TAM lucra R$ 128,8 milhões no primeiro trimestre
Resultado reverte prejuízo registrado
no mesmo período de 2010
16/05/2011
- 23h16
(Da assessoria da
TAM)
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A TAM obteve lucro líquido de R$ 128,8 milhões no primeiro trimestre
deste ano e reverteu as perdas no mesmo período de 2010, quando havia
registrado prejuízo de R$ 71 milhões. O lucro operacional (EBIT) cresceu
43,6%, para R$ 110,2 milhões, na comparação com o primeiro trimestre do
ano anterior.
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Valdemar Júnior -
23/06/2009 |
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Airbus A320-214,
prefixo PR-MYE, da TAM, decolando do aeroporto de Cumbica, em
Guarulhos.
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A receita operacional
bruta aumentou 17,1%, para R$ 3,2 bilhões no mesmo período, sendo que o
faturamento com passageiros em voos domésticos e internacionais cresceu
7,2%, para R$ 2,4 bilhões. O total de passageiros pagantes transportados
atingiu 9,3 milhões, com alta de 11,9%. A companhia operou uma média
diária de 881 voos no período.
"O bom desempenho apresentado pela TAM no primeiro trimestre reflete o
impacto positivo dos alicerces que construímos para o novo período de
crescimento da aviação brasileira. Temos hoje uma equipe de 29.110
pessoas, empenhada em oferecer serviços de alta qualidade", destaca o
presidente da holding TAM S/A, Marco Antonio Bologna, lembrando que esse
quadro é 3,3% maior que em dezembro de 2010.
"Podemos destacar ainda nossa adesão à Star Alliance, que completa um
ano neste mês de maio; a consolidação das atividades do Multiplus
Fidelidade como companhia aberta; o desenvolvimento do modelo de
franquias da TAM Viagens e a conquista de novos clientes pela TAM MRO,
nossa unidade de negócios de prestação de serviços de manutenção e
revisão de aeronaves", afirmou o executivo.
O presidente da TAM Linhas Aéreas, Líbano Barroso, explica que os bons
resultados operacionais e financeiros refletem o sucesso dos esforços
desenvolvidos pela companhia para a redução de custos operacionais,
combinados com ações voltadas para ampliar ainda mais a prestação de
serviços de alta qualidade aos passageiros. "Entre as novas ações com
foco na conveniência e no conforto de nossos clientes, podemos citar as
parcerias inéditas com a Pássaro Marron e a Princesa do Agreste,
empresas interestaduais de ônibus das regiões Sudeste e Nordeste,
respectivamente, para a venda combinada de passagens de ônibus e de
bilhetes aéreos. Outra iniciativa importante é a inauguração de 17 novas
lojas TAM Viagens em todo o Brasil neste ano, dentro do modelo de
franquias implementado pela nossa operadora de turismo, que irá ampliar
a rede das atuais 90 para 200 unidades franqueadas ainda em 2011",
afirmou Barroso.
Mercado doméstico
Nas operações domésticas, que incluem as atividades da Pantanal, as
receitas com passageiros cresceram 8,2% no primeiro trimestre, para 1,5
bilhão, na comparação com o mesmo período de 2010, e o número de
clientes pagantes aumentou 11,5%, para 7,9 milhões. A demanda (RPK)
cresceu 14,8% e, combinada com aumento da oferta (ASK) em 12,9%, elevou
a taxa de ocupação (load factor) em 1,2 ponto percentual, para 70,4%. Já
o preço médio pago por passageiro em cada quilômetro voado (yield) teve
uma redução de 5,7%, para 18,2 centavos de real.
O primeiro trimestre de 2011 foi marcado pela elevada concentração de
passageiros voando a lazer, acentuada pelo feriado de Carnaval, que,
neste ano, foi em março, retardando o retorno do viajante de negócios.
Isso resultou no aumento da taxa de ocupação e em uma consequente
diluição do yield, uma vez que os clientes que viajam a lazer compram
suas passagens com antecedência, pagando tarifas menores e utilizando
bilhetes-prêmio do Programa TAM Fidelidade.
"Os números comprovam o sucesso da estratégia que implementamos para
tornar as viagens de avião acessíveis para uma parcela cada vez maior da
população, mantendo um serviço de alto nível de qualidade", ressalta
Barroso. "No último dia 25 de abril, na volta do feriado de Tiradentes e
da Semana Santa, 136 mil pessoas viajaram em nossas aeronaves, e batemos
o recorde de passageiros transportados num único dia", afirma o
executivo. De acordo com as estatísticas da Infraero (estatal que
administra 67 aeroportos brasileiros), na mesma data, a TAM manteve uma
pontualidade de 83,8% e regularidade de 98,7% nos voos domésticos.
