ABSA voará de São Paulo para Recife e Fortaleza
Companhia foca novos mercados com
ampliação da malha aérea a partir do dia 22 de junho
18/06/2010
- 13h58
(Da assessoria
da ABSA)
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Depois de
Manaus, a ABSA começará a voar para Recife e Fortaleza. A empresa
cargueira começa a operar nas duas capitais nordestinas a partir do dia
22 de junho. Serão cinco voos semanais, de terça-feira a sábado, com um
Boeing 767-300F, com capacidade para transportar até 57 toneladas de
carga. Os voos sairão do Aeroporto Internacional de São Paulo, em
Guarulhos, às 4h30 com chegada prevista em Recife às 7h25 e, na capital
cearense, às 9h35; retornando para São Paulo às 23h. Esta será a segunda
rota doméstica operada pela companhia desde que a empresa retomou os
voos no mercado interno, no ano passado, com a rota
Guarulhos-Manaus-Guarulhos.
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Valdemar Júnior -
23/06/2009 |
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Boeing 767-316FER, PR-ABD, da ABSA, pousando no
aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
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A direção da ABSA admite que o
lançamento do novo trecho foi estimulado pelo sucesso alcançado com a
primeira rota doméstica, que em maio contabilizou 52% de participação
naquele mercado, aliada a percepção da crescente demanda por transporte
de carga no modal aéreo no nordeste do país. “A ABSA está sempre em
busca de novas oportunidades e identificou no nordeste uma demanda não
atendida, um espaço para crescer. Com a ampliação da malha aérea, a
empresa passa a oferecer um produto de qualidade, alta confiabilidade e
segurança a empresas de uma região em franca expansão e carente desses
serviços”, afirma Alexandre Silva, gerente de vendas da companhia.
Silva acrescenta
que, para o usuário, poder contar com uma aeronave de alto desempenho,
baixo nível de manutenção, dedicada exclusivamente ao transporte de
carga, com horários e programação fixos, significa maiores índices de
competitividade. As projeções de crescimento na movimentação de cargas
no Complexo Industrial Portuário de Suape e início de funcionamento da
Refinaria Abreu e Lima, previsto para o próximo ano, são fatores que
fazem a ABSA acreditar no aumento da demanda local por novos serviços.
O gerente da ABSA aposta, ainda, que
além do mercado doméstico, a nova rota ampliará a capacidade de
exportação de produtos do nordeste brasileiro com boa aceitação no
exterior. Como a região é atendida principalmente por aviões de pequeno
porte, muitas empresas com produtos que poderiam ganhar o mercado
internacional, acabam limitando seus negócios por causa das restrições
impostas para o transporte de carga nestas aeronaves.
“Com a nossa disponibilidade de
espaço, podemos oferecer a estes produtores, sobretudo no caso dos
perecíveis, um serviço melhor e uma maior capilaridade, que garanta
colocar seus produtos em mais mercados, num espaço de tempo menor, mais
adequado às necessidades de seus clientes”, pondera o representante da
ABSA Cargo. A companhia projeta movimentar aproximadamente 6.500
toneladas na nova rota até o final do ano e trabalha com a expectativa
de alcançar 35% de participação neste mercado até 2011.
Projetando o futuro
O diretor executivo da ABSA Cargo Airline, Pablo Navarrete, explica que
o grande investimento da empresa nessa rota é com a aeronave que está
sendo destinada para os voos do trecho GRU-REC-FOR-GRU, um B767-300F,
mas que já integra a frota da companhia. A estrutura montada nas duas
capitais, por outro lado, não exigiu grandes recursos, mas deve gerar
algo em torno de 80 empregos diretos e indiretos. “Esta rota consolida a
presença da ABSA no mercado doméstico e apresenta novas opções aos
usuários desse modal, que não ficam mais limitados aos porões de
aeronaves de passageiros, aos horários e disponibilidade destes voos”.
A ABSA Cargo Airline acredita que, em
breve, as duas rotas domésticas operadas pela companhia possam responder
por 55% do faturamento bruto da empresa gerado no Brasil, ou seja, sem
considerar a receita de importação. Considerando esta receita, este
índice deve ficar em torno de 22%, explica Alexandre Silva. Segundo ele,
a forte recuperação do mercado doméstico fez a empresa focar a operação
doméstica e os resultados obtidos estimulam a avaliação de outros
mercados. Por isso, não está descartada que esta nova rota, em uma
segunda etapa, inclua também a capital baiana, Salvador.
Mas isso não significa que a operação
internacional será relegada pela empresa, afirma. “A ABSA conta hoje com
duas unidades de negócios independentes, mas que se complementam. Nosso
core business ainda é internacional. Mas continuamos avaliando a
viabilidade de ampliar nossa malha, tanto dentro como fora do Brasil. E
internamente, estudamos aumentar essa capilaridade até mesmo por meio de
ligações rodoviárias e parceria com aéreas que atuam exclusivamente no
segmento de passageiros”.
Manaus
Com pouco mais de um ano, a rota GRU-MAO-GRU está consolidada. O sucesso
é medido em números. Hoje, a ocupação nos dez voos semanais gira em
torno de 97% e a rota já representa 38% no faturamento bruto da
companhia, sem considerar as importações, em valores gerados no país,
sendo tão rentável como outras rotas internacionais, comenta Silva.
Esses números alçaram a cargueira brasileira à liderança entre as
empresas aéreas que atuam nessa rota.
“A ABSA mantém seus investimentos
pensando em crescer não só em frota, mas também em participação no
mercado. Crescer em capacidade produtiva. Essa é mais uma prova de
confiança da companhia na macroeconomia do país”, afirma Pablo
Navarrete. Em breve, a cargueira brasileira receberá mais uma aeronave,
elevando sua frota para três B767-300F. |