Avião da Fumaça faz pouso forçado em Limeira
Aeronave se chocou com um urubu durante a apresentação
08/11/2010 -
12h12
(Valdemar
Júnior)
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Um Tucano da Esquadrilha da
Fumaça teve que fazer um pouso forçado no aeródromo da cidade, na tarde
de ontem, dia 7 de novembro, após um urubu se chocar contra a lateral da
aeronave durante a demonstração em comemoração ao aniversário do
município.
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Titolívio de Oliveira
Neto - 01/07/2007 |
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O Tucano acidentado ontem em Limeira,
prefixo FAB 1326, taxiando no aeroporto de Ribeirão Preto durante o
Voa Ribeirão 2007.
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Segundo o site Terra, o
choque aconteceu por volta das 17h, 10 minutos após o início da
demonstração, e não provocou nenhum ferimento no piloto, o Capitão
Aviador Marcelo, que voa na posição número 2, mas a apresentação teve
que ser interrompida.
O Tucano acidentado, de prefixo FAB 1326, ficou com um buraco na lateral
esquerda, logo atrás do motor, abaixo do canopy.
Como a cidade de Limeira está localizada a apenas 70 km da AFA (Academia
da Força Aérea), localizada em Pirasununga, onde está sediado o EDA
(Esquadrão de Demonstração Aérea), popularmente conhecido como
Esquadrilha da Fumaça, as outras seis aeronaves não pousaram no local da
demonstração e retornaram à base.
Para não correr o risco da entrar detritos na entrada de ar da turbina,
provocando danos ao motor, os Tucano do EDA não pousam mais em pistas de
terra há cerca de dois anos.
Choques com pássaros são comuns no Brasil
Infelizmente, são comuns os choques com pássaros nos aeroportos
brasileiros, pois não há cuidado com o entorno dos aeroportos para que
não haja locais que possam atrair pássaros como os urubus, que vivem
comendo restos de animais mortos e frequentam lixões, que em algumas
cidades, por mais incrível que pareça, se localizam próximo às
cabeceiras de pistas de pousos e decolagens. Os prejuízos causados são
de milhões de reais todos os anos, e fazem as aeronaves serem paradas
para poderem ter condições de voar novamente, além de deixar passageiros
sem voo e podendo perder conexões e novos negócios, e ainda podem causar
ferimentos e até a morte de pilotos, portanto, deveria ser um assunto
levado bem mais a sério pelas autoridades aeronáuticas brasileiras. É
óbvio que não como acabar com o problema, mas é possível diminuir muito
este tipo de ocorrência.
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