Unidade de manutenção da TAM completa 10 anos
Mais de 1,4 mil aviões
passaram pelas oficinas da companhia em uma década
10/02/2011 -
14h23
(Da assessoria da
TAM)
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A TAM Linhas Aéreas celebrou ontem, dia 9 de fevereiro, em São Carlos,
uma década de existência do seu centro de manutenção, conhecido como MRO
(Maintenance, Repair and Overhaul). Desde 2001, a unidade reparou mais
de 1,4 mil aeronaves de sua própria frota e de terceiros (companhias
nacionais e internacionais) e o número de clientes vem crescendo ano a
ano.
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Valdemar Júnior -
12/06/2010 |
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Hangares do Centro Tecnológico da TAM.
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Em
dezembro, o Centro Tecnológico da TAM realizou, pela primeira vez, a
manutenção simultânea em cinco aviões de terceiros. Só no ano passado,o
MRO aumentou em 7% o atendimento a aeronaves e realizou 131 checks, com
um total de 436.016 horas de trabalho, o que representa 16% a mais do
que em 2009. Também em 2010, foram realizados 97.763 reparos de
componentes em 20 diferentes oficinas.
“Esta é uma unidade de negócios fundamental, que cada vez mais amplia
sua rentabilidade. Hoje, damos parabéns a toda a nossa equipe em São
Carlos. A eficiência da frota da TAM e o crescente número de aeronaves
de outros clientes atestam a qualidade desse pólo, transformado em
centro de excelência do setor aéreo em tão pouco tempo”, afirma Líbano
Barroso. “Colhemos em São Carlos os frutos de mais um sonho do
Comandante Rolim e de seu irmão, João Amaro.”
Os fundadores da TAM tiveram a ideia de investir no local, uma fazenda
que abrigava a antiga fábrica da CBT (Companhia Brasileira de Tratores),
em São Carlos, porque vislumbraram a oportunidade de aprimorar as
instalações já existentes (como a pista de pouso e decolagem) para
concentrar as atividades de manutenção das aeronaves da frota da
companhia e ainda prestar serviços para terceiros.
“Segurança é prioridade para a TAM, e o MRO tem papel fundamental nesse
aspecto. Todas as certificações que conquistamos foram consequência de
muito trabalho e são capítulos de uma história de sucesso que ainda está
só no começo”, afirma Ruy Amparo, vice-presidente de operações e
manutenção da companhia aérea.
Atualmente, a unidade conta com 1.140 funcionários, entre diretos e
indiretos, além de cerca de outros 325 funcionários de empresas de
serviços auxiliares, como limpeza, conservação e segurança. Instalado em
área própria de 4,6 milhões de metros quadrados no município de São
Carlos, o MRO da TAM está certificado pelas mais importantes autoridades
aeronáuticas do mundo, como a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil),
a FAA (Federal Aviation Administration, dos Estados Unidos), a EASA
(European Aviation Safety Agency, da Europa), a TCCA (Transport Canada
Civil Aviation), a DGAC (Dirección General de Aeronáutica Civil, do
Chile) e também por autoridades de diversos outros países da América do
Sul.
Assim, o Centro Tecnológico está autorizado a realizar manutenção em
aeronaves Airbus (A318, A319, A320, A321 e A330), Boeing 767, Fokker 100
e ATR 42. Também está certificado por diversas autoridades aeronáuticas
para realizar serviços especiais, como inspeções não destrutivas,
galvanoplastia, reparos em materiais compostos, pintura e pesagem de
aeronaves, entre outros. Possui ainda a certificação DIRMAB para
realizar os checks do avião presidencial, modelo Airbus ACJ (Airbus
Corporate Jetliner). Além disso, está homologado para realizar a revisão
de mais de 5 mil componentes aeronáuticos.
Desde janeiro de 2007, a companhia possui a certificação IOSA (IATA
Operational Safety Audit), o mais completo e aceito atestado
internacional em segurança operacional. A auditoria IOSA engloba mais de
950 requisitos em diversas áreas operacionais de uma empresa aérea. No
início de 2010, a TAM Linhas Aéreas e a TAM Airlines, com sede em
Assunção, no Paraguai, obtiveram o registro de renovação IOSA até
janeiro de 2012.
Oficinas
Além dos hangares para manutenção, o Centro Tecnológico da TAM
abriga oficinas para revisão de componentes aeronáuticos, que abrangem
desde computadores de navegação até trens de pouso.
A TAM instalou em São Carlos, no final de 2002, o primeiro centro
computadorizado (ATEC série 6) da América Latina para testes e reparos
de componentes e sistemas eletrônicos de aeronaves Airbus e Boeing. Um
segundo ATEC série 6 foi incorporado em 2009 para acompanhar o
crescimento da frota da TAM e aumentar a capacidade de prestação de
serviços. Atualmente, a TAM é a única companhia aérea no Brasil a operar
três ATEC simultaneamente, sendo dois ATEC Series 6 de última geração e
um ATEC 5000. Os equipamentos possuem capacidade para testar cerca de
330 diferentes componentes, incluindo os sofisticados computadores
responsáveis pelo gerenciamento de alertas de voo, alertas de
aproximação de solo, controles de direção e freios, controles do sistema
de combustível, controles de pressurização interna e detecção de fumaça
a bordo.
A companhia também está capacitada tecnicamente para fazer revisão dos
trens de pouso da família Airbus A320. O investimento realizado pela TAM
incluiu instalação dos equipamentos para usinagem, galvanoplastia,
ferramental e treinamento da equipe técnica na fabricante francesa
Messier-Dowty. O complexo de trens de pouso faz parte do projeto de
nacionalização da revisão de componentes concentrado na unidade de São
Carlos.
A capacitação técnica e as certificações obtidas pelo Centro Tecnológico
da TAM possibilitam que muitos reparos em aeronaves da frota da TAM
deixem de ser feitos no exterior, contribuindo para a redução de custos.
Além disso, a prestação de serviços para terceiros otimiza a estrutura,
diluindo os custos fixos e trazendo receitas para a companhia.
A manutenção da TAM também está presente em todas as bases nas quais a
companhia opera, além das instalações em São Carlos, prestando serviços
de manutenção de linha tanto para a frota da TAM quanto para outros
clientes.
Gestão Ambiental
A TAM desenvolve um amplo trabalho de gestão ambiental em São
Carlos. Entre as ações realizadas na unidade de MRO, estão a coleta
seletiva e o encaminhamento de resíduos gerados. A unidade possui duas
Estações de Tratamento de Efluentes (ETE), para os resíduos industriais
e galvânicos. Os efluentes domésticos são monitorados e enviados para
tratamento na ETE construída em parceria com o município. A companhia
também faz o monitoramento ambiental de águas superficiais e
subterrâneas, além de ações de reflorestamento e conservação de espécies
nativas de plantas da região. O Centro Tecnológico da TAM está em fase
final de implantação do Sistema de Gestão Ambiental, de acordo com a
norma ISO 14001.
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