GOL tem prejuízo de R$ 51,9 milhões no
segundo trimestre
Receita cresce 14% na comparação ano a
ano, com recorde de passageiros transportados para essa época
10/08/2010 - 14h20
(Da
assessoria da GOL)
-
A GOL anunciou os resultados do segundo trimestre de 2010. No período, a
receita líquida atingiu R$1.590,9 milhões, ficando 14,1% acima dos R$
1.394 milhões registrados no segundo trimestre de 2009. O desempenho se
deve, principalmente, ao aumento de 16,6% no tráfego de passageiros na
malha aérea da companhia na comparação ano a ano, com 7,2 milhões de
clientes transportados, um recorde para a GOL entre os meses de abril e
junho, apesar de o segundo trimestre ser historicamente caracterizado
pelo menor fluxo de passageiros, devido à sazonalidade.
_ |
Rodrigo Zanette -
23/06/2009 |
|
|
|
Boeing 737-76N,
PR-GOI, da GOL, taxiando no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
|
Por conta de despesas
com manutenção, referentes à etapa final do processo de renovação da
frota, a GOL apresentou prejuízo líquido de R$ 51,9 milhões, ante um
lucro de R$ 353,7 milhões no segundo trimestre de 2009. O resultado
também foi impactado pela apreciação do real frente ao dólar entre os
dois períodos, gerando despesas de variação cambial sobre os passivos em
moeda estrangeira.
De acordo com Constantino de Oliveira Junior, presidente da GOL, as
despesas com renovação da frota que afetaram o resultado do segundo
trimestre já trouxeram benefícios imediatos na linha de custos da
companhia, com a redução da quantidade de aeronaves paradas. Para ele, o
período merece destaque pela conclusão de importantes passos para os
planos de crescimento da companhia. “Sob o ponto de vista operacional, o
recorde de tráfego para o segundo trimestre mostra o grande potencial de
demanda do País”, afirma.
A taxa de ocupação doméstica da GOL ficou em 61,4% no trimestre, estável
na comparação com o segundo trimestre de 2009, quando a empresa
registrou load factor de 61,8%. No mercado internacional, a taxa de
ocupação cresceu 9,3 pontos percentuais, para 59,1%. O resultado
operacional (EBIT) foi de R$ 57,3 milhões (redução de 36,3% em
comparação ao 2T09), com margem de 3,6%, devido, principalmente, às
despesas relacionadas ao plano de renovação da frota, que incluíram a
devolução de 11 aeronaves Boeing 737-300 e a reativação de quatro Boeing
767, usados em fretamentos.
O desempenho operacional (EBITDAR) do trimestre atingiu R$ 274,2
milhões, com margem de 17,2% (ante R$ 258,8 milhões registrados no mesmo
período do ano anterior, com margem de 18,6%). Excluindo as despesas
atreladas à renovação de frota, o EBITDAR do trimestre teria sido de,
aproximadamente, R$ 311 milhões, com margem de 19,5%. O total em
disponibilidades (caixa e aplicações financeiras) encerrou o trimestre
em R$ 1.589,3 milhões (aumento de 159% em relação ao segundo trimestre
de 2009).
Os custos operacionais, por sua vez, totalizaram R$ 1.533,6 milhões no
segundo trimestre (17,6% acima do segundo trimestre de 2009), por conta,
principalmente, de despesas com combustíveis, em consequência do aumento
de 30,5% no preço do barril de petróleo registrado entre os dois
períodos. A GOL registrou uma perda líquida em operações de hedge de R$
27 milhões, sendo que o efeito caixa foi uma saída de R$ 27,9 milhões no
mesmo período, uma vez que a empresa aumentou seu programa de compra de
opções de petróleo, passando a proteger 30% do consumo estimado para 12
meses, em comparação aos 20% de proteção da política de hedge seguida
até o primeiro trimestre de 2010.
No segundo trimestre de 2010, a GOL manteve seu gerenciamento dinâmico
de tarifas, de modo que o yield (valor médio pago por um passageiro para
voar um quilômetro) da companhia atingiu R$ 20,87 (redução de 3% em
relação aos R$ 21,51 no segundo trimestre de 2009). Ao se desconsiderar
a receita de passageiros não-recorrente, no valor de R$ 42 milhões, o
yield do segundo trimestre de 2010 apresentou um aumento de 0,6% na
comparação com o mesmo período do ano anterior.
|