Brasil tem a primeira líder na aviação de
transporte militar
Conquista veio depois de uma avaliação no Exercício Operacional Mandrake
10/11/2011
- 20h20
(Da
assessoria da FAB)
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A tenente aviadora Camila Bolzan, do 5º ETA (Esquadrão de Transporte
Aéreo), sediado em Canoas (RS), é a primeira mulher a assumir a função
de líder de seção na aviação de transporte militar no Brasil. A
conquista veio depois da avaliação no Exercício Operacional Mandrake,
realizado entre os dias 30 de outubro e 3 de novembro, na Base Aérea dos
Afonsos, no Rio de Janeiro.
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Divulgação - FAB |
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Tenente aviadora Camila Bolzan,
primeira mulher a assumir a função de líder de seção na aviação de
transporte militar no Brasil.
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A tenente Camila, comandando a aeronave
C-95 Bandeirante, liderou uma formação com mais cinco aeronaves em um
treinamento de uma missão real de lançamento de militares da Brigada de
Infantaria Paraquedista.
"O exercício angaria bastante experiência operacional, já que não temos
oportunidade de realizar esse tipo de treinamento na rotina do
esquadrão. Foi bastante emocionante, já que o líder de seção tem a
responsabilidade de conduzir o voo de, no mínimo, quatro aeronaves",
afirmou a tenente Camila.
A oficial da Força Aérea Brasileira sempre quis ser militar. Do
cotidiano do Colégio Militar ela seguiu direto para as salas de aula da
Academia da Força Aérea (AFA). De acordo com a tenente Camila, o
interesse pela carreira de piloto veio no final do Ensino Médio, com a
abertura da primeira turma de aviadoras da Academia. Aos 26 anos, a
gaúcha tenente Camila, além de estar habilitada a liderar uma missão de
assalto aeroterrestre em uma situação de conflito, também é instrutora
da aeronave.
"Eu escolhi o transporte pelas funções amplas da aviação, como resgate,
transporte de cargas e pessoal e missões operacionais. Fui para Canoas
pela tradição do 5º ETA e pela proximidade com Porto Alegre, onde nasci.
Desde o começo eu fui bem recebida, pois as pessoas são muito unidas e
companheiras", explicou Camila.
Para a tenente, os quatro anos na AFA foram considerados de superação de
desafios diários. "A formação acadêmica é muito rígida e tudo o que
viria pela frente era inesperado, já que ingressei na primeira turma. O
fato de sair muito jovem de casa, morar longe, em regime de internato
dificulta o dia a dia. Mas com muita perseverança e o apoio dos pais e
colegas, conseguimos superar os desafios", contou ela.
O Exercício Operacional Mandrake reuniu os tripulantes dos Esquadrões de
Transporte Aéreo (ETA) da Força Aérea Brasileira e os militares da
Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército Brasileiro, na Base Aérea
dos Afonsos, no Rio de Janeiro. Os objetivos principais do exercício
foram treinar os tripulantes para missões de lançamento e familiarizar
os paraquedistas com os tipos diferentes de aeronaves. O C-95
Bandeirante foi o avião utilizado no treinamento.
Os militares realizaram o treinamento básico, quando as aeronaves
decolavam isoladamente. Os últimos dias foram reservados para a
infiltração, quando duas aeronaves lançaram os paraquedistas a baixa
altura, e para o assalto aeroterrestre, que envolve quatro ou mais
aeronaves em formação. As instruções de líder de seção ocorreram durante
o assalto aeroterrestre.
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