Trip apresenta sua estratégia de
crescimento à presidência da república
Empresa
sugere medidas de estímulo à aviação regional
24/07/2009 - 10h58
(Da
assessoria da Trip)
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A Trip Linhas Aéreas, maior
empresa da aviação regional brasileira, representada pela sua
diretoria executiva e membros do conselho de administração,
reuniu-se no último dia 21 de julho com o presidente da
república, Luiz Inácio Lula da Silva e o comandante da
aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, com o objetivo de
apresentar sua atual estrutura societária e de capital, além do
seu plano de investimento e crescimento. Adicionalmente, foram
sugeridas medidas de estímulo para o transporte aéreo regional,
que possibilitariam incrementar ainda mais sua expansão.
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Valdemar Júnior - 23/06/2009 |
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ATR 42-300, PT-TTL, da Trip,
decolando do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
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A companhia tem como foco
estratégico o mercado de aviação regional, que é
caracterizado pela
realização de voos em ligações de baixa e média densidades
de tráfego,
operando com aeronaves de até 90 lugares. Este modelo de
negócio se demonstrou sustentável para a Trip, que apresenta
atualmente, uma taxa de crescimento de 70% ao ano,
independentemente da existência de subsídios ou
protecionismos, e calcado apenas nas condições do atual
mercado competitivo. A companhia obteve, recentemente, o
financiamento para a aquisição de quatro aeronaves Embraer,
contando com linhas do BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social) e Banco do Brasil.
As medidas sugeridas visam atender às necessidades do setor,
que tem papel fundamental no desenvolvimento econômico do
país, dando maior acessibilidade a ligações, também fora dos
grandes centros. Dessa forma, a companhia entende que uma
política pública eficaz para o desenvolvimento do setor,
passaria por medidas que equalizem as questões econômicas
que atingem a aviação regional. Somente desta forma, o setor
poderia iniciar um ciclo desenvolvimentista baseado no ganho
de escala e redução de custos em uma vertente, e
barateamento das tarifas e incentivo de tráfego na outra.
Para tanto, a companhia sugere ações em três pontos
fundamentais: financiamento de aeronaves, melhoria e
ampliação da infraestrutura e tratamento tributário
diferenciado.
A empresa ressaltou ao
presidente da república, a necessidade de forte ampliação e
modernização das frotas de aeronaves regionais no país, e
que um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas
regionais, é justamente o seu financiamento. Os aviões
regionais, contam hoje com poucas linhas de financiamento
disponíveis, e praticamente inexistem instituições
financeiras que façam o seu financiamento integral. Por
outro lado, este fato não acontece nos aviões de grande
porte, pois estes possuem maior disponibilidade de crédito e
liquidez no mercado internacional e permitem financiamentos
ou leasings integrais. A consequência disto é que a
necessidade de caixa para introduzi-los é cinco vezes maior
do que uma aeronave de grande porte. Além disso, a estrutura
de garantias adicionais consome rapidamente a
disponibilidade de crédito das empresas, onerando ainda mais
o custo de aquisição. Portanto, a companhia propõe uma
política de que viabilize o financiamento de 100% do valor
das aeronaves, especialmente os jatos regionais da Embraer,
através de um programa de garantias governamentais,
associada ao financiamento complementar de capital de giro
para o crescimento sustentável.
Referente à infraestrutura aeroportuária, a Trip
pleiteou que o plano de investimento da União ocorra de
forma contínua e planejada, contemplando com ênfase os
aeroportos nas cidades de médio e pequeno porte, para
possibilitar o acesso das aeronaves regionais nestas
localidades. A empresa ressaltou a dificuldade hoje
encontrada para ampliar e manter as operações nos diversos
aeródromos pelo interior do país, onde inclusive alguns
deles tiveram operações suspensas em virtude das atuais
exigências da ANAC (Agencia Nacional de Aviação Civil).
Finalmente, a Trip sugere um modelo de desoneração
tributária, visando proporcionar a correção de assimetrias
econômicas encontradas na operação em localidades remotas e
de menos densidade de tráfego, em detrimento da operação nos
grandes centros econômicos do país. Um exemplo clássico
disto, é que o preço do combustível de aviação em uma cidade
na região amazônica, devido a sua dificuldade de acesso e
baixo consumo, possui um valor substancialmente superior
àqueles cobrados nas capitais do país. Um exemplo de
desoneração pleiteado, foi um esforço junto a todos os
estados da federação, para reduzir o ICMS (Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrado do
combustível. Além disso, as assimetrias causadas pela baixa
escala de produção hoje existente nesta indústria, seriam
melhor diluídas com adoção deste tipo de política. A empresa
entende que a indução de demanda ocasionada, bem como a
propagação positiva para outros setores da economia nestas
localidades, compensaria no médio e longo prazo qualquer
renuncia fiscal adotada.
A Trip Linhas Aéreas voa, atualmente, para mais de 70
destinos, tem uma frota de 27 aeronaves entre turboélices
ATR e jatos regionais Embraer 175. Desde sua criação,
investiu cerca de US$ 150 milhões em sua capitalização, o
que permite uma estrutura de capital robusta para
investimentos de mais de US$ 1 bilhão na aquisição de novas
aeronaves, de forma a atingir uma frota de mais de 60
aeronaves regionais antes da Copa do Mundo de 2014.
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