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Diminui número de aeronaves entregues pela Embraer
Empresa entregou 41 aeronaves no primeiro trimestre de 2010

30
/04/2010 - 14h12
(Da Embraer
) -
Com um menor número de aeronaves entregues no primeiro trimestre (1T10) comparado com o 1T09 e uma diversificação de produtos, a receita líquida da Embraer no trimestre caiu de R$ 2.667,4 milhões no 1T09 para R$ 1.780,1 milhões no 1T10. O lucro bruto, apesar de ter sido negativamente impactado pela menor receita, gerou uma margem bruta melhor do que aquela apresentada no 1T09, face a melhor diversificação de produtos, com as receitas de defesa e serviços aeronáuticos representando 33,4% do total das receitas do trimestre, enquanto em 2009 a participação média desse s segmentos havia sido de 19,6%. Adicionalmente, a diversificação dos produtos, e os contínuos esforços da empresa na busca por melhoria de eficiência têm certamente colaborado para a melhoria das margens. Ao final do trimestre, o lucro bruto foi de R$ 367,8 milhões e a margem bruta atingiu 20,7%.

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Divulgação - Embraer

 

EMBRAER

 

Aviões executivos estão salvando a Embraer.
 
  

A Embraer entregou 41 aeronaves no primeiro trimestre de 2010, sendo 21 jatos comerciais, 19 executivas e uma para o transporte de autoridades no segmento de defesa. A carteira de pedidos firmes ficou em US$ 16,0 bilhões, mais de três vezes o valor da receita anual corrente. A receita líquida atingiu o valor de R$ 1.780,1 milhões no final do 1T10, e devido ao mix de receitas com os segmentos de defesa e serviços aeronáuticos, a empresa obteve uma margem bruta de 20,7% no 1T10 comparada com 17,1% no 1T09. A margem operacional foi de 6,9% no 1T10 em comparação a 4,1% no mesmo período do ano passado, sendo a margem EBITDA1 de 11,4% no 1T10 comparada com 7,9% em 1T09. A sólida posição do caixa líquido (soma de caixa equivalente de caixa, Investimentos temporários de caixa, Títulos e valores mobiliários do curto prazo, menos o financiamento de curto e longo prazo) é de R$ 790,9 milhões. O lucro líquido no período foi de R$ 44,1 milhões em comparação com R$ 38,3 milhões no 1T09.

Mesmo partindo de um lucro bruto menor no 1T10, o resultado operacional foi de R$ 122,2 milhões ao final do período, e, portanto maior do que o apresentado no 1T09 quando o resultado foi de R$ 109,2 milhões. Importante mencionar que a empresa vem mantendo seus esforços nos controles de custos e na melhoria de seus processos, incluindo os administrativos. Assim, a despesa administrativa tem se mantido estável nos últimos trimestres e foi R$ 22,0 milhões menor no 1T10 em relação ao 1T09. A despesa comercial foi de R$ 156,2 milhões e tem se mantido estável apesar do aumento das atividades comerciais por conta da recuperação econômica e do maior número de jatos Phenom entregues, o que tem exigido o aumento das atividades de suporte ao cliente. Não tendo ocorrido nenhum evento extraordinário, as outras despesas operacionais líquidas totalizaram R$ 26,0 milhões ao final do 1T10.

O lucro líquido do 1T10 foi de R$ 44,1 milhões e a margem líquida do período foi de 2,5%. Ambos foram fortemente influenciados pelo valor dos impostos que, por sua vez, foi impactado pelo efeito da variação cambial sobre os ativos não monetários da empresa e pela decorrente contabilização de impostos diferidos.

A geração livre de caixa da Embraer no 1T10 foi negativa devido ao aumento de contas a receber. A geração operacional de caixa foi negativa em R$ 214,8 milhões, e foi afetada pelo alongamento do prazo de algumas aplicações financeiras5 no período que buscaram a melhoria da rentabilidade do caixa da empresa.

As Adições ao imobilizado totalizaram R$ 97,5 milhões no 1T10. Conforme o cronograma de investimentos do ano, tais gastos devem aumentar na segunda metade do ano por conta do desenvolvimento dos novos programas Legacy 450 e 500.

