Minas não quer reabrir
Pampulha para voos domésticos
ANAC
quer retomar operação de aeronaves com mais de 50 lugares no aeroporto
central de Belo Horizonte
24/03/2010
- 11h47
(Valdemar
Júnior)
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Segundo o jornal Folha de São Paulo, a ANAC (Agência Nacional de Aviação
Civil), quer reabrir o aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, para
voos comerciais operados com aeronaves com mais de 50 lugares, pois não
há nenhum impedimento técnico, visto que a pista tem 2.100 metros de
comprimento, mas, o governador mineiro, Aécio Neves, disse ontem, dia 23
de março, que cancelou a medida da agência.
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Valdemar Júnior -
23/06/2009 |
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Embraer ERJ 145EU, PR-PSF, da Passaredo, maior
aeronave operada atualmente na Pampulha, taxiando no aeroporto de
Cumbica, em Guarulhos.
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Para que o aeroporto de Confins não
continuasse praticamente sem operar, alguns anos atrás a ANAC resolveu
limitar as operações na Pampulha para aeronaves com até 50 lugares, mas,
agora, resolveu considerar os relatórios técnicos, que mostram a
viabilidade total da operação de jatos de médio porte, como o Airbus
A320 e o Boeing 737, que operavam lá normalmente, sem nenhuma restrição.
O mesmo aconteceu no Rio de Janeiro, quando a ANAC liberou o Santos
Dumont para receber voos comerciais além da Ponte Aérea Rio-São Paulo. O
governo carioca temia que o Galeão ficasse subutilizado, o que não
aconteceu, visto que o número de embarques e desembarques aumentou após
a liberação do aeroporto central da capital fluminense.
Aécio disse ao jornal Folha de São Paulo que conversou sobre a questão
com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, na última sexta-feira, durante a
cerimônia de início das obras de ampliação da Helibras, em Itajubá (MG),
e que ele garantiu apenas a extensão dos voos para aeronaves com
capacidade para transportar até 90 passageiros, mas o governador
considera a medida inadequada.
Quem paga é o passageiro, que é obrigado a se deslocar até Confins para
embarcar em voos comerciais, pois apenas os regionais permanecem na
Pampulha, onde há infra-estrutura suficiente para receber voos operados
por jatos de médio porte. Tudo isso acontece apenas para tentar mostrar
que o aeroporto de Confins não é um elefante branco. Com o aumento no
número de passageiros transportados, é Confins se tornará plenamente
viável nos próximos anos mesmo com a reabertura da Pampulha para receber
voos domésticos, assim como aconteceu no Rio de Janeiro. |