Acordo de "céus abertos" esbarra na falta de infraestrutura
São Paulo só poderá receber
mais voos a partir de 2013
09/12/2010 -
10h06
(Valdemar
Júnior)
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O acordo de "céus abertos", divulgado pelos Estados Unidos na última
terça-feira, dia 7 de dezembro, esbarra na falta de infraestrutura no
maior mercado da América Latina, a cidade de São Paulo, pois somente a
partir de 2013 a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) liberará novos
voos caso haja capacidade instalada para isso, ou seja, novas operações
só poderão ser feitas em outros aeroportos, que possam receber mais
passageiros, ao contrário de Cumbica, em Guarulhos.
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Rodrigo Zanette -
23/06/2009 |
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Airbus A330-223, PT-MVO, da TAM, única
empresa brasileira voando para os Estados Unidos, taxiando no
aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
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O
acordo assinado na última sexta-feira, no Rio de Janeiro, prevê que o
número de voos entre Brasil e Estados Unidos aumente gradativamente até
2015, quando não haverá mais restrições.
No acordo estão incluídos os voos cargueiros, mas as companhias
americanas estão proibidas de fazer cabotagem (rotas domésticas),
portanto, será necessário fazer acordo com empresas brasileiras para
distribuir passagerios pelo país.
Atualmente só estão permitidos 154 voos semanais para cada país entre
Brasil e Estados Unidos. Há apenas uma companhia brasileira operando
esses voos, a TAM, que tem 30% desse mercado, atrás apenas da American
Airlines, que tem 32%. As outras empresas americanas que voam para o
Brasil são: United, Continental (as duas se uniram se recentemente),
Delta e US Airways.
Sem poder voar para São Paulo, no curto prazo haverá mais voos diretos
para outras capitais brasileiras e, posteriormente, passagens mais
baratas serão oferecidas ao passageiro.
O próximo passo da ANAC é fechar acordo de "céus abertos" com a União
Europeia. Essa política é inevitável, mas o Brasil precisa criar
infra-estrutura para receber mais voos internacionais, principalmente
nas maiores capitais, como São Paulo e Brasília.
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