Outro destaque do trimestre foi a assinatura, em 29 de março último, de
uma carta de intenções, sem nenhum efeito vinculante, com a TRIP Linhas
Aéreas, com o objetivo de identificar oportunidades para o
fortalecimento e a expansão dos negócios por meio do desenvolvimento de
uma aliança estratégica complementar ao acordo de codeshare
(compartilhamento de código de voo) já existente entre as duas
companhias. Nos termos da carta de intenções, a TAM poderá adquirir, ao
final das negociações, uma participação minoritária no capital social da
TRIP, representativa de 31% do seu capital social total, sendo 25% do
seu capital social votante, e o restante em ações preferenciais. Com
esse acordo, a TAM procura capturar o crescimento do mercado e ter uma
exposição mais significativa nas rotas de e para cidades de média
densidade. Os voos atuais da TAM e da TRIP, em sua grande maioria, são
complementares. A melhoria da conectividade poderá gerar um fluxo de
passageiros ainda maior para as duas companhias.
Mercado internacional
Nas operações internacionais, as receitas com passageiros cresceram 5,6%
no primeiro trimestre, para R$ 861,6 milhões, sempre na comparação
anual, e o número de passageiros pagantes aumentou 14,2%, para 1,4
milhão. A TAM tem registrado demanda alta e consistente no mercado
internacional, estimulada pelo fortalecimento do real principalmente no
primeiro trimestre, cujo movimento é composto basicamente por
passageiros que viajam a lazer, resultando em altas taxas de ocupação.
A demanda (RPK) cresceu 16,3% e, combinada com aumento da oferta (ASK)
em 11,9%, elevou o load factor em 3 pontos percentuais, para 79,6%. Já o
yield teve uma redução de 9,2%, para 14,8 centavos de real. Em dólar, a
diminuição foi de 1,8%, para 8,9 centavos de dólar.
Receitas da TAM Cargo e do Multiplus Fidelidade
As receitas da unidade de cargas atingiram R$ 255,1 milhões, com leve
redução de 0,3%, na comparação com o primeiro trimestre de 2010, com as
operações domésticas registrando crescimento de 1,9%, para R$ 117,7
milhões, e as internacionais, redução de 2,1%, para R$ 137,4 milhões,
influenciadas pela valorização média do real de 7,5% em relação ao dólar
no período. A TAM Cargo apresentou duas novidades ao mercado: o serviço
Pré Pago, que permite ao cliente adquirir uma embalagem exclusiva e
solicitar o envio de encomenda pelo preço fixo de R$ 22,90; e a
embalagem Big Box Refrigerada, revestida com três camadas de proteção
(PVC, Poliuretano e Polipropileno Corrugado) para a manutenção da
temperatura.
O grupo de outras receitas operacionais apresentou crescimento de
126,1%, para R$ 542,8 milhões, na comparação anual, devido
principalmente ao aumento de 456,6% na receita da Muliplus S/A, que
atingiu R$ 227 milhões no primeiro trimestre.
Hedge de combustível
No primeiro trimestre a TAM obteve R$ 55,8 milhões de ganhos líquidos
com suas posições de hedge de combustível, devido ao aumento do preço
internacional do barril de petróleo, que passou de US$ 91,4 para US$
106,7 entre os finais do quarto trimestre de 2010 e do primeiro
trimestre de 2011. A política de hedge de combustível da TAM estabelece
uma cobertura mínima de 20% do consumo estimado de 12 meses. Para os
próximos 12 meses, a companhia tem cobertura para 25% do consumo a um
preço médio de exercício de US$ 87 por barril.
Câmbio
Outro impacto positivo foram os ganhos cambiais líquidos de R$ 151,2
milhões, decorrentes da desvalorização do câmbio, de R$ 1,67 no final de
2010 para R$ 1,63. Esses ganhos incidem, principalmente, sobre o
arrendamento mercantil financeiro de aeronaves.
As despesas com combustíveis atingiram R$ 1,1 bilhão no primeiro
trimestre, com aumento de 33%, devido principalmente à elevação de 12,5%
no preço médio, refletindo a alta de 19,7% no preço médio do barril de
petróleo no mercado internacional, na comparação anual. Contribuiu
também o crescimento de 12,3% no volume consumido, causado pelos
aumentos de 11,9% na quantidade de horas voadas e de 1,9 ponto
percentual nas taxas de ocupação das aeronaves, elevando o peso
transportado. O impacto da elevação das despesas com combustíveis foi
parcialmente compensado pela apreciação do real frente ao dólar em 7,5%
na média do período e também pelo aumento da etapa média dos voos em
2,1%.
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