Lufthansa faz primeiro voo regular com
biocombustível
Testes começaram na semana passada
22/07/2011 -
22h28
(Da
assessoria da Lufthansa no Brasil)
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A Lufthansa passou a utilizar biocombustível em voos regulares pela
primeira vez há cinco dias. Durante os próximos seis meses, o Airbus
A321 da Lufthansa com prefixo D-AIDG estará voando diariamente na rota
Hamburgo-Frankfurt-Hamburgo com 50% de uma das turbinas abastecida com
querosene biossintético. O uso do biocombustível em motores a jato foi
autorizado pela American Society for Testing and Materials (ASTM).
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Divulgação - Airbus |
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Airbus A321 da Lufthansa.
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O
bioquerosene tem características semelhantes às do querosene normal e,
portanto, pode ser utilizado em todos os tipos de avião sem que se façam
necessários ajustes no avião ou nas turbinas. O primeiro voo da fase de
testes de seis meses decolou no dia 15 de julho, às 11h15, sob número de
voo LH013 de Hamburgo rumo a Frankfurt. Devido à utilização do
biocombustível, as emissões de CO2 serão reduzidas em cerca
de 1.500 toneladas neste período.
Christoph Franz, presidente da Deutsche Lufthansa AG, disse por ocasião
do início do teste de longa duração que "a Lufthansa é a primeira
empresa aérea do mundo a utilizar biocombustível em operações de voo
regulares diárias. Com isso, damos continuidade à nossa já comprovada e
exitosa estratégia de sustentabilidade", e acrescentou que, como o
tráfego aéreo será o único meio de transporte que dependerá de
combustíveis líquidos num futuro próximo, a indústria da aviação e o
meio científico têm de desenvolver e testar alternativas. Ainda de
acordo com Franz, combustíveis fósseis são findáveis. Por isso, além da
redução de CO2, o objetivo principal dos testes práticos de
longo prazo é o de analisar os efeitos dos biocombustíveis sobre a
manutenção e vida útil de turbinas.
O querosene biossintético utilizado pela Lufthansa é obtido com base em
biomassa pura (BtL, Biomass to Liquid) e é composto por jatropha,
camelina e gorduras animais. A Lufthansa também está atenta à
sustentabilidade dos procedimentos de produção e fornecimento do
biocombustível obtido. Os fornecedores são obrigados a comprovar a
sustentabilidade de tais procedimentos e a cumprir os critérios de
sustentabilidade ("Renewable Energy Directive") adotados pelo Parlamento
e Conselho Europeu. A Lufthansa garante, ainda, que a produção de
biocombustíveis não concorre com a produção de produtos alimentícios e
que a extração não provoca o desmatamento de florestas tropicais.
O produtor do biocombustível utilizado pela Lufthansa é oriundo da
Finlândia. A Neste Oil tem longa experiência na produção de
biocombustíveis e há muitos anos trabalha em conjunto com a Lufthansa.
A previsão dos custos totais de realização do projeto para a Lufthansa é
de cerca de 6,6 milhões de euros. O projeto conta com mais 2,5 milhões
de euros injetados pelo Ministério de Economia e Tecnologia alemão. Ele
é parte integrante do projeto global "FAIR" (Future Aircraft Research),
no qual, além da compatibilidade de biocombustíveis, também são
analisados outros assuntos como, por exemplo, novos conceitos de
propulsão e de aviões ou outros combustíveis como gás líquido (LNG).
A utilização de querosene biossintético é um elemento da estratégia de
quatro colunas que a Lufthansa adotou a fim de reduzir as emissões
globais no tráfego aéreo. O objetivo é alcançar as diretrizes ambientais
ambicionadas por meio de uma combinação de diversas medidas como
renovação contínua da frota, melhorias tecnológicas no avião ou na
turbina, medidas operacionais como lavagem de turbinas ou a utilização
de materiais mais leves e uma infraestrutura melhorada no âmbito dessa
estratégia. A Lufthansa aumentou sua eficiência de combustível em mais
de 30% desde 1991 com base em novas tecnologias. Atualmente, o consumo
médio por passageiro em 100 quilômetros é de 4,2 litros de querosene.
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