Três pessoas morrem na queda de um Baron
no Paraná
Acidente aconteceu por volta
das 9h desta terça-feira
13/09/2011
- 11h02 - Atualizado às 13h11
(Valdemar Júnior)
- Um bimotor Baron G58, prefixo PP-KST, da empresa Sanches Tripolini,
caiu por volta das 9h desta terça-feira, dia 13 de setembro, após
decolar de Maringá, no norte do Paraná. Segundo os bombeiros, os três
ocupantes, sendo um piloto e dois passageiros, morreram.
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Valdemar Júnior -
13/08/2010 |
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Beechcraft G58 Baron, prefixo N558HB,
exposto no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, durante
a LABACE.
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O acidente aconteceu em uma área rural
entre os municípios de Ângulo, que fica a 32 quilômetros de Maringá, e
Flórida, a 44 quilômetros do município de onde a aeronave decolou.
Segundo sites de notícias paranaenses, o Baron decolou às 8h24,
fez o último contato às 8h50, desta vez com a torre de controle de
Londrina (PR), e foi encontrado às 9h em uma fazenda.
Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, os três ocupantes morreram presos às
ferragens. Estavam no avião o piloto Juliano Vargas Vital, de 28 anos, e
os passageiros Nelson Busato dos Santos Junior e Paulo Ferracini, de 42
anos, genro de Antonio Sanches, um dos sócios da construtora. Segundo o
RAB (Registro de Aeronaves Brasileiras), da ANAC, o bimotor foi comprado
no dia 1º de setembro desse ano. A construtora informou por meio de uma
nota que o avião tinha apenas 200 horas de voo.
A empresa Sanches Tripolini está sediada em Maringá, e é uma das
empreiteiras que mais recebeu recursos do Governo Federal. Em 2010, o
ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, viajou em outro avião da
empresa, um King Air B200, prefixo PR-AJT, quando ainda comandava o
Ministério do Planejamento no governo Lula, o que é ilegal e causou uma
grande polêmica. A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, esposa de
Bernardo, também teria viajado no mesmo avião, durante a sua
pré-campanha para o Senado, mas nada ficou comprovado. Segundo a revista
Época, a Sanches Tripolini doou R$ 500 mil para a campanha de Gleisi no
ano passado. Ainda segundo a Época, apenas em 2010, a empreiteira
recebeu R$ 267 milhões do Governo Federal. Em 2006 a empresa quase faliu
após reduzir drasticamente o seu capital.
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