Lufthansa tem lucro operacional de € 130 milhões em 2009
Houve
retração de 2,56 bilhões de
euros no faturamento
12/03/2010
- 10h09
(Da
assessoria da Lufthansa no Brasil)
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No exercício de 2009, a Deutsche Lufthansa
AG alcançou seu objetivo e registrou um lucro operacional de 130 milhões
de euros, apesar da retração de 2,56 bilhões de euros no faturamento,
decorrente das circunstâncias de mercado. Com isso, o resultado do grupo
foi € 1,2 bilhão menor do que o do ano anterior. A demanda menor devido
à conjuntura fraca e a retração de grandes proporções das receitas
médias nos negócios do transporte de passageiros em decorrência da crise
financeira e econômica pesaram nos índices do resultado de 2009.
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Rodrigo Zanette -
23/06/2009 |
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Boeing 747-430, D-ABVR, da Lufthansa, taxiando no
aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
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Diante desse pano de fundo, a assembléia geral será aconselhada a não
pagar dividendos aos acionistas para o exercício de 2009. Wolfgang
Mayrhuber, presidente da Deutsche Lufthansa AG, disse por ocasião da
apresentação dos números: “Nós nos afirmamos durante a crise porque
nossas áreas de negócios têm base ampla e sólida e dispõem de forte
balanço. Além disso, tomamos medidas objetivas e rápidas nas áreas de
oferta de espaço e custos, sem, por isso, deixar de focar no cliente. O
lucro operacional obtido sob condições extremamente difíceis não nos
satisfaz, mas ainda assim é notável e representa a recompensa pelos
constantes esforços empenhados na melhoria da lucratividade (é o
resultado do bom trabalho feito por todos os funcionários da
Lufthansa).”
O resultado operacional do grupo Passage Airline, que também contém o
desempenho econômico de Germanwings, Swiss, Austrian Airlines e bmi,
oito milhões de euros menor, ficou nitidamente abaixo do ano passado. A
meta de lucro operacional desta área de negócios, portanto, deixou de
ser atingida por pouco. Para combater a evolução negativa do negócio
principal, todas as empresas aéreas do grupo tomaram medidas de garantia
de resultados que continuaram sendo adotadas durante todo o exercício.
O objetivo do programa de garantia de resultados “Climb 2011” da
Lufthansa Passage visa uma melhoria sustentável de resultados de um
bilhão de euros até o final de 2011. O programa começou a entrar em
vigor no terceiro trimestre de 2009, mas, ainda assim, a Lufthansa
Passage contribuiu com 107 milhões de euros de prejuízo no ano todo. O
resultado operacional da Swiss chegou a 93 milhões de euros, a Austrian
Airlines entrou no resultado total do grupo Passage Airline com 31
milhões de prejuízo operacional no momento da consolidação total, a bmi
contribuiu com um prejuízo de 31 milhões de euros e a Germanwings obteve
lucro operacional de 24 milhões de euros.
Visando as medidas de garantia de resultados das empresas aéreas do
grupo, Wolfgang Mayrhuber afirmou: “É decisivo neutralizar todas as
implicações da crise. Por isso, nos concentramos em iniciativas
inteligentes para melhorar a lucratividade e manter nosso alto nível de
qualidade. Reduzir custos e aumentar a qualidade não se opõem, pelo
contrário: continuamos investindo no nosso produto, em terra e a bordo,
mesmo durante a crise. Nossos clientes nos agradecem por meio de
avaliações execelentes no quesito satisfação. Pretendemos manter essa
posição de destaque.”
A área de negócios logística sofreu forte retração do faturamento em
2009 decorrente da demanda e registrou nítido prejuízo operacional. As
medidas de garantia de resultados da Lufthansa Cargo, como redução da
oferta de espaço nos cargueiros, dos horários de trabalho e dos custos
materiais e budgets de projetos, continuam sendo adotadas. A Lufthansa
Technik teve bom desempenho e registrou aumento do faturamento apesar
das difíceis circunstâncias. A área de negócios conseguiu compensar a
redução da demanda em algumas subáreas e até chegou a registrar
resultado operacional maior em comparação ao do ano anterior.
A área de negócios de TI registrou leve melhoria do resultado. No
entanto, faturamento e resultado operacional ficaram aquém dos do ano
anterior, sendo que as medidas de garantia de resultados também
continuam sendo adotadas nesta área de negócios. A área de negócios
Catering melhorou discretamente o resultado operacional ao mesmo tempo
em que registrou retração do faturamento. Mesmo assim, a LSG Sky Chefs
continua se empenhando em combater a retração das receitas totais.
“Ainda não podemos dizer quanto tempo vai demorar para recuperarmos as
atuais retrações. Por isso, um balanço robusto, ajustes eficientes da
oferta de espaço e reduções de custos são e continuam sendo fatores de
sucesso decisivos”, enfatizou Mayrhuber. Para o exercício em curso, o
grupo conta com leve aceleração do faturamento. Além disso, em 2010 a
evolução do faturamento refletirá pela primeira vez a consolidação total
anual das novas empresas. No ano em curso, elas ainda não deverão
contribuir para a lucratividade do grupo. Mesmo assim, o grupo pretende
obter um resultado operacional acima do ano anterior. Os riscos dependem
do momento da recuperação da demanda e do desenvolvimento dos preços do
petróleo, o que pode tanto resultar em cenários positivos como em
negativos.
O exercício de 2009 em números
O faturamento do Grupo Lufthansa no exercício de 2009 foi de 22,3
bilhões de euros, 10,3% a menos do que no ano anterior. As receitas do
tráfego diminuíram 11,8% para 17,6 bilhões de euros devido ao mercado.
Decisiva, para tanto, foi a redução dos números de passageiros e carga
acompanhada da queda das receitas médias. Ao todo, os rendimentos
operacionais do grupo no período diminuíram para 25 bilhões de euros, ou
seja, 7,2%.
Os custos operacionais foram reduzidos em 3,6% para 24,8 bilhões de
euros no decorrer do ano. Um dos principais motivos para tanto foi a
redução de 1,7 bilhão de euros para um total de 3,6 bilhões de euros dos
custos de combustível. Essa redução corresponde a 32,2%, tanto nos
preços como na quantidade. As taxas ficaram cerca de 7,5% acima do valor
do ano anterior.
O resultado operacional do grupo para o exercício de 2009 foi de 130
milhões de euros, 1,2 bilhão de euros menor do que no ano anterior. A
soma contém o valor da diferença da consolidação inicial da Austrian
Airlines (badwill) no total de 86 milhões de euros. A retração do
resultado operacional deve-se principalmente à evolução negativa nas
áreas de negócios Passage Airline e logística. O resultado do grupo é de
-112 milhões de euros. No mesmo período do ano anterior, ele chegava a
542 milhões de euros.
A Lufthansa investiu 2,4 bilhões de euros em 2009. Destes, 1,8 bilhão de
euros foi destinado à ampliação e modernização da frota. 65 milhões de
euros foram investidos na compra de 45% das cotas-parte da SN Airholding
SA/NV (Brussels Airlines). Para a compra das empresas a serem
consolidadas (principalmente Austrian Airlines e bmi), foram gastos 56
milhões de euros, dos quais foram deduzidos os meios de pagamento
adquiridos. A venda das cotas-parte restantes da Condor e a amortização
dos empréstimos a ela relacionada resultou no recebimento de 77 milhões
de euros. O fluxo de caixa operacional foi de 2 bilhões de euros, o
fluxo de caixa livre de 251 milhões de euros. No final do ano, o grupo
registrou endividamento de crédito líquido de 2,2 bilhões de euros.
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