Dilma afirma que vai privatizar os aeroportos
Presidente diz que a iniciativa
privada poderá construir novos terminais
17/03/2011 - 12h42
(Valdemar Júnior)
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Em entrevista publicada hoje, dia 17 de março, no jornal "Valor
Econômico", a presidente Dilma Rousseff diz que privatizará aeroportos e
fará concessões para construção de novos terminais para não travar a
expansão do setor.
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Rodrigo Zanette -
23/06/2009 |
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Aeronaves estacionadas no aeroporto de
Cumbica, em Guarulhos.
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A
presidente afirmou que aceitará os investimentos privados que sejam
adequados aos planos de expansão necessários, e que é possível que haja
necessidade de investimento público em alguns aeroportos, além de dizer
que o Brasil precisará de grandes aeroportos regionais.
Atualmente, os principais terminais brasileiros operam acima de sua
capacidade, principalmente na região sudeste. Cumbica, em Guarulhos, é o
mais prejudicado e deve ter o terceiro terminal construído pela
iniciativa privada até a Copa do Mundo de 2014.
No Brasil, estima-se que 100 milhões de pessoas têm condição financeira
de utilizar o transporte aéreo, mas, não estão acostumados a viajar de
avião. Nos últimos anos, principalmente com o surgimento de companhias
de baixa tarifa, como GOL, Azul e Webjet, o País está assistindo ao
aumento no tráfego de passageiros, mas o setor sofre com a falta de
infra-estrutura aeroportuária para dar passos mais largos.
Muito se fala sobre a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, porém, segundo
estudos, esses eventos trarão bem menos passageiros do que o aumento da
demanda interna prevista nessa década. Os maiores investimentos terão de
ser feitos para atender aos próprios brasileiros, que já sofrem para
voar. A única saída é a concessão de aeroportos, que aumenta a
eficiência dos serviços, pois, deverá haver concorrência e as empresas
aéreas escolherão os melhores terminais para operar (com boa
infra-estrutura e boas tarifas). Espera-se que o Governo não perca muito
mais mais para tomar as devidas providências, pois o contribuinte está
chateado de pagar tanto imposto e não ver pouco investimento em
infra-estrutura. "Time is money!"
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