Empresários preferem importar aeronaves usadas
Valor chega a ser 50% menor
em relação a um avião nacional
22/03/2011
- 22h12
(Da assessoria da
Aerie Aviação Executiva)
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Muitos empresários brasileiros estão optando pela importação de uma
aeronave executiva usada ao invés de comprar aqui mesmo no Brasil.
Levando em conta o câmbio favorável e as opções de financiamento
disponíveis no exterior, a redução pode ser de até 50% em relação ao
valor de uma aeronave ofertada no mercado doméstico brasileiro.
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Valdemar Júnior -
13/08/2010 |
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King
Air C90A, PT-ODH, umas das aeronaves mais importadas no Brasil,
exposto na LABACE, em Congonhas.
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O
cuidado, no entanto, deve estar no processo de nacionalização da
aeronave. Se não for feito por pessoas experientes, pode resultar em uma
enorme dor de cabeça e prejuízos financeiros.
“Tem sido cada vez mais frequente o comprador contratar uma assessoria
barata, um piloto, um mecânico ou mesmo ir direto, sem nenhum suporte
para comprar uma aeronave no exterior e os resultados na maioria das
vezes não têm sido bons”, disse Cássio Polli especialista em compra e
venda de aeronaves executivas. Segundo ele, para uma importação ser
finalizada com sucesso, precisa começar certo, ter planejamento e o
futuro proprietário saber como funciona o processo do inicio ao fim.
A diferença de preços entre o mercado nacional e o estrangeiro acontece
porque os donos das aeronaves disponíveis no mercado nacional cientes da
“conveniência” de uma opção já nacionalizada, com impostos pagos, pronta
entrega, em geral elevam os preços muito acima da média de mercado
mundial. “Isso faz com que potenciais compradores optem pela
importação”, disse Polli. Segundo ele, esta tem sido a tendência há um
ano e meio pelo menos.
A nacionalização envolve questões como modalidade de lucro, forma de
pagamento (se pretende utilizar banco, financiamento ou recursos
próprios), e ainda se a intenção é operar como táxi aéreo ou realizar
apenas voos privados. “Estado de domicílio, registro e base entre outros
devem ser analisados previamente”, alerta Polli.
Para o especialista, a falta de informação e conhecimento do comprador
(ou sua assessoria) é uma das maiores dificuldades do processo, pois
tenta-se economizar algumas despesas que deveriam ser encaradas como
custo ou mesmo investimento, pois protegem o comprador. “Um exemplo
disso são as estruturas de “Trust Company”, empresas que detém a
matrícula de origem, temporariamente, até que seja feito a baixa dessa
matrícula, para que ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) conceda a
matrícula brasileira, após a vistoria inicial.” Segundo Polli, é comum
ouvir relatos de compradores que tiveram suas matrículas
“desregistradas” no país de origem e voaram para o Brasil, num traslado
totalmente sem pátria e consequentemente sem seguro (se é que este foi
contratado); em caso de um sinistro, pouso de emergência, acidente,
etc., não haverá cobertura. É fato que o processo de importação e
nacionalização tem uma certa dose de burocracia, “mas é perfeitamente
administrável, quando se segue um roteiro experimentado”, diz Poli.
Por isso, a necessidade de contratar assessoria especializada, que
ofereça suporte de compra dividido em quatro competencias distintas:
Acompanhamento técnico e documental no País de origem e acompanhamento
técnico e documental no Brasil, lembrando que essas quatro assessorias
são complementares e interdependentes.
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