Lufthansa defende regras homogêneas para o espaço aéreo europeu
Presidente Mayrhuber diz que
“Single European Sky é mais necessário do que nunca”
04/05/2010
- 11h42
(Da
assessoria da Lufthansa no Brasil)
-
Durante a Assembleia Geral da Deutsche
Lufthansa AG deste ano em Berlim, Wolfgang Mayrhuber, presidente do
grupo, apresentou o resultado do exercício de 2009 aos acionistas: “O
ano passado, com suas amplas consequências econômicas para a indústria
da aviação civil, foi um dos anos mais difíceis de sua história. Tanto
mais nos alegra que, em face destas circunstâncias, obtivemos um
resultado operacional positivo no valor de 130 milhões de euros. O fato
de conseguirmos melhorar nossa posição entre as concorrentes, apesar dos
graves efeitos da crise financeira e econômica, mostra que o rumo
estratégico que adotamos está correto. Nossa base financeira é sólida e
nossas áreas de negócios se mantêm estáveis e amplas.”
_ |
Rodrigo Zanette -
23/06/2009 |
|
|
|
Boeing 747-430,
D-ABVR, da Lufthansa, taxiando no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
|
Em seu
discurso para os acionistas, Mayrhuber continuou: “Todas as áreas de
negócios fizeram ajustes na oferta de espaço e nos custos, melhorando a
eficiência. Mesmo assim, o resultado do grupo foi negativo devido à
crise financeira e econômica e marcado por perdas de receita inéditas,
decorrentes da demanda. Não foi possível agregar valor neste ano
difícil.” Diante do resultado negativo do grupo e tendo o
desenvolvimento econômico incerto como pano de fundo, a presidência e o
conselho fiscal sugeriram aos acionistas a não-distribuição de
dividendos. “No momento, seria insustentável distribuir dividendos”,
complementou Mayrhuber.
Em vista dos recentes acontecimentos em torno da erupção do vulcão na
Islândia, o presidente da Deutsche Lufthansa AG esclareceu: “O
fechamento do espaço aéreo não atingiu só as empresas aéreas, mas toda a
economia. Hoje sabemos que o perigo da situação foi superestimado e suas
consequências subestimadas.” O chefe da Lufthansa apelou para que se
faça uso dos conhecimentos adquiridos durante os últimos dias: “A
experiência das últimas semanas nos mostrou de forma implacável que,
numa situação dessas, precisamos de um conceito europeu abrangente. Um
espaço aéreo homogêneo europeu (o Single European Sky) é mais necessário
do que nunca. Mas sua rápida introdução, sobre a qual se discute há
décadas, continua sem perspectiva. Temos que progredir com rapidez, no
interesse da Europa.” Estes assuntos deveriam começar a ser tratados
imediatamente com os tomadores de decisão políticos e as autoridades nos
mais altos níveis nacionais e da União Europeia. Isto também inclui a
questão dos custos de atendimento de milhares de passageiros durante
vários dias no caso de uma catástrofe natural ou compensações
correspondentes.
O chefe da Lufthansa enfatizou: “Não estamos pedindo subvenções; isto a
Lufthansa nunca fez. O que temos em mente são procedimentos homogêneos
em relação aos danos em toda a UE, flexibilizações uniformes no caso de
taxas, ou alteração da data de entrada em vigor do Sistema de Comércio
de Emissões da União Europeia, prevista para 2012. Todos os dados nos
quais se baseia este sistema ficaram totalmente embaralhados. Por isso,
2010 não é mais indicado como ano-base para o cálculo da concessão deste
certificado.”
Em relação à atual situação econômica do grupo, o presidente da
Lufthansa afirmou: “No primeiro trimestre, as vendas voltaram a
crescer.” Mas a crise econômica e financeira, o inverno rigoroso, a
greve dos pilotos e as consequências da erupção do vulcão na Islândia
trouxeram dificuldades para a empresa. Mesmo assim, Mayrhuber mostrou-se
convicto de que tudo será superado: “A Lufthansa vencerá mais esta
crise. A área intercontinental mostra sinais positivos de animação do
mercado e os sinais de melhora são sensíveis também nos negócios da
carga aérea. A demanda por mobilidade continuará aumentando e a
qualidade e os serviços Lufthansa continuarão sendo de ponta também no
futuro.” Mayrhuber enfatizou que, no ano em curso, o empenho continua
sendo por um resultado operacional positivo superior ao do ano anterior. |