Lufthansa registra tendência positiva
no segundo trimestre
Empresa praticamente zerou os prejuízos
dos três primeiros meses do ano
03/08/2012 - 22h52
(Da assessoria do
Lufthansa no Brasil)
-
No segundo trimestre deste ano, a Deutsche Lufthansa AG registrou uma
tendência positiva na evolução do resultado. No período de abril a
junho, o grupo obteve lucro operacional no valor de 361 milhões de euros
e praticamente zerou o prejuízo do primeiro trimestre.
Contribuíram positivamente para tanto a gestão contínua de espaço e
receitas do transporte de passageiros e carga, sucessos sensíveis na
reestruturação da Austrian Airlines e boas contribuições das empresas de
serviços para o resultado (todas elas aumentaram o lucro operacional nos
seis primeiros meses do ano em comparação ao mesmo período do ano
anterior).
O lucro do grupo, porém, foi reduzido pelos altos preços do combustível,
a contínua pressão sobre os preços, o imposto sobre o tráfego aéreo pago
na Alemanha e na Áustria e pelas taxas recolhidas pelos certificados de
comércio de emissões. No final do primeiro semestre de 2012, a empresa
registrou um resultado operacional negativo de 20 milhões de euros, 134
milhões de euros pior do que no mesmo período do ano anterior.
O grupo Lufthansa conseguiu aumentar as receitas do faturamento em 6%,
para 14,5 bilhões de euros. O resultado do grupo após seis meses ficou
em menos 168 milhões de euros, o que corresponde a uma melhora de 38
milhões de euros em relação ao ano anterior. Ele contém 36 milhões de
euros como resultado da desistência de áreas de negócios, refletindo a
conclusão da venda da British Midland Ltd.
Simone Menne, diretora financeira e de serviços de aviação da Deutsche
Lufthansa AG desde 1º de julho de 2012, disse por ocasião da
apresentação do resultado semestral que "pretendemos garantir
investimentos futuros em prol dos nossos clientes, a manutenção e
criação de vagas de trabalho para nossos funcionários e crescimento com
lucro por meio de ações contínuas. Não será possível evitar medidas
impopulares, mas não haverá comprometimento da qualidade. A evolução
positiva do resultado e a queda dos custos unitários no segundo
trimestre nos dão certeza de que o esforço vale a pena." O grupo
pretende melhorar o resultado operacional de 2011 no âmbito do programa
Score em pelo menos 1,5 bilhão de euros até o final de 2014.
No segundo trimestre, as empresas aéreas da área de negócios Passage
Airlines deram continuidade à gestão restritiva de espaço e receitas e
todas obtiveram um aumento do aproveitamento e das receitas do tráfego.
Apesar disso, os altos preços do combustível em relação ao ano anterior
contribuíram decisivamente para o fato de que a área de negócios tenha
registrado um prejuízo operacional no valor de 179 milhões de euros (ano
anterior -100 milhões de euros). Por isso, a área de negócios está
ajustando mais uma vez o crescimento da oferta de espaço, a fim de dar
continuidade à evolução positiva de faturamento e rendimentos.
Consequentemente, o grupo Passage Airline reduzirá em 2,5% a oferta de
assentos-quilômetro no horário de voos 2012/2013 em relação ao ano
anterior, o que significa uma redução do crescimento para 0,5% no
exercício de 2012.
A Lufthansa Passage aproveitará a redução da oferta de espaço para
antecipar a desativação de aviões mais antigos e para fazer ajustes
sazonais no horário de voos. Além das medidas já tomadas, serão
retirados do próximo horário os voos continentais de Frankfurt para
Casablanca, Londres-Gatwick, Lamaka, Palma de Malorca e Nápoles. Apesar
de as medidas de gestão de espaço realizadas nos primeiro semestre e o
aumento das receitas de tráfego terem sido positivas para o resultado da
empresa, não foram suficientes para compensar os preços de combustível
mais altos e o aumento das taxas. Nos primeiros seis meses, a Lufthansa
Passage registrou um prejuízo operacional de 300 milhões de euros (ano
anterior -146 milhões de euros).
