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Lufthansa se beneficia do aquecimento da demanda
Empresa disciplina de custos

06/08/2010 - 10h17
(Da assessoria da Lufthansa no Brasil
) -
No segundo trimestre do exercício em curso, a Deutsche Lufthansa AG registrou lucro operacional de 159 milhões de euros, três vezes mais do que no segundo trimestre do ano anterior. A recuperação da demanda, principalmente no tráfego de carga e intercontinental, e o empenho na redução de custos dos últimos meses em todas as áreas do grupo foram decisivos para o resultado positivo. Efeitos negativos nos primeiros seis meses do ano tiveram, por sua vez, o inverno extremo, a greve da Associação Cockpit, o fechamento do espaço aéreo em decorrência da erupção do vulcão na Islândia e o ainda baixo nível dos preços
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Valdemar Júnior - 23/06/2009

 

AVIAÇÃOPAULISTA.COM

 

Airbus A340-313X, D-AIGV, da Lufthansa, decolando no aeroporto de Guarulhos em direção a Munique.
 

Por tudo isso, no primeiro semestre o grupo registrou um resultado operacional de 171 milhões de euros negativos, 179 milhões de euros a menos do que no mesmo período do ano anterior. Stephan Gemkow, diretor financeiro e de serviços de aviação da Deutsche Lufthansa AG, disse por ocasião da apresentação dos números do semestre: “As reservas de passageiros First e Business Class estão se recuperando visivelmente. O melhor exemplo para isso é o nosso A380 e sua nova First Class, cuja ocupação é excelente em todas as classes desde o início dos voos de linha para Tóquio. Mas, apesar da nossa satisfação com o bom resultado do segundo trimestre, é necessário observar que ainda não voltamos a alcançar o resultado dos anos anteriores.”

Gemkow continuou: “Principalmente devido à deterioração dos preços e à mudança da demanda nas rotas de curta distância, continuaremos decididamente empenhados em promover medidas de redução de custos. No que diz respeito aos acordos salariais com a Associação Cockpit, contamos com a importante contribuição dos funcionários em terra e na cabine de comando.”

Apesar de registrar lucro operacional no segundo trimestre, a área de negócios do grupo Passage Airline encerrou os primeiros seis meses com um sensível prejuízo operacional de 342 milhões de euros, 203 milhões dos quais registrados na Lufthansa Passage. Por isso, o programa de garantia de resultado Climb 2011 da Lufthansa Passage será mantido, assim como as reestruturações das novas empresas aéreas em curso conforme planejado. A Austrian Airlines contribuiu com 70 milhões de euros negativos para o resultado operacional do grupo Passage Airline, a bmi com 93 milhões de euros negativos e a Germanwings com 39 milhões de euros negativos, ao mesmo tempo em que a Swiss contribuiu com 54 milhões de euros positivos.

Quanto à área de negócios Logística, Gemkow disse: “O fato de uma gestão contínua de custos também trazer resultados em fases de recuperação de mercado é visível nos negócios da carga. Depois das intensas medidas, a Lufthansa Cargo registrou o melhor resultado semestral da história da empresa, um feito realmente excelente.” No primeiro semestre, a área de negócios alcançou um lucro operacional de 144 milhões de euros, 278 milhões de euros a mais do que no mesmo período do ano anterior.

As áreas de negócios Técnica/Manutenção e Serviços de TI também fecharam o semestre com lucro levemente acima do registrado no ano anterior (a área Técnica/Manutenção registrou 145 milhões de euros, a de Serviços de TI oito milhões de euros). A área de negócios Catering também se beneficiou com a recuperação da demanda e chegou a um resultado nitidamente positivo de 13 milhões de euros.

"Nos próximos meses, os riscos deverão ser os de sempre, como a volatilidade da demanda, a evolução do preço do combustível e a vulnerabilidade do setor a fatores externos", disse Gemkow. A dinâmica de desenvolvimento dos negócios nos últimos meses, porém, fortaleceu a confiança no alcance dos objetivos de lucratividade estabelecidos como um todo. Por isso, a diretoria continua tomando por base para o exercício em curso aumentos do faturamento e do lucro operacional em relação aos do ano anterior dentro das atuais previsões do mercado. A previsão é de que todas as áreas de negócios contribuirão para estes aumentos com resultados operacionais positivos.

No relatório intermediário sobre o primeiro semestre, a diretoria do grupo enfatizou: “Empresas aéreas não só são um motor da conjuntura como transformam a retomada em crescimento próprio por meio de um multiplicador. Apesar disso, as condições do mercado sob as quais isso acontece mudaram. Somente quem se adequar a estas novas circunstâncias, poderá aproveitar a oportunidade de um crescimento de grandes proporções. Temos certeza de que as empresas do grupo Lufthansa conseguirão realizar este intento!”


O primeiro semestre 2010 em números

O faturamento do grupo Lufthansa nos primeiros seis meses de 2010 foi de 12,6 bilhões de euros, 23,5% a mais do que no mesmo período do ano anterior. As receitas do tráfego aumentaram 30%, chegando a 7,8 bilhões de euros. Ao todo, os rendimentos empresariais do grupo no período analisado aumentaram para 14,2 bilhões de euros, um acréscimo de 22,2%.

Os custos empresariais subiram 22,9% no decorrer do primeiro semestre, chegando a 14,2 bilhões de euros. Um dos principais motivos para tal foi o aumento dos custos de combustível, 874 milhões de euros mais altos. Isto corresponde a um aumento de 56,1%, decorrente tanto dos preços como do volume. As taxas ficaram 29% acima das do ano anterior.

O resultado operacional do grupo para o primeiro semestre foi de 171 milhões de euros negativos, ou seja, 179 milhões de euros a menos do que no mesmo período do ano anterior. A retração se deve principalmente ao resultado negativo da área de negócios do grupo Passage Airline. O resultado do grupo Lufthansa foi de 104 milhões de euros negativos. No mesmo período do ano anterior, o resultado foi de 178 milhões de euros negativos.

A Lufthansa investiu 974 milhões de euros no período analisado. Destes, 184 milhões de euros foram destinados à ampliação e modernização da frota. O fluxo de caixa operacional foi de 1,4 bilhão de euros, o fluxo de caixa livre (fluxo de caixa operacional menos investimentos líquidos) de um bilhão de euros. No final do primeiro semestre, o grupo registrou endividamento de crédito líquido de 1,8 bilhão de euros. Devido a um conjunto de medidas, a quota de capital próprio subiu para 24,3% em comparação ao encerramento do exercício de 2009
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