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Receita da EADS subiu 7% em 2010
Entrada de pedidos, impulsionada pela Airbus, aumentou 81% e atingiu € 83,1 bilhões

12/03/2011 - 19h12
(Da assessoria da EADS no Brasil)
- A EADS divulgou no último dia 9 de março os resultados de 2010, ano do 10º Aniversário do Grupo, que demonstram expressivas realizações apoiadas numa recuperação do ambiente macroeconômico e comercial mais forte do que o esperado
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Divulgação - Airbus

 

AIRBUS

 

A380 da China Southern Airlines sendo montado em Toulouse, na França.
 

Os mercados institucionais, incluindo helicópteros, defesa e orçamentos públicos, ainda tem que ser monitorados, bem como os riscos potenciais ligados aos preços do petróleo e das matérias primas, o tráfego aéreo no Norte de África e as contínuas questões de cambio. Em 2010, os pedidos recebidos aumentaram para € 83,1 bilhões, impulsionados pelo dinamismo da aviação comercial. A carteira de pedidos da EADS de mais de € 448 bilhões fornece uma base sólida para entregas futuras. A receita atingiu um novo recorde de € 45.8 bilhões. Da mesma forma, a rentabilidade e o desempenho de caixa foram melhores do que o esperado. O EBIT (A EADS usa o EBIT antes de desvalorização de fundo de comércio e itens excepcionais como um indicador chave de seu desempenho econômico) ajustado de € 1.3 bilhão beneficiou-se do desempenho subjacente melhor do que o esperado em programas tradicionais da Airbus e outras atividades de negócios. O EBIT registrado totalizou € 1,2 bilhão. A posição de caixa líquido de € 11,9 bilhões é superior ao previsto graças a uma melhor gestão de caixa e ao aumento dos pedidos recebidos e representa um trunfo importante para promover o crescimento futuro.

"2010 foi um ano de avanços significativos para a EADS. As encomendas de aeronaves comerciais superaram as expectativas e nossa geração de fluxo de caixa foi excelente. Fizemos grandes progressos na gestão e controle de programas importantes: os riscos do programa A400M diminuíram substancialmente e há uma melhora constante na produção do A380”, disse Louis Gallois, CEO da EADS. "Ao mesmo tempo, estamos dando a máxima atenção ao programa A350, à evolução dos orçamentos de defesa e de espaço e à recuperação do mercado de helicópteros. Após termos iniciados a nossa segunda década de operações, uma prioridade fundamental para nós agora é melhorar ainda mais a rentabilidade nos próximos anos, para estabelecermos uma base sólida para um crescimento sustentável.”

Em 2010, a receita da EADS aumentou 7% e foi de € 45,8 bilhões (em 2009: € 42,8 bilhões), graças ao crescimento do volume e a efeitos obtidos em todas as unidades de negócios, ainda que reduzidos por  um impacto cambial negativo de cerca de € 500 milhões. As entregas  permaneceram em um nível elevado, com 510 aeronaves da Airbus Commercial, 527 helicópteros da Eurocopter e 41 lançamentos bem sucedidos consecutivos do Ariane 5. O programa do A400M retomou a metodologia de percentual de conclusão com base no estabelecimento de metas internas. Isso resultou em uma receita de cerca de € 1 bilhão contabilizada com o programa, com margem zero devido à utilização da provisão correspondente. Os países clientes da EADS concluíram as negociações globais sobre o A400M. Em seguida à aprovação na França e na Alemanha, as negociações sobre o regime de crédito de exportação (ELF) serão finalizadas com alguns países clientes e direcionadas para conclusão em 2011. Entretanto, o programa está dando resultados, e quatro aeronaves em desenvolvimento já voaram. A meta de maturação do projeto A400M, atingida em fevereiro de 2011, abre caminho para o início da produção em série. A certificação civil está prevista para 2011.

O EBIT ajustado (um indicador que registra a margem do negócio, excluindo despesas ou lucros não recorrentes causados por movimentos de provisão ou impactos cambiais) situou-se em € 1,3 bilhão (no ano fiscal de 2009: € 2,2 bilhões) para a EADS e em cerca de € 280 milhões para a Airbus. O resultado foi beneficiado pelo bom desempenho das atividades centrais  de todas as divisões, especialmente dos programas tradicionais da Airbus. Comparado a 2009, o EBIT ajustado foi afetado pela deterioração das taxas de cobertura (em 2009: € 1 = US$ 1,26, contra em 2010: € 1 = US$ 1,35). Como esperado, o A380 continua a influir significativamente no EBIT.

O EBIT declarado da EADS situou-se em € 1,231 bilhão (em 2009: € -322 milhões). Em 2010, a EADS aperfeiçoou sua estratégia de coberturas naturais, o que repercutiu no EBIT e em outros resultados financeiros, mas sem causar impacto no EBIT ajustado nem no lucro líquido.

