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Conviasa é proibida de voar na Europa
Estatal venezuelana entra para a lista de companhias aéreas proibidas de operar na União Europeia por razões de segurança

03/04/2012 - 15h17
(Da
Comissão Europeia de Transportes) -
A Comissão Europeia adotou hoje, dia 3 de abril, a 19ª atualização da lista de transportadoras aéreas proibidas de operar ou sujeitas a restrições operacionais na União Europeia por razões de segurança. A Conviasa, uma transportadora aérea estatal certificada na Venezuela, foi acrescentada à lista devido a graves problemas de segurança. Na sequência de consultas construtivas, as autoridades líbias decidiram tomar medidas severas, que abrangem todas as transportadoras aéreas licenciadas naquele país, e que as impedirão de voar para a União Europeia pelo menos até novembro de 2012.

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Divulgação - Conviasa

 

CONVIASA

 

Airbus A340-211, prefixo YV1004, chamado "Simón Bolivar El Libertador", da Conviasa.
 
  

Siim Kallas, vice-presidente da Comissão Europeia responsável pela pasta dos transportes, afirmou que "a comissão não poupará esforços para ajudar os seus vizinhos a reforçar a capacidade técnica e administrativa necessária para superar eventuais dificuldades na área da segurança da forma mais rápida e eficaz possível. Entretanto, a segurança é uma prioridade absoluta. Não podemos fazer concessões neste domínio. Se tivermos provas, dentro ou fora da União Europeia, de que as transportadoras aéreas não efetuam operações seguras, seremos obrigados a intervir para garantir a eliminação de todos os riscos para a segurança."

A Comissão Europeia adotou hoje a 19.ª atualização da lista de transportadoras aéreas proibidas de operar ou sujeitas a outras restrições operacionais na União Europeia por razões de segurança, mais conhecida por "lista UE da segurança aérea". A decisão baseia-se no parecer unânime do Comitê da Segurança Aérea, que inclui representantes dos 27 Estados-Membros da União Europeia, da Croácia, da Noruega, da Islândia, da Suíça e da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (AESA). A nova lista, que substitui a publicada em novembro de 2011, já pode ser consultada no site da comissão.

Para reduzir os riscos, foi necessário proibir as operações da Conviasa, certificada na Venezuela, devido à grande apreensão que os acidentes registrados e os resultados das inspeções realizadas na placa de estacionamento nos aeroportos da União Europeia suscitaram no domínio da segurança. O desempenho no domínio da segurança de duas outras transportadoras aéreas venezuelanas (Estellar Latinoamerica e Aerotuy) foi também analisado em profundidade. No entanto, considerou-se que não era necessário tomar medidas nesta fase. Estas duas transportadoras aéreas continuam, porém, a ser objeto de controles mais apertados.

A supervisão da segurança das transportadoras aéreas licenciadas na Líbia também suscitou grande preocupação. Neste contexto, foram realizadas consultas exaustivas das autoridades da aviação civil e do ministro dos transportes da Líbia. Nessa sequência, as autoridades de aviação civil líbias adotaram restrições que abrangem todas as transportadoras aéreas licenciadas na Líbia, o que as impede de efetuar voos para a União Europeia, com efeitos imediatos, e pelo menos até 22 de novembro de 2012. Nestas circunstâncias, a comissão, com o apoio unânime do Comitê de Segurança Aérea, considerou que não era necessário incluir as transportadoras aéreas da Líbia na lista União Europeia de segurança aérea. A execução das medidas decididas pelas autoridades líbias continuará, contudo, a ser objeto de acompanhamento rigoroso.

A lista da União Europeia de segurança aérea foi também atualizada para acrescentar transportadoras aéreas de estados já incluídos na lista no âmbito de anteriores decisões, nomeadamente a Jet Congo Airways, da República Democrática do Congo, e a Punto Azul, da Guiné Equatorial, tendo as transportadoras GETRA, Guinea Airways, UTAGE, Euroguineana de Aviacion y Transportes, General Work Aviacion, Star Equatorial Airlines e EGAMS sido suprimidas da lista por ter ficado provado que tinham cessado as atividade. No caso da Indonésia, foram acrescentadas a TransNusa Aviation Mandiri, a Enggang Air Service, a Surya Air, a Ersa Eastern Aviation e a Matthew Air Nusantara, recentemente certificadas naquele país, e retirada a Megantara, após ter ficado provado que tinha cessado a sua atividade. Quanto à Mauritânia, foi acrescentada a Mauritania Airlines e retirada a Mauritania Airways, após ter ficado provado que a empresa cessara a sua atividade. No caso das Filipinas, foram acrescentadas a Aero Equipment Aviation Inc, a AirAsia Philippines, a Certeza Infosys Corp., a Mid‑Sea Express, a Southern Air Flight Services, a NorthSky Air Inc. e a Island Helicopter Services.

Por último, a comissão reconhece os esforços desenvolvidos pelas autoridades de supervisão da segurança da Albânia, de Aruba, da Indonésia, da Líbia, do Paquistão e da Rússia para reformar o sistema da aviação civil e, nomeadamente, aumentar a segurança, a fim de garantir que as normas de segurança internacionais são eficaz e coerentemente aplicadas. A comissão está disposta a apoiar ativamente estas reformas em cooperação com a ICAO, os estados‑membros da União Europeia e a Agência Europeia para a Segurança da Aviação.

A comissão continua plenamente empenhada em, sempre que possível, contribuir para um melhor cumprimento das normas de segurança internacionais tendo, neste contexto, conferido um mandato à Agência Europeia para a Segurança da Aviação no sentido de realizar um conjunto de missões de assistência técnica destinadas a ajudar as autoridades competentes de vários países nos seus esforços de aumento da segurança.

A atualização da lista União Europeia de segurança aérea inclui todas as transportadoras conhecidas cujas operações são totalmente proibidas na União Europeia, num total de 279 companhias aéreas, certificadas em 21 países: Afeganistão, Angola, Benim, Cazaquistão (com exceção de uma transportadora que opera com restrições e sob determinadas condições), Filipinas, Gabão (com exceção de três transportadoras que operam com restrições e sob determinadas condições), Guiné Equatorial, Indonésia (com exceção de seis transportadoras), Jibuti, Libéria, Mauritânia, Moçambique, Quirguistão, São Tomé e Príncipe, Serra Leoa, República do Congo, República Democrática do Congo, Suazilândia, Sudão e Zâmbia.

A lista compreende ainda cinco outras transportadoras a título individual: Blue Wing Airlines (Suriname), Meridian Airways (Gana), Rollins Air (Honduras) Silverback Cargo Freighters (Ruanda) e Conviasa (Venezuela).

A lista abrange também 11 transportadoras aéreas sujeitas a restrições de operação e que apenas estão autorizadas a operar com destino à União Europeia sob condições estritas: Air Astana (Cazaquistão), Air Koryo (República Popular Democrática da Coreia), Airlift International (Gana), Air Service Comores, Afrijet, Gabon Airlines e SN2AG (Gabão), Iran Air, TAAG (Linhas Aéreas de Angola), Air Madagascar e Jordan Aviation.
      

 
 
 
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