Não obstante a geração livre negativa de caixa, o saldo líquido da empresa permanece sólido de R$ 790,9 milhões no 1T10. O caixa total ao final do período foi de R$ 4,1 bilhões. A alocação de caixa durante o ano foi uma das principais ferramentas para a execução das estratégias de investimentos e hedging. “Um dos principais objetivos da tesouraria é manter o equilíbrio adequado do caixa em Reais, de forma a neutralizar as exposições à variação cambial e de taxas de juros sobre os ativos e passivos da empresa” disse Luiz Carlos Aguiar, CFO da Embraer. Do caixa total, 48,4% está denominado em Reais, e o restante em outras moedas, com predominância do dólar norte-americano.

A estratégia financeira da empresa vem sendo responsável pela melhora no desempenho dos resultados financeiros nos últimos trimestres. No 1T10, a contribuição dessas estratégias para o resultado foi de R$ 15,2 milhões. É possível também, verificar uma continua melhora dos resultados financeiros ao longo do ano de 2009, no qual observou-se um resultado positivo de R$ 15,0 milhões no 4T09.

O perfil da dívida continua se ajustando na medida em que a empresa continua pagando suas dívidas de curto prazo nas datas dos vencimentos. Tal estratégia vem sendo adotada desde outubro passado quando da emissão dos bônus no mercado internacional de capitais. Desta forma, o prazo médio do endividamento aumentou de 4,9 anos no 4T09 para 5 anos no 1T10. A empresa também conseguiu melhorar o custo médio de suas dívidas denominadas em Reais no último trimestre de 7,37% ao ano para 7,04% ao ano, consequentemente o custo do endividamento em dólares também foi reduzido de 4,53% para 4,33%.

Em relação ao último trimestre de 2009, os estoques aumentaram 3,4% no 1T10. Por outro lado, a rubrica fornecedores aumentou 12,0%, compensando o efeito do aumento dos estoques sobre a necessidade de capital de giro da empresa. Considerando que os níveis de produção atuais devem se manter estáveis, a perspectiva é de que a movimentação dessas contas também se mantenha estável nos próximos trimestres. Apesar da rubrica adiantamento de clientes ter aumentado em R$ 150,1 milhões, seu efeito positivo sobre o capital de giro foi parcialmente neutralizado pelo aumento do contas a receber que atingiu R$ 802,1 milhões no 1T10.

O saldo de imobilizado e intangível aumentou R$ 127,7 milhões no 1T10 refletindo a continuidade dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento e em imobilizado, ajustados pela depreciação e amortização do período de R$ 80,2 milhões. As despesas com pesquisa e desenvolvimento e investimentos em Imobilizado seguiram o cronograma de investimentos e devem se intensificar no segundo semestre, conforme a evolução dos programas Legacy 450 e Legacy 500.

A receita por segmento do 1T10 foi muito positiva para os resultados da Embraer. Os segmentos de defesa e serviços aeronáuticos tiveram uma participação maior neste trimestre que nos anteriores totalizando 33,4% do total da receita da empresa. A aviação comercial representou 52,9% do total de receitas, em linha com o previsto para o ano. Em contrapartida, a aviação executiva terá uma contribuição maior no segundo semestre do ano devido ao aumento da cadência produtiva do Phenom 300 e o início das entregas do Legacy 650.

As entregas da aviação comercial continuam sendo afetadas pela crise mundial. Apesar da economia global apresentar recuperação, as entregas do 1T10 totalizaram 21 aeronaves, cinco abaixo do trimestre anterior. A demanda por novos aviões e os efeitos de uma branda recuperação, podem ser sentidos, entre outros, pelo aumento do número de campanhas de vendas em andamento, que está 2,5 vezes maior que no último trimestre de 2009.

