Crise
do setor afeta resultado econômico da Lufthansa
Grupo tem lucro
operacional de 8 milhões de euros
31/07/2009 - 14h16
(Da
assessoria da Lufthansa no Brasil)
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Nos primeiros seis meses de 2009,
a Deutsche Lufthansa AG obteve lucro operacional de oito milhões
de euros. O grupo, portanto, não pôde dar continuidade aos bons
resultados dos anos anteriores no ano em curso. A demanda menor
por causa da atual conjuntura e a mudança comportamental dos
passageiros foram as principais causas do retrocesso.
Principalmente os passageiros que viajam a negócios passaram a
comprar passagens mais vantajosas em outras classes de reserva,
fazendo com que a receita média caísse sensivelmente no primeiro
semestre.
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Valdemar
Júnior - 23/06/2009 |
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Airbus A340-313X, D-AIGV, da
Lufthansa, decolando no aeroporto de Guarulhos.
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“A
Lufthansa se preparou e se mantém sob condições dificílimas
num ambiente altamente competitivo. Devemos isso a todos os
funcionários do grupo. Mesmo assim, não podemos nos dar por
satisfeitos com o atual resultado”, disse Stephan Gemkow,
membro da diretoria da Deutsche Lufthansa AG e diretor
financeiro, por ocasião da apresentação dos dados do
semestre.
Wolfgang Mayrhuber, presidente da Deutsche Lufthansa AG,
observou quanto ao desenvolvimento econômico de cada uma das
áreas de negócios do grupo: “Os números não mentem – crises
sempre mostram claramente onde estão os pontos fracos e nós
os identificamos e enfrentamos. Pois nossa empresa só poderá
repetir no longo prazo os sucessos anteriores e se impor em
seu meio se solidificarmos nossas estruturas para o futuro.”
Segundo ele, no primeiro semestre, o grupo Passage Airline
foi o mais atingido pelo retrocesso da demanda, registrando
receitas do tráfego sensivelmente menores e um resultado
operacional bem aquém do ano anterior. A fim de enfrentar o
desenvolvimento negativo do negócio principal, foi criado o
programa de garantia de resultado “Climb 2011” para a
Lufthansa Passage, cujo objetivo é melhorar de forma
sustentável o resultado da Lufthansa Passage em um bilhão de
euros até final de 2011. O foco, nesse caso, são os custos.
Gemkow disse que as medidas do programa continuarão sendo
concretizadas e realizadas nas próximas semanas.
A área de negócios de logística também registrou uma
sensível queda no faturamento e perdas operacionais. Em
consequência, acelerou ainda mais as medidas de garantia de
resultado, reduzindo. Por exemplo: Em 30% a oferta de espaço
em cargueiros e em 25% os horários de trabalho no segundo
trimestre.
Apesar das dificílimas circunstâncias, a Lufthansa Technik
foi a única empresa do grupo a registrar um aumento no
faturamento. O resultado operacional, no entanto, foi menor
que o do mesmo período do ano anterior, o que se deve
principalmente à pressão cada vez maior de preços, a ajustes
individuais de valor sobre créditos assim como a perdas
cambiais na data-base da avaliação cambial. As medidas de
garantia de resultado também foram aceleradas na área de
negócios de TI. Redução do número de funcionários externos
pela metade, de horas extras e de 30% nos custos
administrativos são as medidas tomadas para enfrentar o
retrocesso do faturamento e do resultado.
O faturamento e o total de receitas também diminuíram na
área de negócios de catering. Os programas “Performance
2009” e “Upgradeplus” foram criados para garantir o lucro
operacional do exercício em curso e a construção de uma
estrutura empresarial competitiva sustentável nesta área de
negócios.
“A Lufthansa é uma empresa forte, Lufthansa e Swiss estão
entre as melhores empresas aéreas do mundo. Estamos
firmemente decididos a continuar entre os melhores – mesmo
em meio à crise e à sensível mudança da concorrência. Para
conseguir isto, estamos agindo agora”, enfatizou Stephan
Gemkow.
Ele acrescentou que o grupo continua em movimento apesar do
ambiente desafiador que também faz prever uma sensível
redução do faturamento para o exercício de 2009. Apesar das
circunstâncias difíceis e dos efeitos negativos sobre o
resultado devido às novas empresas aéreas do grupo, as
atividades continuam focadas na obtenção de lucro
operacional para o ano em curso. Gemkow, porém, chamou a
atenção para o fato de que esse objetivo exige a aplicação
das medidas de garantia de resultado tão logo se façam
necessárias e que, ainda assim, o risco quanto ao futuro
desenvolvimento da demanda e dos preços dos combustíveis é
grande.
O primeiro semestre de 2008 em números
O faturamento do grupo Lufthansa nos primeiros seis meses do
ano foi de 10,2 bilhões de euros, 15,2% a menos do que no
mesmo período do ano anterior. As receitas do tráfego
diminuíram 19,3% para 7,8 bilhões de euros, onde a redução
do número de passageiros e carga transportados e das
receitas médias por passageiro teve papel decisivo. Ao todo,
os rendimentos empresariais do grupo no período analisado
diminuíram 10,1%, para 11,6 bilhões de euros.
Os custos empresariais diminuíram 4,8% nos primeiros seis
meses do ano, chegando a 11,6 bilhões de euros. A parte
decisiva dessa redução cabe aos custos de combustível, 897
milhões de euros menores, o que corresponde a uma redução de
36,6%, tanto no preço como na quantidade. As taxas ficaram
2,5% abaixo do valor do ano anterior.
O resultado operacional do grupo nos primeiros seis meses do
ano foi de oito milhões de euros, ou seja, 669 milhões de
euros a menos do que no mesmo período do ano anterior. A
redução se deve principalmente ao desenvolvimento negativo
das áreas de negócios do grupo Passage Airline e de
logística. O resultado do grupo é de -216 milhões de euros.
No ano anterior, foi de 381 milhões de euros.
A Lufthansa investiu 1,2 bilhão de euros no período em
questão. Destes, 898 milhões de euros foram destinados à
ampliação e modernização da frota. A venda das cotas-parte
restantes da Condor e a quitação dos empréstimos
relacionados rendeu 77 milhões de euros. O fluxo de caixa
operacional foi de um bilhão de euros e, no final do
semestre, o grupo registrou endividamento de crédito líquido
de 396 milhões de euros.
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