Brasil tem 63% mais voos internacionais do que 7 anos atrás
Ampliação de acordos
bilaterais e liberdade tarifária motivaram o crescimento de 63% nas
rotas internacionais nos últimos sete anos
13/04/2010
- 10h06
(Da
assessoria da ANAC)
-
Para o usuário de transporte aéreo que planeja ir ao exterior,
quanto mais opções de destinos e companhias, melhores serão as
possibilidades de encontrar uma viagem adequada, seja a negócios ou a
lazer. No Brasil, essa conectividade nunca foi tão alta: segundo os
dados da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), são 920 decolagens
todas as semanas para 30 países, cerca de 130 voos por dia, isso sem
considerar os voos exclusivamente cargueiros e as possibilidades de
conexão para qualquer destino.
_ |
Rodrigo Zanette -
06/07/2008 |
|
|
|
Passageiro poderia ser muito melhor atendido se o
Brasil investisse mais em infra-estrutura, o que desde 2003 não está
acontecendo. Nos principais aeroportos, como Cumbica (foto), é quase
impossível achar uma vaga para estacionar e alguns motoristas perdem
a paciência, ou não querem perder o voo, acabam deixando o carro em
cima da grama.
Há casos em que o passageiro fica horas atrás de um lugar para
deixar o carro. Em Viracopos (Campinas) isso é comum. O caos vai
aumentar no mês que vem, quando a Qatar Airways começa a operar em
São Paulo. Infelizmente, no Brasil, quem paga a conta é quem sofre!
|
Comparado a 2003, época
de forte tráfego partindo do Brasil, o número representa um crescimento
de quase 63,4% nas frequências internacionais. Naquele ano, o passageiro
podia partir do Brasil para 26 países. Hoje, há voos para 30 países (com
o acréscimo de Emirados Árabes, Israel, Turquia, China e Cabo Verde).
Somente as rotas diretas para Cuba deixaram de ser oferecidas.
As companhias brasileiras expandiram em 43,7% suas operações para o
exterior, com 100 novos voos: de 229 decolagens por semana em 2003
(feitas por TAM, GOL/Varig e Meta, para 329 atualmente, com o surgimento
da Gol/Varig e o crescimento da TAM nesse mercado). Já as empresas
estrangeiras que voam para o Brasil, cresceram no mesmo período 76,9%:
eram 31 companhias no ano de 2003, com 334 frequências, e passaram a ser
42 empresas neste ano, com 591 partidas semanais do país.
Além da queda do dólar, que motivou as viagens para o exterior, as
razões para essa expansão também passam pela negociação de acordos
aéreos entre o Brasil e outros países e a liberdade tarifária, que
acabou com o preço mínimo das passagens aéreas nas rotas internacionais.
Somente nos anos de 2008 e 2009, a ANAC renegociou 26 dos 71 acordos
bilaterais mantidos pelo país. O foco da agência está na ampliação da
capacidade de voos permitidos e nas condições para que as companhias
ofereçam rotas de longo curso, inclusive passando por terceiros países.
Com isso, há muito mais opções de escalas e conexões em diferentes
países, para que o passageiro possa escolher aquela mais adequada à sua
necessidade.
Ao mesmo tempo, o fim das tabelas de preços mínimos para os voos
internacionais partindo do Brasil motivou o interesse das companhias
aéreas por oferecer mais serviços no país. A liberdade tarifária será
completa no dia 23 de abril e com ela as empresas podem praticar
promoções, em especial em períodos de baixa temporada, o que era
limitado quando as tarifas eram controladas.
Confira o número de voos semanais internacionais do Brasil para cada
país:
Destino |
Decolagens por semana |
África do Sul |
7 |
Alemanha |
21 |
Angola |
7 |
Argentina |
210 |
Bolívia |
13 |
Cabo Verde |
1 |
Canadá |
7 |
Chile |
49 |
China |
2 |
Colômbia |
14 |
Emirados Árabes |
7 |
Espanha |
30 |
Estados Unidos |
194 |
França |
46 |
Guiana |
2 |
Guiana Francesa |
4 |
Holanda |
6 |
Inglaterra |
17 |
Israel |
3 |
Itália |
20 |
México |
12 |
Panamá |
35 |
Peru |
34 |
Portugal |
58 |
Turquia |
3 |
Suíça |
3 |
Suriname |
3 |
Uruguai |
67 |
Venezuela |
14 |
Fonte: ANAC. |
|