GOL teve prejuízo de R$ 715 milhões no
segundo trimestre
Companhia perdeu quase o dobro em relação ao mesmo período de 2011
14/08/2012 - 12h59
(Da assessoria da
GOL)
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A GOL divulgou que teve prejuízo líquido de R$ 715,1 milhões no segundo
trimestre de 2012. A companhia havia registrado perdas de R$ 358,7
milhões no mesmo período de 2011.
Segundo a GOL, os resultados foram impactados pela desvalorização do
Real em relação ao Dólar e pelos custos elevados dos combustíveis.
A companhia fechou o primeiro semestre com um prejuízo de R$ 756,5
milhões. No mesmo período do ano passado, o prejuízo foi de R$ 289,31
milhões.
No segundo trimestre de 2012, foi iniciada uma racionalização de voos no
mercado doméstico, que teve como resultado a descontinuação de
aproximadamente 130 voos diários de GOL e Webjet. A rentabilidade dos
voos foi o principal fator para definir os cortes, tendo sido os trechos
longos e os voos noturnos os mais impactados. Como consequência desse
movimento estratégico, a receita de passageiros por assento ofertado
consolidado apresentou crescimento de 5,7% na comparação com o mesmo
período do ano anterior.
Em abril, foi anunciada uma reestruturação organizacional visando
adequar a estrutura de custos e o tamanho da malha a um novo ambiente
macroeconômico. Como resultado desse movimento cerca de 1.500 postos de
trabalhos foram reduzidos no período. As medidas adotadas estão em linha
com os objetivos estratégicos da companhia no que se refere a altos
padrões de segurança, excelência no atendimento ao passageiro,
inteligência na execução em seus processos e eficiência combinada a
simplicidade em sua operação.
Em abril, a GOL recebeu a homologação da ANAC (Agência Nacional de
Aviação Civil) para realizar trabalhos de pintura (convencional e
eletrostática), pesagem e recálculo em aeronaves de outras empresas
aéreas em seu Centro de Manutenção, localizado em Belo Horizonte. A
autorização da agência representa mais uma oportunidade de geração de
receita auxiliar.
Em maio, a GOL foi a primeira aérea brasileira a utilizar a
RNP-AR-Approach (Performance de Navegação Requerida), que reduz o ruído,
diminui o tempo de viagem, economiza combustível e, consequentemente,
minimiza a emissão de gases poluentes na atmosfera. A Performance de
Navegação Requerida permite a otimização do espaço aéreo por meio de
trajetórias mais precisas, sem depender de sinais terrestres de
rádio-navegação. Essa precisão torna possível o pouso em condições
meteorológicas que, normalmente, poderiam obrigar aeronaves a desviar
para outros aeroportos, ou mesmo levar a empresa a cancelar voos antes
da partida. Essa é mais uma das diversas ações adotadas pela companhia
com foco em tornar a operação cada vez mais eficiente.
No segundo trimestre de 2012, a Webjet apresentou uma taxa de ocupação
de 73,5% em suas aeronaves, desempenho similar ao registrado no mesmo
período do ano anterior de 73,9%. O desempenho operacional da malha da
Webjet se deve, principalmente, ao movimento de redução na sobreposição
da malha aérea entre GOL e Webjet, em conformidade com os termos do APRO
(Acordo de Preservação de Reversibilidade da Operação) assinado pela VRG
(GOL), Webjet e CADE.
Neste trimestre houve a primeira devolução das 15 aeronaves aeronaves
Boeing 737-300 previstas para serem devolvidas em 2012. Em agosto, mais
3 Boeing 737-300 foram devolvidos, totalizando até o momento 4 aeronaves
737-300 devolvidos. O movimento de renovação da frota da Webjet por
aeronaves mais jovens, modernas e com maior eficiência no consumo de
combustível, criou uma flexibilidade no que tange a adequação da malha
aérea da companhia. A GOL adapta a sua estrutura de custo no segundo
trimestre de 2012 a uma nova realidade de crescimento permitindo que
ambas as companhias adequassem sua capacidade frente ao novo cenário de
baixa atividade econômica e ambiente macroeconômico desfavorável.
