GOL anuncia prejuízo de R$ 516 milhões
no terceiro trimestre
Companhia reforça a estratégia conservadora de adição de oferta em 2012
11/11/2011
- 13h12
(Da
assessoria da GOL)
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O prejuízo líquido da GOL no terceiro trimestre de 2011 totalizou R$
516,5 milhões, com margem líquida negativa de 28%, em comparação ao
lucro líquido de R$110,0 milhões no terceiro trimestre de 2010 (margem
líquida de 6,1%) e o prejuízo líquido de R$ 358,7 milhões no segundo
trimestre de 2011 (margem líquida de 22,9%).
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Rodrigo Zanette -
01/07/2011 |
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Boeing 737-8EH,
PR-GTK, da GOL,
taxiando no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP).
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Segundo a companhia,
o resultado foi impactado pela a valorização do dólar americano, que
passou de R$ 1,56 ao final do segundo trimestre de 2011 para R$ 1,85
registrado no terceiro trimestre de 2011. A desvalorização da moeda
brasileira gerou uma despesa líquida de R$ 476,4 milhões por conta de
sua maior representatividade dos passivos financeiros da GOL em moeda
americana (72,4% no terceiro trimestre de 2011) sem efeito no caixa da
empresa.
A GOL registrou receita líquida de R$ 1.843,7, milhões no terceiro
trimestre de 2011, um aumento de 3,1% diante dos R$ 1.788,9 milhões
registrados no terceiro trimestre de 2010 e 17,7% em comparação aos R$
1.566,3 no segundo trimestre de 2011. Na comparação anual, o resultado
reflete um crescimento de 10,4% da demanda na malha área da companhia.
A taxa de ocupação da GOL apresentou um crescimento de 3,1 pontos
percentuais no trimestre, acompanhada por uma queda de 7,6% do yield
(valor médio pago pelo passageiro por quilometro voado) no período. A
receita de passageiros registrada refletiu um cenário de baixas tarifas
no primeiro semestre (vendas antecipadas). Já as receitas auxiliares da
GOL apresentaram crescimento de 12,5%, quando comparadas com o mesmo
período de 2010 e representaram 11,5% da receita líquida total.
A GOL encerrou o trimestre com um total em caixa de R$ 2.126,7 milhões
ou 29,6% de sua receita líquida dos últimos 12 meses, resultado em linha
com sua estratégia de manter uma forte posição de liquidez. O valor
representa um aumento de 20,3% e 2,9% em comparação ao terceiro
trimestre de 2010 e segundo trimestre de 2011, respectivamente. O caixa
total representou 4,8 vezes as obrigações financeiras dos próximos 12
meses (5,2 vezes no terceiro trimestre de 2010 e 6 vezes no segundo
trimestre de 2011).
O prejuízo operacional (EBIT) do terceiro trimestre de 2011 totalizou R$
75,1 milhões, com margem negativa de 4,1%, frente ao lucro operacional
de R$ 187,2 milhões (margem de 10,5%) no terceiro trimestre de 2010 e
prejuízo operacional de R$ 270,8 milhões (margem negativa de 17,3%)
registrado no segundo trimestre de 2011.
De acordo com o presidente da GOL, Constantino de Oliveira Júnior, na
comparação anual, o resultado reflete um cenário de aumento nos custos
operacionais no terceiro trimestre de 2011, principalmente, em função do
aumento no custo do combustível, e do crescimento no volume operacional
entre os períodos . "Esse desempenho foi parcialmente compensado pelo
aumento em 3,1% na receita líquida total no trimestre", afirmou o
executivo.
Segundo Constantino Júnior, a empresa mantém seu plano de redução de
custos, anunciado no trimestre anterior, visando retomar, em 2012,
patamares de margem operacional em linha com seu modelo de negócios. O
plano permanece sendo uma das prioridades da companhia no segundo
semestre de 2011. "Neste ano, estamos reforçando nossos processos
internos, a fim de fortalecer nosso DNA de baixo custo e garantir uma
vantagem competitiva sustentável no longo prazo. A indústria sinaliza
uma maior racionalidade daqui para frente, movimento totalmente em linha
com nossa estratégia", disse o executivo.
Ainda segundo Constantino Júnior, "a companhia continuará adotando uma
estratégia conservadora de crescimento da oferta e para 2012 projeta um
crescimento de oferta ("ASKs") entre 0% e 4% no mercado doméstico. A
visão da companhia permanece positiva para o futuro. O fortalecimento do
balanço executado ao longo dos últimos anos provou ser fundamental em
tempos de um cenário macroeconômico adverso. A opção da GOL por um
crescimento racional e sustentável, e uma estratégia de continua
otimização da frota e crescimento equilibrado da oferta, encontra
respaldo na indústria como um todo. O foco interno em custos reiterará a
certeza que, através de tarifas atrativas, a companhia continuará a
estimular a demanda de um dos maiores mercados potenciais do mundo",
completou o executivo.
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