A homologação do Pregão Eletrônico poderá ser complementada com o pedido de mais 32 unidades, caso se confirme o aumento da demanda por serviços de logística, previsto pela Infraero. A entrega dos novos equipamentos será feita ainda neste semestre. O investimento foi de R$ 18 milhões.

Os novos equipamentos possuem tecnologia de ponta, com características adequadas ao transporte e movimentação de cargas: melhor ângulo de giro, maior nível de automação e recursos que propiciam agilidade e segurança na execução das atividades. Do total de 114, 75 funcionam com combustível GLP (gás liquefeito de petróleo) e diesel e as demais são elétricas. A capacidade de carga varia entre 1,5 e 10 toneladas. “É o que há de melhor no mercado”, resume o superintendente de logística de cargas da Infraero, Antonio Erivaldo Sales.

Ainda segundo o superintendente, a compra é parte de um projeto de modernização dos terminais de logística de carga da Infraero e deverá proporcionar mais agilidade, segurança operacional e aumento da capacidade de atendimento à demanda. “Historicamente, existe uma tendência de aquecimento da demanda de cargas no 2º semestre, período em que esperamos um desempenho ainda melhor”, diz.

Dentre os 19 aeroportos que receberão os equipamentos, destacam-se: Brasília (DF), Confins (MG), Galeão (RJ), Guarulhos (SP), Campinas (SP), Porto Alegre (RS), Salvador (BA) e Recife (PE).


Sinais de recuperação

Apesar da crise financeira que começou no ano passado e da variação cambial, que impacta diretamente o comércio externo, a Infraero está otimista com relação às perspectivas de negócios nos 34 terminais de cargas, sob sua administração.

Os sinais de recuperação podem ser vistos no balanço comercial a partir do mês de maio deste ano, que registrou crescimento de 7,1% no movimento de importação, em relação a abril. Em junho, novamente, o aumento foi de 7,7%, em comparação com o mês anterior.

Nas estatísticas de crescimento, ganham destaque os terminais de carga de Goiânia, com aumento de 39%; de Brasília, com 22,5%; e o Galeão, 17%. O aumento foi impulsionado principalmente pela indústria farmacêutica, automotiva e petrolífera, no caso do Galeão.

Para o diretor Comercial, Fernando Nicácio, a atual tendência de crescimento no segmento de cargas confirma a necessidade de investimentos na rede de terminais. “Em 2009, planejamos um orçamento de R$ 64 milhões, que está em plena execução, seja na renovação e aquisição de equipamentos, adequação, construção e modernização dos terminais ou na melhoria dos serviços prestados”, explica.

A área de logística, que abrange o recebimento, armazenagem e expedição de cargas internacionais e domésticas em 34 terminais, é uma das mais rentáveis da Infraero. No ano passado, o segmento respondeu por 23,9% do total de receitas nos aeroportos.