Lufthansa apresenta bom
resultado para 2008 e acionistas recebem sugestão de 70 centavos
de euro por ação
Resultado do
exercício de 2008 foi o segundo melhor da história da empresa
04/05/2009 - 9h06
(Da
assessoria da Lufthansa no Brasil)
-
Na Assembléia Geral anual da
Lufthansa, realizada em Colônia no último dia 24 de abril, o
presidente do grupo, Wolfgang Mayrhuber, apresentou aos
acionistas o resultado do exercício de 2008, o segundo melhor da
história da empresa. “O resultado econômico obtido destaca-se
positivamente do dos nossos concorrentes. Considerando as
circunstâncias do mercado em 2008, marcado por picos nos preços
dos combustíveis e pela crise financeira, devemos respeito e
agradecimentos ainda maiores aos diretores e funcionários do
grupo. Conseguimos manter nosso rumo estratégico e fortalecemos
nossas bases tanto financeira como operacional. Isso representa
uma vantagem decisiva na superação da atual crise. Por meio do
excelente resultado de 2008 provamos que a confiança dos nossos
acionistas na Lufthansa é plenamente justificada”, disse
Mayrhuber em Colônia.
_ |
Divulgação -
Lufthansa |
|
|
|
Airbus A340-600 da Lufthansa.
|
Presidência e Conselho Fiscal
sugeriram um dividendo de 70 centavos de euro por ação aos
seus acionistas. “Considerando a rentabilidade do dividendo,
isso representa um atraente valor de ponta no DAX. Diante dos
desafios que nos esperam este ano, chegamos a um acordo que
atende a todos”, afirmou Mayrhuber, ao comparar 2008 com o
período anterior, no qual a sugestão de dividendo havia sido
menor. Além disso, a sugestão de dividendo para 2007 ainda
continha o lucro obtido com a venda das cotas-parte da Thomas
Cook.
Considerando a situação do grupo, o presidente da Lufthansa
acrescentou que “o grou é um pássaro resistente. Ele resiste
às intempéries climáticas e domina as manobras necessárias
para desviar de turbulências.” Como, porém, a duração e o
tamanho da atual crise financeira ainda não são previsíveis, a
indústria da aviação tem de contar com os certamente
consideráveis efeitos futuros. “Tempos difíceis nos esperam e
temos plena consciência de que temos que pisar nos freios. Por
outro lado, estamos preparados para acelerar imediatamente
assim que houver a demanda para tal”, afirmou.
“O nível de qualidade de uma empresa também fica visível
quando ela tem de retroceder estrategicamente em tempos de
crise. O retrocesso definitivamente não se aplica à Lufthansa,
muito pelo contrário.” A Lufthansa está constantemente
empenhada em ampliar sua associação de empresas aéreas e em
fortalecer suas alianças e parcerias, além de tomar medidas
importantes quanto ao processo de consolidação. “A
consolidação progressiva do tráfego aéreo é decisiva para que
a Europa mantenha sua posição no mercado global. É preciso
evitar a criação de obstáculos intransponíveis a fim de
fortalecer o domicílio econômico e o mercado de trabalho.”
Mayrhuber afirmou também que, ao mesmo tempo em que a atual
crise exerce considerável pressão sobre o resultado no ano em
curso, ela oferece a oportunidade de melhorar a maneira de
fazer as coisas em diversas áreas: “Subvenções são
desnecessárias na indústria da aviação. Precisamos, sim, de
condições básicas sensatas e flexíveis e, principalmente, não
mais encargos.” Com relação às iminentes limitações dos voos
noturnos no aeroporto de Frankfurt, enfatizou: “Ao mesmo tempo
em que milhares de empregos na região compreendida entre as
cidades de Frankfurt e Rüsselsheim estão a perigo e os
políticos lutam pela sobrevivência de empresas com valores
bilionários, a pressão exercida por alguns poucos adversários
dos voos noturnos coloca em risco as operações noturnas no
aeroporto de Frankfurt, um dos maiores do mundo, e,
consequentemente, milhares de empregos - sem contar os
prejuízos para a exportação alemã, importante para todo o
país.” Mayrhuber exigiu, também, maior flexibilidade das
parceiras que compõem a cadeia de atendimento ao transporte
aéreo.
A decisão da União Européia por um sistema próprio de comércio
de emissões, fora do Protocolo de Kyoto, também teve
consequências econômicas devastadoras para as empresas aéreas
européias, disse Mayrhuber na Assembléia Geral. É de extrema
importância que medidas necessárias rumo a um sistema global
de comércio de emissões sejam tomadas até o final deste ano.
Mayrhuber, porém, alertou sobre o perigo de contar apenas com
ferramentas reguladoras para tal. O progresso tecnológico e
operacional teria importância ainda maior: “A redução das
emissões é, antes de mais nada, do nosso próprio interesse,
pois economizamos combustível e, portanto, custos. A Lufthansa
conta com uma estratégia de quatro vertentes que reúne
progresso tecnológico, utilização eficiente da
infra-estrutura, melhorias nos procedimentos operacionais e
ferramentas econômicas, inclusive combustíveis alternativos.”
|