No início de abril de 2010, a Embraer e a Austral Líneas Aereas confirmaram o acordo de compra assinado anteriormente e como resultado, 17 Embraer 190 deverão ser inclusos no backlog do próximo trimestre. As entregas da aviação executiva no 1T10 totalizaram 19 aeronaves, das quais 16 foram Phenom 100, incluindo a entrega do 100º jato, um Phenom 300 e dois Legacy 600. Essa redução nas entregas pode ser explicada por efeito de sazonalidade do negócio, aumento de cadência na linha do Phenom 300, e algumas entregas do Legacy 650 que começarão somente no segundo semestre de 2010. As oportunidades para novas vendas ainda se encontram fracas como consequência, de uma lenta, porém consistente, melhora no mercado secundário de aeronaves, sendo que mais da metade delas tem menos de cinco anos de fabricação. Nos próximos meses, é esperada que a recuperação no mercado secundário continue, o que pode favorecer a venda de novas aeronaves.

Os programas de desenvolvimento dos jatos executivos Legacy 450 e do Legacy 500 continuam em andamento. Em janeiro deste ano, a empresa finalizou seu segundo Conselho Consultivo de Interface Homem-Máquina (Man-Machine Interface – MMI), formado por pilotos experientes e proprietários de aeronaves de todo o mundo, onde a maioria dos comentários anteriores feitos pelo Conselho foi implementada nos projetos finais dos jatos, confirmando o comprometimento da Embraer em desenvolver aeronaves que atendam às demandas do mercado. Como resultado de uma das sugestões, a empresa hoje oferece maior variedade de materiais para acabamento interno. Como disse Luís Carlos Affonso, vice-presidente executivo da Embraer para o mercado de aviação executiva: “Ouvir nossos clientes tem sido uma marca registrada da Embraer. Acredito que esta é uma atitude certa no desenvolvimento de produtos para atender às necessidades do mercado e sempre oferecer aos clientes uma incrível experiência como proprietários.”

O mercado de defesa apresenta um cenário favorável de crescimento, com uma série de campanhas em andamento nos mercados de transporte de autoridades, treinamento e ataque leve, sistemas de inteligência, vigilância e reconhecimento, modernização de aeronaves, transporte militar, além de sistemas e serviços. Em janeiro de 2010, a Embraer confirmou a venda de um Legacy 600 para o Governo do Panamá, que foi entregue neste mesmo mês. A Força Aérea Equatoriana recebeu as suas quatro primeiras aeronaves Super Tucano no primeiro trimestre de 2010.

Com relação aos programas de modernização, as campanhas de ensaio do primeiro protótipo do AMX para o programa A-1M começaram no início do ano, mesmo período em que a Embraer recebeu na Unidade de Gavião Peixoto o primeiro avião A-4 da Marinha Brasileira para o projeto de modernização. O programa de desenvolvimento do KC390 encontra-se no final da fase de estudos preliminares e caminha conforme o cronograma, tanto nos aspectos técnicos de projeto, quanto nos contratuais, estruturação de parcerias e busca de fornecedores. Os ensaios em túnel aerodinâmico já realizados têm confirmado as premissa s de projeto, sendo iniciados ensaios em solo com cargas reais, utilizando uma maquete em tamanho natural da cabine de carga. O programa AEW Índia está avançando conforme o planejado e, em março, foi realizada a junção da fuselagem da primeira das três aeronaves contratadas.

Durante o 1T10, a Embraer continuou o processo de expansão de sua infra-estrutura de serviços, a fim de prestar o melhor suporte aos seus clientes em todos os segmentos de mercado em que atua. A Embraer e a Flight Safety assinaram um acordo para o treinamento de pilotos para todas as aeronaves mid-size e large produzidas pela empresa, que incluem o Legacy 450 e o Legacy 500, bem como todos os jatos comerciais. Dois novos centros de serviço foram autorizados, sendo um nos Estados Unidos e outro na Austrália. Adicionalmente, os centros de serviço da Embraer nos Estados Unidos receberam em abril, pela segunda vez consecutiva, o Certificado Diamante do Federal Aviation Administration (FAA), o maior reconhecimento da excelência no treinamento de manutenção em aviação concedido por este órgão, demonstrando o comprometimento da Embraer com seus clientes.


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