TAM e LAN anunciam
intenção de se unirem
Empresas
continuam operando como marcas independentes e as
sedes em Santiago e São Paulo serão mantidas
14/08/2010 -
8h57
(Da
assessoria da TAM)
-
A TAM Airlines S.A. e a LAN Airlines S.A. anunciaram ontem, dia 13 de
agosto, que assinaram um memorando de entendimento não-obrigatório (MoU)
que esboça suas intenções de unir suas holdings em uma única entidade
controladora. A união criaria um novo grupo latino-americano de linhas
aéreas que ofereceria viagens diretas e serviços de carga na América
Latina e no mundo. O nome da nova empresa será LATAM Airlines Group e
incluiria a LAN Airlines e suas subsidiárias no Peru, Argentina e
Equador; Lan Cargo e suas subsidiárias; TAM Linhas Aéreas S. A.; TAM
Mercosur e todas as holdings da LAN e da TAM. A transação está sujeita a
um acordo definitivo entre ambas as partes e à aprovação dos órgãos
reguladores.
_ |
Foto TAM: Rodrigo
Zanette - 23/06/2009
Foto LAN: Valdemar Júnior - 23/06/20009
Arte: Valdemar Júnior |
|
|
|
Airbus A330-223, PT-MVO, da TAM, e
Boeing 767-316ER,
CC-CWN,
da LAN, no aeroporto de Cumbica, em São Paulo.
|
As companhias aéreas continuarão operando com as marcas existentes e sob
suas próprias certificações de operação, e trabalharão para criar em
conjunto uma ampla malha internacional de voos de passageiros e de carga
em toda a região. O novo crescimento viabilizado pela transação
resultará em novos destinos, mais oportunidades para funcionários de
ambas as empresas, criará mais valor para os acionistas e promoverá
desenvolvimento econômico e criação de empregos nos países de origem das
companhias aéreas e naqueles onde atuam.
A transação
baseada em troca de ações pretende consolidar interesses econômicos dos
grupos acionistas em uma única entidade atendendo a restrições à
participação do capital estrangeiro em cada país. Em linha com a
transação, a LAN Airlines S.A. passará a se chamar LATAM Airlines Group
S. A. (LATAM) e será a empresa holding que alinhará as atividades de
todas as holdings do grupo. Aos acionistas da TAM seriam oferecidas 0,90
ações ordinárias da LATAM para cada ação da TAM.
A LATAM permanecerá listada tanto na Bolsa de Valores de Santiago, como
na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e planeja listar suas ações, via
BDRs, na Bovespa em São Paulo.
Dentro do grupo, TAM Airlines S.A. continuará operando como uma empresa
brasileira com sua própria estrutura. A holding atual da LAN Airlines
S.A. operará como uma unidade de negócio independente dentro do grupo (e
será referida como LAN Airlines). Ambas as companhias do grupo manterão
suas sedes e estruturas de governança atuais.
Os acionistas controladores de ambas as empresas concordaram com a
criação de um modelo de governança único que gerenciará todas as
decisões estratégicas relacionadas à coordenação e alinhamento de
atividades das holdings do grupo LATAM. Mauricio Rolim Amaro, atual
vice-presidente do Conselho de Administração da TAM, será o presidente
do Conselho da LATAM e Enrique Cueto, atual CEO da LAN, será o CEO da
LATAM.
Dentro do grupo, Maria Claudia Amaro, atual presidente do Conselho de
Administração da TAM, será presidente do Conselho da TAM sob a nova
estrutura. Marco Bologna, atual CEO da TAM S. A. será o CEO da TAM.
Líbano Barroso, atual presidente da TAM Linhas Aéreas permanecerá nesta
posição. Ignácio Cueto atual presidente/COO da LAN, será o CEO da LAN.
Marco Bologna, CEO da TAM, disse: “A consolidação das nossas forças e
malhas complementares trará grandes benefícios para os nossos clientes,
funcionários, acionistas e para a América Latina. Juntas, LAN e TAM
oferecerão novos destinos para onde nenhuma das companhias poderia voar
individualmente. Isto nos posicionará para competir com as companhias
aéreas estrangeiras que continuam aumentando suas participações na
região, além de nos permitir criar mais empregos em nossos países de
origem.”
Enrique Cueto, CEO da LAN Airlines disse “Hoje é um grande dia para a
LAN, nossos clientes, colaboradores e acionistas. Juntos, nós tornamos a
LAN uma líder na América Latina. Temos muito do que nos orgulhar e
agradecer. Entretanto, conforme a indústria se consolida, não podemos
permanecer parados. Hoje anunciamos nossa intenção de unir forças com
nossos amigos da TAM, iniciando uma caminhada que criará um dos líderes
aéreos no mundo. Temos grande admiração e respeito pelos nossos amigos
da TAM e contamos com muitos anos de colaboração. Eles compartilham
nossa paixão pela qualidade de serviço, pela integridade e nossa
confiança no grande potencial do mercado latino-americano. Com essa
união, a partir de dois líderes regionais, criamos um líder mundial que
trará orgulho aos latino-americanos.“
As companhias aéreas do grupo oferecerão operações de passageiro e carga
para mais de 115 destinos em 23 países, provendo transporte de carga em
toda a América Latina e em boa parte do mundo. O grupo operará uma frota
de mais de 220 aeronaves e terá mais de 40 mil funcionários. Em 2009, as
empresas somaram mais de 8,5 bilhões de dólares de receita, 45 milhões
de passageiros transportados e 832.000 toneladas de carga. A LATAM
estará entre os maiores grupos de companhias aéreas do mundo em tamanho,
lucratividade e alcance de mercado.
A união deve gerar sinergias anuais de aproximadamente 400 milhões de
dólares. Grande parte destas sinergias será capturada em proporções
iguais entre alinhamento das malhas de passageiros, crescimento da malha
de transporte de carga (no Brasil e internacionalmente), e redução de
custo. A organização espera implementar aproximadamente um terço de
todas as sinergias em um ano a partir da conclusão da transação e
terminar de implementar todas as sinergias ao final do terceiro ano.
Os funcionários seriam beneficiados com melhores oportunidades de
carreira e com a aceleração do crescimento. O tamanho e a diversidade da
LATAM ajudariam a promover estabilidade financeira, beneficiando todos
os envolvidos. As duas companhias já teriam hoje mais de 200 pedidos de
aeronaves para entrega futura, que viabilizariam o crescimento e aumento
de empregos na região.
Passageiros se beneficiariam com maior número de voos, destinos e
conexões. A união das empresas permitiria voos numa mesma companhia não
importa o destino. Membros do programa de fidelidade poderiam acumular e
resgatar milhas em número muito maior de voos e de parceiros.
Clientes de carga teriam acesso a mais abrangente malha cargueira da
América Latina – com mais capacidade, frequências e destinos do que
qualquer outra empresa aérea. As companhias aéreas trabalhariam
rapidamente para garantir que os clientes pudessem agendar, despachar e
rastrear suas cargas de maneira facilitada através de toda a malha
expandida.
Sob os termos do memorando de entendimento (MoU), as duas empresas se
empenharão em negociações exclusivas parar criar um acordo vinculativo
definitivo, que estará sujeito a um acordo na documentação final, due
diligence, aprovações e ações das empresas e acionistas e aprovações dos
agentes regulatórios. Não há garantias de que um acordo vinculativo
definitivo será alcançado ou de que a transação será concluída.
|