Primeira piloto da Lufthansa completa 10 anos de carreira
Hoje já são 215 mulheres
pilotos na empresa alemã
05/03/2010
- 11h40
(Da
assessoria da Lufthansa no Brasil)
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Nicola Lisy, a primeira capitã da
história da Lufthansa, está comemorando este ano 10 anos como comandante
de aeronaves. Hoje, a companhia aérea já conta com 215 mulheres pilotos.
Lisy iniciou as atividades como comissária de bordo, e, desde 2000,
comanda o lado esquerdo da cabine do Boeing 737.
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Divulgação -
Lufthansa |
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Nicola Lisy.
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Depois de participar do “curso de capacitação para futuros pilotos
comerciais” em que aprendeu técnicas de navegação, comunicação radial e
eletrônica, meteorologia e legislação de tráfego aéreo, Nicola fez os
exercícios de voo em Montreal que a tornaram capaz de fazer parte da
cabine de comando do Boeing 737. No ano 2000, Nicola voava como
co-piloto do Boeing 747-400 para Buenos Aires, México e Hong Kong, e
como capitã no Boeing 737.
Existe uma longa tradição de pilotos mulheres na aviação. Em 1910,
Raymonde de Laroche foi a primeira mulher do mundo a receber licença
para pilotar aviões, dada pelo Aéro-Club de France. Nos anos 1920, Marga
von Etzdorf pilotou um Junkers A50 chamado “Kiek in die Welt” e depois
pilotou um F13, uma aeronave comercial, como piloto da Lufthansa. Porém,
60 anos se passaram até que uma mulher se sentasse novamente na cabine
do piloto.
O grupo Lufthansa conta hoje com 43% de funcionárias mulheres, sendo
mais de 15% responsáveis por cargos de liderança, o que coloca a
Lufthansa acima da média neste quesito, em comparação com outras grandes
empresas, em que a média gira em torno de 10%. Atualmente, apenas 37
mulheres obtiveram a licença de capitã na Lufthansa Passenger Airlines,
o que não representa reflexo negativo da capacidade do sexo feminino. A
taxa de participantes que são aprovados nas fases de seleção é a mesma
para homens e mulheres.
Não foi observada nenhuma diferença de aptidão para voo entre os sexos.
O único motivo de as mulheres somarem percentual tão pequeno de pilotos
formadas ou em treinamento é o fato de estarem sujeitas a licença
maternidade e outras questões que envolvem a família.
Para poder conciliar a profissão e a família da melhor forma, a
Lufthansa oferece benefícios que vão além daqueles sugeridos e impostos
pelo governo. Como exemplo disso, a companhia permite extensão do
período de licença para criação do filho para que os pais possam se
dedicar ainda mais nesta fase. Além disso, pilotos que tenham crianças
pequenas podem trabalhar por períodos menores ou cumprirem horários mais
flexíveis, a fim de balancear de forma adequada a vida pessoal e
profissional. Prova disso foi a distinção dada pelo Ministério Federal
Alemão, indicando a Lufthansa como empresa especialmente preocupada com
a família.
Segundo as leis trabalhistas da Alemanha, os pais podem usufruir de
licença para criação dos filhos (Erziehungsurlaub), que, a princípio,
tem duração de três anos, mas que pode ser extendida, principalmente se
nascer uma nova criança. Após o nascimento dos bebês, as mães que
retornarem ao emprego têm direitos que garantem condições de trabalho
que respeitem o bem-estar físico e mental delas próprias e de suas
crianças. Exemplo disso são as pausas para amamentação que devem ser
feitas sem necessidade de compensação de horas. Há também leis que
permeiam questões de demissões das mulheres que acabaram de dar à luz,
não permitindo, por exemplo, que o empregador demita uma colaboradora
por até quatro semanas após o parto.
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