A SWISS segue lucrativa e obteve lucro operacional no valor de 48
milhões de euros. Devido aos altos custos de combustível e ao forte
franco suíço, porém, o lucro ficou sensivelmente aquém do bom resultado
do ano anterior, de 104 milhões de euros. Por meio da transferência das
operações de voo para a Tyrolean Airways, a Austrian Airlines obteve um
sucesso importante em sua reestruturação e deu mais um passo rumo a uma
maior competitividade. Nesse contexto, surgiram efeitos positivos únicos
no sentido de a empresa ter registrado um lucro operacional no valor de
26 milhões de euros (ano anterior - 64 milhões de euros) no primeiro
semestre. Sem esse efeito, o resultado operacional teria sido de menos
55 milhões de euros.
A evolução da área de negócios Logística foi prejudicada pelo alto preço
do petróleo e a diminuição da demanda por serviços de logística, além da
proibição de voos noturnos no centro de distribuição Frankfurt. O
resultado operacional semestral no valor de 47 milhões de euros (ano
anterior -133 milhões de euros) foi positivo, porém sensivelmente menor
do que no ano anterior.
No desafiante primeiro semestre de 2012, o grupo Lufthansa se beneficiou
principalmente do seu modelo de negócios: todas as áreas de negócios de
serviços aumentaram seu lucro operacional em relação ao ano anterior.
Para a Lufthansa Technik, o lucro operacional foi de 144 milhões de
euros (ano anterior -106 milhões de euros) nos primeiros seis meses do
ano, um aumento de 35,8%. A área de negócios de catering melhorou seu
resultado operacional para 23 milhões de euros (ano anterior 21 milhões
de euros), e a área de negócios de serviços de TI registrou um lucro
operacional no valor de oito milhões de euros (ano anterior 6 milhões de
euros).
Para o exercício de 2012, o grupo conta com a continuação da evolução
positiva da demanda e pretende dar continuidade à gestão restritiva da
oferta. A evolução dos preços de combustível e a influência do quadro
econômico geral, porém, são pouco previsíveis. O grupo continua contando
inalteradamente com o aumento do faturamento e lucro operacional de
valor médio de três dígitos para o exercício. Os custos de
reestruturação no âmbito do programa Score e da consequente redução de
vagas contida no programa ainda não estão incluídas nesta previsão.
Atualmente, estão sendo estimadas em um valor de 100 a 200 milhões de
euros para o ano em curso.
O faturamento do grupo Lufthansa no primeiro semestre de 2012 foi de
14,5 bilhões de euros, 6% a mais do que no mesmo período do ano
anterior. As receitas do tráfego subiram 5,4%, chegando a 11,9 bilhões
de euros. Ao todo, os rendimentos empresariais do grupo no período
analisado chegaram a 15,6 bilhões de euros, um aumento de 3,5%.
Os custos empresariais aumentaram 5,7% no primeiro semestre, chegando a
15,6 bilhões de euros. Um dos principais motivos para tal são os custos
de combustível 642 milhões de euros maiores, somando 3,6 bilhões de
euros, o que corresponde a um aumento de 22%. Este valor contém um
resultado de proteção de preços positivo no valor de 154 milhões de
euros. As taxas ficaram 4,5% acima do valor do ano anterior.
No primeiro semestre, o grupo Lufthansa obteve um resultado operacional
de menos 20 milhões de euros, um recuo de 134 milhões de euros em
comparação ao ano anterior. O resultado do grupo é de menos 168 milhões
de euros. No ano anterior, ele foi de menos 206 milhões de euros. O
resultado por ação melhorou para menos 0,37 euros (ano anterior -0,45
euros).
No período analisado, a Lufthansa investiu 1,4 bilhão de euros. Destes,
1,2 bilhão de euros foram destinados à ampliação e modernização da
frota. O fluxo de caixa operacional foi de 1,7 bilhão de euros, o fluxo
de caixa livre (fluxo de caixa operacional menos investimentos líquidos)
de 584 milhões de euros. No final dos primeiros seis meses do ano, o
grupo registrou endividamento de crédito líquido de 2,3 bilhões de
euros. A quota de capital próprio foi de 26,8%.
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