TAM foca rentabilidade e revisa plano de frota
Companhia opta por não aumentar a frota de aviões para o mercado
doméstico em 2012
31/08/2011
- 9h39
(Da assessoria da
TAM)
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A TAM revisou o plano da frota que terá a partir de 2012, com o objetivo
de aumentar a rentabilidade da companhia e otimizar as operações. Assim,
a empresa encerrará o próximo ano com 159 aeronaves, e não mais com as
163 previstas no plano de frota anterior.
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Rodrigo Zanette -
01/07/2011 |
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Airbus
A320-232,
PT-MZY,
da TAM, taxiando no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
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A TAM estima para 2012 um crescimento de
demanda menor do que o previsto para este ano, entre 15% e 18%, conforme
o guidance para 2011, em virtude das incertezas que cercam a economia
mundial.
"Confiamos no crescimento do Brasil e do mercado de aviação no próximo
ano, mas entendemos que um ajuste em nosso plano de frota é necessário
para assegurar a rentabilidade do negócio, num contexto de maior
racionalidade do mercado", afirma Líbano Barroso, presidente da TAM
Linhas Aéreas.
Para alcançar esse objetivo, a companhia intensificará suas ações de
controle de custos e aumento de receitas. Entre as medidas adotadas, a
sua frota narrow body (aeronaves com apenas um corredor de circulação)
não será aumentada em quatro unidades no próximo ano, como originalmente
previsto.
Em 2012, a TAM receberá 13 novos aviões da família Airbus A320 e
devolverá 13 atualmente em operação. A empresa não optará pela renovação
de quatro leasings de aeronaves, modificando o plano original de receber
13 equipamentos novos e devolver nove. Ou seja, não haverá crescimento
líquido da frota.
"Em nossa conferência com analistas, após o anúncio dos resultados do
segundo trimestre, no início de agosto, comentamos que tínhamos
flexibilidade para reduzir a frota de aviões em 2012, caso fosse
necessário", lembra Líbano Barroso. "Mesmo com essa revisão, vamos
renovar 10% da frota doméstica, mantendo a baixa idade média das
aeronaves. Além do benefício claro de qualidade de serviço para nossos
clientes, que contam com uma das frotas mais jovens do mundo, isso
contribuirá para diminuir custos de manutenção e o consumo de
combustível", complementa o executivo.
Mesmo com as medidas adotadas, graças aos ganhos de eficiência já
conseguidos pela alta utilização das aeronaves, a oferta de assentos da
companhia (ASK) crescerá 4% em 2012 na comparação com 2011.
Confira o plano de frota da TAM para os próximos anos:
2011: 156 (127 narrow body e 27 wide body)
2012: 159 (127 narrow body e 32 wide body)
2013: 164 (132 narrow body e 32 wide body)
2014: 171 (137 narrow body e 34 wide body)
2015: 179 (143 narrow body e 36 wide body)
Mercado internacional
Não estão previstas alterações no plano para a frota de aeronaves wide
body (com dois corredores, usados para voos de longa duração). Porém,
visando a aumentar a eficiência das operações, a TAM trocará as
aeronaves Airbus A340 que operam a rota São Paulo (Cumbica)–Milão por
Airbus A330, no mês de outubro, em data a ser anunciada. Essas
aeronaves, com maior eficiência energética por voarem com dois motores
(os A340 têm quatro motores), propiciarão um ganho de mais de 20% nos
custos com combustíveis por assento disponível na rota São Paulo–Milão.
Atualmente, os gastos com combustíveis representam cerca de 35% do total
de custos da companhia.
Para que essa troca de equipamentos seja possível, a TAM promoverá um
ajuste na malha aérea internacional, envolvendo os voos a partir do Rio
de Janeiro (Galeão) para Frankfurt e Londres. As atuais sete partidas
semanais para Frankfurt serão reduzidas para quatro, e as seis
decolagens semanais para Londres retornarão para três.
Com o conjunto de ações, incluindo o novo voo para o México, com início
em outubro, a frequência adicional de São Paulo (Cumbica) para Orlando e
a substituição do A340 pelo A330, entre outras, a companhia estima
ganhos aproximados de US$ 50 milhões por ano, já descontando os valores
pagos pelos leasings das aeronaves que deixarão de ser operadas.
"A demanda por voos internacionais continuará aquecida em 2012, e nossa
oferta segue adequada à procura. Este ajuste da malha internacional tem
apenas o objetivo de otimizar operações, reduzindo custos e atendendo os
clientes da rota São Paulo–Milão com outras aeronaves, sem reduzir a
qualidade dos serviços", explica Líbano Barroso.
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