O lucro Llquido totalizou € 553 milhões (em 2009: € -763 milhões), equivalente a ganhos por ação de € 0,68 (lucro por ação em 2009: -0,94 €). O resultado financeiro atingiu € -371 milhões (em 2009: € -592 milhões). O resultado de juros de - € 99 milhões (em 2009: € -147 milhões) reflete principalmente menores despesas com juros. Enquanto isso, outros resultados financeiros melhoraram consideravelmente, cerca de € 170 milhões anualizados para - € 272 milhões (em 2009: - € 445 milhões), impulsionados principalmente pela menor flexibilidade com descontos em 2010 do que em  2009. A flexibilidade com descontos diminuiu principalmente devido ao valor mais baixo das provisões disponíveis.

Baseado em um lucro por ação (EPS, na sigla em inglês) de € 0,68, a Câmara de Administração da EADS proporá à Assembleia Geral Ordinária dos acionistas o pagamento em 6 de junho de 2011 de um dividendo de € 0,22 por ação (excepcionalmente, devido a perdas significativas ocorridas em 2009, os dividendos não foram pagos nesse ano). A data de registro deve ser 3 de junho de 2011.

"Temos o prazer de voltar a pagar dividendos aos nossos leais acionistas. O desempenho do Grupo em 2010 merece o dividendo proposto. É a nossa clara ambição de melhorar gradualmente a rentabilidade no médio prazo. A melhoria da rentabilidade é o indicador-chave para uma melhor distribuição de dividendos no futuro", disse Hans Peter Ring, CFO da EADS.

As despesas com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)
auto-financiada atingiram € 2,939 milhões (em 2009: € 2,825 milhões), impulsionadas principalmente pelo aumento nas áreas de Veículos não Tripulados (VANTs) e sistemas da Cassidian e em toda a gama de produtos da Eurocopter. Na Airbus, o aumento em P&D do A350 XWB foi compensado por reduções em outros programas, especialmente o A380 e o A330- 200F.

O Fluxo de Caixa Livre antes do financiamento a clientes de € 2,644 bilhões (em 2009: € 991 milhões) foi significativamente superior às expectativas, graças à uma melhor gestão operacional e de estoques e a pagamentos antes da entrega da Airbus Commercial acima do esperado. A melhoria em relação ao ano passado foi impulsionada pelo capital de giro. Na Airbus Commercial, a redução de estoques obedece ao ritmo das entregas. O ingresso de antecipações ligadas às atividades da Airbus Commercial em 2010 foi maior do que o esperado e ficou acima dos ingressos de 2009, particularmente no quarto trimestre, refletindo o aumento nas entregas futuras e encomendas de aeronaves comerciais. Esse efeito positivo foi mais que compensado pelo menor avanço dos pagamentos à Astrium e à Cassidian em relação ao nível de 2009, que foi impulsionado pela entrada de pedidos excepcionais. Devido a uma combinação de interesse dos locadores e recuperação do mercado bancário, o financiamento a clientes gerou uma contribuição positiva de cerca de € 60 milhões em comparação com a saída de € 400 milhões em  2009. As atividades de investimento consumiram cerca de € 2,3 bilhões, principalmente pela ampliação dos investimentos no programa A350 XWB.

O Fluxo de Caixa Livre após o financiamento a clientes cresceu para € 2,707 bilhões (em 2009: € 585 milhões).

A posição do Caixa Líquido da EADS líquido cresceu para € 11,9 bilhões (final do ano de 2009: € 9,8 bilhões) após uma contribuição de € 553 milhões para os ativos dos fundos de pensão. Ela continua a ser uma base sólida para as necessidades operacionais do Grupo, bem como para o crescimento futuro.

O valor das encomendas recebidas do Grupo foi € 83,1 bilhões, significativamente maior do que há um ano (em 2009: € 45,8 bilhões), impulsionado pelo maior nível de encomendas de aviões comerciais da Airbus. As encomendas líquidas atingiram 574 aeronaves, incluindo 32 A380 e 78 A350 XWB. Até o final de dezembro de 2010, a carteira de pedidos da EADS registrou € 448,5 bilhões (final do ano de 2009: € 389.1 bilhões), refletindo a melhora do mercado de aeronaves comerciais. A carteira de pedidos de aeronaves comerciais da Airbus também se beneficiou de um impacto de reavaliação positiva de cerca de € 25 bilhões, devido a um reforço do valor do dólar norte-americano face ao euro no final de dezembro 2010 em relação ao final de dezembro de 2009. Os pedidos na área de Defesa ficaram em € 58,3 bilhões (final do ano de 2009: € 57,3 bilhões).

No final de dezembro de 2010, a EADS tinha 121.691 funcionários (final do ano de 2009: 119.506).
 

 
 
 
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