TAM tem lucro líquido de R$ 60 milhões no
segundo trimestre
De abril a junho, receita bruta total cresceu 16,5%, para R$ 3,2
bilhões, e passageiros transportados aumentaram 24,7%, para 9,6 milhões
de pessoas
12/08/2011
- 21h07
(Da assessoria da
TAM)
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A TAM S.A. alcançou lucro líquido de R$ 60,3 milhões no segundo
trimestre deste ano e reverteu a situação de perdas do mesmo período de
2010, quando registrou prejuízo líquido de R$ 174,8 milhões. O lucro
operacional (EBIT) foi de R$ 15,6 milhões, com margem de 0,5%,
contrapondo-se ao EBIT de R$ 1,4 milhão, com margem de 0,1%, registrado
no segundo trimestre do ano passado. Já a receita operacional bruta
cresceu 16,5%, para R$ 3,2 bilhões, também na comparação anual, sendo
que R$ 2,3 bilhões correspondem às receitas com passageiros, que
aumentaram 8,2%.
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Rodrigo Zanette -
01/07/2011 |
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Airbus A320-214,
prefixo PR-MHG, da TAM, taxiando no aeroporto de Cumbica, em
Guarulhos.
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O destaque foi a expansão de 18,2% no
faturamento com passageiros de voos internacionais, para R$ 865,4
milhões. Nas operações para o exterior, a companhia também registrou
crescimento em 5,1 pontos percentuais na taxa de ocupação (load factor),
que atingiu 81,4% no trimestre. Em junho, a TAM havia registrado
ocupação internacional recorde para o mês, de 79,6%. Já na operação
doméstica, o faturamento de R$ 1,5 bilhão foi 3,1% superior no
trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado. O número reflete
os 8 pontos percentuais de crescimento da taxa de ocupação doméstica,
que atingiu 69,2%.
Com média diária de 911 voos no segundo trimestre, 13% acima dos mesmos
três meses de 2010, a TAM transportou 9,6 milhões de passageiros
pagantes, um expressivo aumento de 24,7% na comparação anual. Somadas as
operações doméstica e internacional, a companhia atingiu taxa de
ocupação de 73,9%, resultado 6,8 pontos percentuais acima do registrado
no segundo trimestre do ano passado. Este crescimento é significativo
para esta época do ano, já que os meses de abril, maio e junho são,
historicamente, os que registram menor demanda.
O crescimento das taxas de ocupação e do número de passageiros pagantes
transportados compensou a redução de 7,8% no yield geral (preço médio
pago por passageiro em cada quilômetro voado) no segundo trimestre. Nas
operações internacionais, o yield em reais diminuiu 2,4% e em dólar
cresceu 9,6%. Já o doméstico teve queda de 21%. Essa diminuição é
reflexo do sucesso da campanha de varejo, iniciada pela companhia em
agosto de 2010, que incentiva passageiros sensíveis a preço a voarem
fora do horário de pico. Esse resultado pode ser observado no aumento,
entre abril e junho, do load factor em voos realizados das 10h às 16h e
das 21h às 7h. No segundo trimestre do ano passado, a ocupação média
caía 7 pontos percentuais fora dos horários de maior movimento. No mesmo
período deste ano, a queda foi de apenas 4 pontos percentuais. Além
disso, o primeiro semestre foi marcado por várias ações promocionais em
função da dinâmica concorrencial.
Também merece destaque nos resultados do segundo trimestre de 2011 o
forte crescimento de 92,4% em outras receitas operacionais, que chegaram
a R$ 540,9 milhões. A expansão foi influenciada principalmente pelo
aumento de 285% na receita do Multiplus Fidelidade, que registrou
faturamento de R$ 265,9 milhões no período.
"Os valores alcançados com receitas adicionais atestam o acerto de nossa
estratégia de diversificação dos negócios. Nosso objetivo é construir um
grupo de multinegócios relacionados à aviação para diversificar nossas
fontes de receita", comenta Marco Antonio Bologna, presidente da TAM
S.A.
As despesas operacionais cresceram 16,4% no segundo trimestre devido,
sobretudo, às despesas com combustíveis, que tiveram alta de 28,1%
devido ao aumento do barril de petróleo WTI (West Texas Intermediate),
ao maior preço médio pago por litro e ao aumento da taxa de ocupação e
das horas voadas pelas aeronaves. Esse aumento foi em parte compensado
pelo reconhecimento de créditos de PIS e COFINS no valor de R$ 143
milhões.
Para os próximos 12 meses, a TAM tem cobertura (hedge) para 30% do seu
consumo a um strike médio de US$ 94 por barril. Entre julho de 2012 e
junho de 2013, o percentual de cobertura é de 18% do consumo projetado e
strike médio de US$ 99 por barril. segundo a empresa, a proteção está
adequada ao cenário econômico e ao consumo da empresa, segundo política
de longo prazo estipulada pela companhia.
Excluindo-se o gasto com combustíveis, a TAM apresentou redução de 3,5%
no custo por assento disponível por quilômetro (CASK). "Mantemos as
estimativas de crescimento para 2011 e os nossos esforços para redução
dos custos fixos e para a constante melhoria de desempenho da companhia.
Os resultados alcançados no segundo trimestre mostram que, apesar dos
grandes desafios que temos à frente, estamos no caminho certo para
continuar prestando serviços de alta qualidade, com preços competitivos,
e facilitando o acesso às viagens de avião", afirma Líbano Barroso,
presidente da TAM Linhas Aéreas.
De abril a junho, a companhia recebeu dois Airbus A330, um A321 e um
A319. O crescimento da frota, que somará 156 aeronaves no fim do ano,
permitirá o aumento da oferta de assentos conforme previsto, mantendo a
qualidade do serviço, de acordo com a política da TAM de operar com
aviões modernos. Em julho passado, a empresa encerrou as operações com
os ATR 42 da Pantanal.
De acordo com seus prognósticos para 2011, a companhia mantém a
expectativa de crescimento da oferta de assentos entre 10% e 13%, e da
taxa de ocupação entre 73% e 75%. "Em linha com o plano que anunciamos
no fim do ano passado, aumentaremos a oferta abaixo da demanda, mas
mantendo o equilíbrio entre as necessidades do mercado e a
sustentabilidade dos negócios", analisa Barroso.
Com cinco novas frequências internacionais anunciadas até agora, a TAM
superou a estimativa de dois novos destinos ou frequências para o
exterior no ano e agora se prepara para o lançamento do voo para a
Cidade do México, no segundo semestre.
35 anos de história
"No mês passado, comemoramos 35 anos de fundação da TAM. Nesse período,
a empresa regional se transformou em uma companhia global, voando para
45 destinos no Brasil e 19 internacionais, além de ser membro da Star
Alliance", destaca Marco Antonio Bologna.
Segundo o executivo, a empresa continua empenhada na criação da LATAM,
resultado da fusão entre a chilena LAN e a TAM. O acordo depende de
aprovação das autoridades dos países onde as duas companhias atuam e dos
acionistas minoritários. Há um ano, foi assinado o memorando de
entendimentos não vinculante. Em janeiro de 2011, foram assinados os
contratos definitivos vinculantes que formalizaram a intenção de união
com a LAN, para a formação do que será um dos dez maiores grupos de
companhias aéreas do mundo.
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