TAM
alcança lucro de R$ 348 milhões no terceiro trimestre e reverte
prejuízo de 2008
Receita bruta atinge R$
2,5 bilhões e cresce 4,9% em relação ao segundo trimestre deste
ano
26/11/2009 - 16h19
(Da assessoria da TAM)
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A TAM obteve lucro líquido
de R$ 348 milhões no terceiro trimestre deste ano e reverteu o
prejuízo de R$ 663,6 milhões no mesmo período de 2008, de acordo
com o balanço em BR GAAP, apurado de acordo com os princípios
contábeis brasileiros e normas da Lei 11.638. A companhia apurou
lucro operacional de R$ 101,1 milhões de julho a setembro de
2009 e também reverteu o resultado operacional negativo de R$
95,3 milhões no segundo trimestre. A receita operacional bruta
atingiu R$ 2,5 bilhões no terceiro trimestre deste ano, 4,9%
acima do obtido no trimestre anterior, de R$ 2,4 bilhões, embora
tenha ficado 16,4% abaixo do valor alcançado de julho a setembro
de 2008, que foi o período pré-crise econômica internacional.
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Valdemar
Júnior - 23/06/2009 |
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Airbus
A321-231, PT-MXE, da TAM, decolando do aeroporto de Cumbica,
em Guarulhos.
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No
acumulado de nove meses deste ano, a TAM obteve lucro líquido
de 1,2 bilhão, em contraste com prejuízo de R$ 280,5 milhões
em 2008. O lucro operacional recuou 49,2%, para R$ 198,6
milhões. Já a receita operacional decresceu 4,1%, para R$ 7,6
bilhões, no período de janeiro a setembro de 2009. Nesse mesmo
período, as receitas de parcerias do programa TAM Fidelidade
cresceram 55,2%, para R$ 522,3 milhões.
O lucro final de julho a setembro ficou 55,9% abaixo do
resultado recorde obtido pela companhia no segundo trimestre
deste ano, no valor de R$ 788,9 milhões, fortemente
influenciado pela receita financeira líquida de R$ 1,3 bilhão,
em decorrência dos efeitos positivos da variação cambial e das
operações de hedge de combustível. No terceiro trimestre, a
receita financeira líquida atingiu R$ 406,2 milhões,
basicamente em função do impacto positivo da valorização do
real frente ao dólar nas contas da companhia.
"Nossa receita de passageiros nos voos domésticos cresceu 1,6%
de julho a setembro em relação ao segundo trimestre deste ano,
mesmo sob as restrições de uma dinâmica concorrencial de curto
prazo verificada nesse mercado, principalmente no mês de
setembro, e que se refletiu na redução do nosso yield", afirma
Líbano Barroso, presidente da TAM, sinalizando uma recuperação
do yield doméstico para o final deste ano.
Barroso destaca que o lucro operacional medido pelo EBIT (Earnings
Before Interest and Tax, ou lucro antes da participação de
acionistas minoritários, receitas ou despesas financeiras
líquidas e impostos, entre outros itens), num cenário
competitivo, reflete o esforço dedicado ao rigoroso programa
de controle de custos implementado pela companhia. "No
terceiro trimestre deste ano reduzimos nosso Cask (custo por
assento-quilômetro oferecido) em 23,5% em relação ao mesmo
período de 2008 e em 5% quando comparado com o segundo
trimestre de 2009". O número de funcionários da companhia
aumentou 1,2%, para 24.164 pessoas.
A receita de voos domésticos no terceiro trimestre de 2009
recuou 21,7%, para R$ 1,3 bilhão, na comparação com o mesmo
período de 2008, devido à redução do yield (preço médio pago
por passageiro pagante em cada quilometro voado) em 27%,
parcialmente compensado pelo crescimento de 7,7% na demanda em
RPK (quantidade de quilômetros voados multiplicada pelo total
de passageiros pagantes transportados).
A receita de voos internacionais, por sua vez, diminuiu 18,4%
em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 663,5
milhões, devido à redução de 26,9% do yield em reais,
impactado pela apreciação do real frente ao dólar de 7,1% e
parcialmente compensado pelo aumento de 13,0% na demanda.
A receita de cargas domésticas e internacionais recuou 8,6%,
para R$ 238,1 milhões, principalmente em função do impacto da
desaceleração na economia mundial, reduzindo principalmente os
volumes transportados e pressionando também os preços.
No final do terceiro trimestre de 2009, as disponibilidades de
caixa da companhia totalizaram R$ 1,5 bilhão, já incluindo o
reforço líquido de R$ 595 milhões com a emissão de debêntures.
Em outubro a TAM finalizou sua emissão de bonds no exterior,
totalizando mais R$ 510 milhões que vão se somar a seu caixa a
partir desta data. O vencimento dos bonds será em 2020.
A TAM manteve os esforços no desenvolvimento das unidades de
negócios responsáveis pelas fontes de receitas auxiliares,
como comprovam os recentes anúncios das primeiras parcerias do
Multiplus Fidelidade - Ipiranga, Walmart e Livraria Cultura -
e as novas certificações obtidas pelo centro de manutenção do
MRO (Maintenance, Repair e Ovehaul) de São Carlos - da
autoridade oficial norte-americana FAA (Federal Aviation
Administration) e da ANAC (Agência Nacional da Aviação Civil)
para manutenção do Boeing 767, que se somaram às certificações
que o centro já possui da EASA na Europa, da ANAC no Brasil e
de outras autoridades aeronáuticas da América do Sul, além do
IOSA, da Iata (International Air Transport Association).
Nos dias 14 e 15 de novembro, a TAM implantou seu novo sistema
de gestão de passageiros desenvolvido pela Amadeus, que
representa um passo decisivo para a sua entrada em abril de
2010 na Star Alliance, a maior aliança global do mundo,
integrada hoje por 25 companhias aéreas internacionais, que
opera 19.500 voos diários e atua em 1.071 aeroportos de 171
países, representando também um passo importante para redução
dos custos da companhia.
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