Lufthansa registra prejuízo de € 227
milhões no trimestre
Empresa prevê evolução positiva dos negócios no decorrer do ano
06/05/2011
- 22h15
(Da assessoria da
Lufthansa no Brasil)
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Nos primeiros três meses do ano em curso, a Lufthansa melhorou seu
resultado operacional em 103 milhões de euros. As catástrofes ocorridas
no Japão e os tumultos políticos no norte da África, porém, tiveram
influência negativa sobre o resultado econômico do primeiro trimestre,
tradicionalmente mais fraco. No total, o grupo registrou um prejuízo
operacional de 227 milhões de euros.
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Rodrigo Zanette -
23/06/2009 |
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Boeing 747-430,
prefixo D-ABVR, da Lufthansa, sendo levado para uma ponte de
embarque no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
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O
resultado do grupo, de menos 507 milhões de euros, contém um efeito de
avaliação do IAS 39 que se traduz em débitos de cerca de 300 milhões de
euros. Contrapõem-se ao resultado as alterações positivas dos valores
intrínsecos de derivados financeiros no valor de 435 milhões de euros,
mas que foram reconhecidos diretamente no capital próprio conforme IAS
39.
O grupo Passage Airline, área de negócios de maior faturamento do grupo
Lufthansa, obteve resultado operacional de menos 391 milhões de euros,
pouco inferior ao do ano anterior, apesar do crescimento do faturamento.
Ao lado das catástrofes ocorridas no Japão e dos tumultos políticos no
norte da África, isso também se deve ao aumento de preço do petróleo nos
últimos meses e às dificuldades causadas pelo inverno severo. A área de
negócios conseguiu aumentar as vendas em comparação ao ano anterior,
mas, dadas as condições, a oferta, aumentada principalmente devido à
modernização da frota, não foi inteiramente comercializada. Mesmo assim,
o grupo Passage Airline conseguiu reduzir nitidamente os custos
unitários.
A Lufthansa Passage, assim como a Germanwings, têm sido prejudicadas
pela introdução de uma taxa sobre o tráfego aéreo na Alemanha no início
do ano. O prejuízo operacional total no primeiro trimestre foi de 234
milhões de euros. A SWISS obteve lucro operacional de 17 milhões de
euros, a Austrian Airlines reduziu seu prejuízo operacional para 64
milhões de euros, a bmi obteve um resultado operacional de menos 63
milhões de euros e a Germanwings registrou uma perda operacional de 44
milhões de euros no final do primeiro trimestre.
A evolução na área de negócios Logística, por sua vez, manteve-se muito
positiva, registrando não só um faturamento nitidamente maior como um
resultado operacional ainda melhor, de 64 milhões de euros. A Lufthansa
Cargo comercializou praticamente toda a oferta sensivelmente maior em
comparação à do ano anterior, ao mesmo tempo em que obteve receitas
médias maiores no melhor trimestre da história da empresa. Mesmo com
crescente pressão sobre as margens, a Lufthansa Technik contabilizou um
aumento do faturamento e obteve lucro operacional de 69 milhões de
euros, muito próximo ao ótimo nível do ano anterior. A área de serviços
de TI adquiriu negócios adicionais e aumentou as receitas do faturamento
no primeiro trimestre. O resultado operacional, de três milhões de
euros, manteve-se constante apesar de gastos adicionais no âmbito do
programa de redução de custos implementado. A área de negócios Catering
beneficiou-se com o aumento do número de passageiros, registrando
faturamento maior e lucro operacional de dois milhões de euros no
primeiro trimestre de 2011.
De acordo com a Lufthansa, a evolução basicamente positiva dos negócios
no ano em curso não está ameaçada. Por isso, o grupo continua contando
com um aumento do faturamento e do resultado operacional em relação ao
ano anterior. A incerteza quanto à evolução da situação no Japão e no
norte da África e seus efeitos sobre o valor do preço do petróleo,
porém, não permite outra quantificação do resultado operacional anual.
O primeiro trimestre de 2011 em números
No primeiro trimestre de 2011, o faturamento do grupo Lufthansa foi de
6,4 bilhões de euros, 11,8% a mais do que nos primeiros três meses do
ano anterior. As receitas do tráfego aumentaram 14,2%, chegando a 5,2
bilhões de euros. Ao todo, os rendimentos empresariais do grupo
aumentaram para 7,2 bilhões de euros no período analisado, um aumento de
12,8%.
Os custos empresariais aumentaram 9,7% no primeiro trimestre, chegando a
7,4 bilhões de euros. Um fator importante para tal foram os custos
totais de combustível de 1,4 bilhão de euros, 297 milhões de euros
maiores, o que corresponde a um aumento de preço e quantidade de 27,8%.
Este valor já contém o resultado positivo da garantia de preços no valor
de 177 milhões de euros. As taxas ficaram 16,5% acima do valor do ano
anterior.
O grupo Lufthansa obteve um resultado operacional de menos 227 milhões
de euros, mais 103 milhões de euros em comparação ao ano anterior. O
resultado do grupo foi de menos 507 milhões de euros. No ano anterior,
ele foi de menos 298 milhões de euros. Ele contém, porém, um efeito de
avaliação que se traduz em débitos de quase 300 milhões de euros,
resultantes da alteração dos valores temporais dos hedges oriundos do
IAS 39. O resultado por ação é de menos 1,11 euro. Ajustado pelo efeito
técnico do balanço, teria melhorado para menos 0,59 euros (no ano
anterior, o valor ajustado foi de menos 0,61 euros).
A Lufthansa investiu 744 milhões de euros no período analisado. Destes,
606 milhões de euros foram destinados à ampliação e modernização da
frota. O fluxo de caixa operacional foi de 779 milhões de euros, o fluxo
de caixa livre (fluxo de caixa operacional menos investimentos líquidos)
de 358 milhões de euros. No final do primeiro trimestre de 2011, o grupo
reduziu ainda mais o endividamento de crédito líquido, para 1,4 bilhão
de euros.
A quota de capital próprio diminuiu de 28,4% para 26,9% em comparação ao
fechamento do ano de 2010.
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