Novamente, GOL e Webjet foram referência na qualidade em prestação de
serviço no segundo trimestre de 2012. A Webjet continuou apresentando os
maiores índices de pontualidade da indústria, atingindo a expressiva
marca de 94,1% no período. A GOL apresentou o segundo maior índice da
indústria, atingindo cerca de 90,1% de pontualidade em seus voos. As
duas continuam trabalhando juntas na busca pelas melhores práticas em
ambas as companhias.
A Webjet também continua sendo referência em termos de eficiência
operacional. Nesse período, o índice de passageiros que fizeram check-in
não presencial ficou em 82%. Na operação da GOL, esse índice atingiu
cerca de 45%. A aprovação da compra da Webjet ainda está sob análise
final do CADE.
Em maio, o Smiles anunciou o lançamento de um voo para Miami exclusivo
para seus clientes. A nova operação, de caráter não regular, teve início
no dia 7 de julho e terá duração até metade de agosto. O novo voo foi um
sucesso com venda de 100% dos assentos oferecidos. Esse novo produto
oferecido aos participantes do programa faz parte de um conjunto de
iniciativas adotadas pela companhia com o objetivo de fortalecer e
amadurecer ainda mais o programa.
Em junho, GOL e Qatar Airways anunciaram o início do acordo Frequent
Flyer, uma extensão do relacionamento que já ocorria via acordo de
code-share vigente entre as empresas. Pela parceria, participantes do
Smiles, da GOL, e do Privilege Club, da companhia do Oriente Médio,
podem acumular milhas em todos os voos operados pelos dois grupos e, em
breve, também será possível realizar os resgates de bilhetes. Além da
Qatar, a GOL possui acordo de code-share e Frequent Flyer com a Delta
Airlines, Air France, KLM e American Airlines.
O Smiles anunciou o lançamento de um produto inédito no mercado
brasileiro: a compra de milhas. Por meio do site do programa, é possível
comprar lotes de 1.000 até 40.000 milhas e trocar por passagens aéreas.
Antes, isso era possível apenas pela transferência de pontos de cartões
de crédito, pela compra de produtos de empresas parceiras ou por meio de
promoções do programa. Com o novo produto, as milhas são creditadas
imediatamente, assim que o pagamento é efetuado via cartão de crédito.
Esse é mais um produto no portfólio do programa com o objetivo de
fortalecer a percepção da marca Smiles nesse segmento de negócios.
Ao final do segundo trimestre de 2012, o programa apresentava 8,7
milhões de clientes em sua base, um crescimento de cerca de 12% frente
ao mesmo período do ano anterior. No segundo trimestre de 2012, o Smiles
registrou o expressivo crescimento de 53% na quantidade de resgates de
milhas para utilização na malha aérea internacional dos parceiros aéreos
globais da companhia. Esse crescimento, se deve, principalmente, à
criação da plataforma online de resgate de milhas desses parceiros
durante o começo do ano de 2012. Essa iniciativa contribuiu para
melhorar ainda mais a percepção de maior facilidade no resgate das
milhas pelos clientes do programa.
Em maio, o jornal The Wall Street Journal publicou os resultados de uma
pesquisa feita anualmente pela consultoria de viagem IdeaWorks Co em
sites de companhias aéreas para verificar a efetividade de programas de
milhagem em termos de disponibilidade de assentos no momento de resgate
de milhas. A falta de disponibilidade de assentos para resgate
utilizando milhas é uma das grandes reclamações dos clientes. A pesquisa
consultou sites de 23 empresas para voos entre junho e outubro de 2011.
O programa de milhagem Smiles, da GOL, ficou em terceiro lugar dentre as
companhias aéreas da amostra e foi a melhor companhia aérea brasileira
no ranking. O índice de disponibilidade de assentos no momento do
resgate das milhas atingiu 97,1%.
A GOL permanece focada na construção de uma unidade de negócio
diferenciada para acompanhamento e gerenciamento do Smiles. O
fortalecimento do Smiles permitirá à GOL explorar um novo mercado de
atuação e criar uma diferenciação em sua base de faturamento. Assim como
o mercado de aviação, o mercado de venda de milhas está diretamente
relacionado com o crescimento da nova classe média brasileira e a
constante evolução no aumento no crédito no Brasil, crenças que já
direcionam a GOL em seu modelo de negócio.
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