o voo AF 447 pode ter
batido na água em alta velocidade
02/07/2009 - 16h24
(Valdemar Júnior -
Com informações da assessoria da Air France no Brasil)
- O BEA (Bureau
d'Enquêtes et d'Analyses / Gabinete de Investigação e Análises,
em português), do Governo francês, divulgou hoje, dia 2 de
julho, que o A330 da Air France, que caiu no dia 31 de maio
próximo a Fernando de Noronha, pode não ter se desintegrado
durante o voo e deve ter batido na água em alta velocidade.
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Airbus -
Divulgação |
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Airbus A330-200 da Air France, modelo que caiu no dia 31 de maio.
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Os
investigadores lembraram que estão muito longe de descobrir o
que causou o acidente que matou 228 pessoas e que vão
continuar procurando as caixas pretas até o dia 10 de julho.
O reletório divulgado hoje pelo BEA mostra que o A330 pode se
chocado com a parte de baixo da fuselagem no Oceano Atlântico,
pois estava inteiro no momento do acidente, porém, não foi
possível saber a velocidade exata do Airbus no impacto com a
água.
Os indícios que levaram os investigadores a chegar a essa
conclusão foi a forma do achatamento do assoalho (de baixo
para cima) e o estado do leme, que estava preso a uma parte do
cone de cauda do avião. Também não há sinais de fogo nos
destroços, portanto, foram descartadas as hipóteses de
explosão e incêndio. O fato de os coletes salva-vidas achados
não estarem inflados mostrou que os passageiros não tiveram
tempo para usar o acessório.
A assessoria de imprensa da Air France no Brasil informou que
a companhia continuará a cooperar
plenamente com as autoridades e reiterou seu compromisso total
com a transparência para com os investigadores, seus
passageiros e o público em geral.
Confira a íntegra da nota divulgada pela assessoria da Air
France no Brasil na tarde de hoje:
A Air France acompanhou com
especial atenção o primeiro relatório da BEA divulgado hoje
acerca do acidente do voo AF 447. Este relatório, apresentando
os fatos iniciais, constitui em uma importante etapa das
investigações.
Da mesma forma, ele é um elemento de grande importância para
as famílias que, assim como a Air France, estão ansiosas em
entender melhor as circunstâncias desta tragédia.
Para a Air France, ainda é primordial que se encontrem os
registros de voo – as caixas pretas – que permitiriam conhecer
as causas deste acidente – sejam quais forem. Para a companhia
não devem ser poupados esforços para este fim, e a Air France
agradece as autoridades francesas por continuarem as buscas,
nesta operação sem precedentes. Da mesma maneira, a companhia
agradece as autoridades brasileiras pelas buscas realizadas no
local do acidente.
Todos os pontos da investigação levantados pelo Escritório
de Investigação e Análise francês – BEA – serão imediatamente
levados em consideração pela companhia. A segurança de voo é a
preocupação primordial da Air France, que busca
permanentemente meios de aprimorar cada vez mais todos os seus
aspectos.
Por ocasião da divulgação do relatório da BEA, a Air France
gostaria de apontar o seguinte:
- na recomendação da Airbus, de novembro de 2008, que
substituía outra, de setembro de 2007, a solução para o
problema de congelamento (“givrage”) não figurava mais como
motivo de troca do pitot Thalès AA pelo pitot Thalès BA;
- em 15 de abril de 2009, a Airbus propôs à Air France uma
avaliação, em situação real, dos resultados de uma série de
testes de laboratórios do pitot Thalès BA;
- em 27 de abril de 2009, sem esperar esta avaliação, a Air
France decidiu equipar toda sua frota de Airbus A330 e A340
com os pitots Thalès BA.
Evidentemente, a Air France continuará a cooperar plenamente
com as autoridades e reitera seu compromisso total com a
transparência para com os investigadores, seus passageiros e o
público em geral.
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