Empresas de Táxi Aéreo cobram
fiscalização da ANAC
ABTAer realizou um encontro no último sábado em São Paulo
12/12/2012 -
22h45
(Da
assessoria da ABTAer)
-
No último sábado, dia 8 de dezembro, mais de 50 empresas do segmento de
táxi aéreo estiveram reunidas em São Paulo com representantes da ANAC
(Agência Nacional de Aviação Civil). Em pauta, o transporte aéreo
ilegal, usando aeronaves particulares como táxi aéreo, a burocracia
excessiva, a recente exigência de treinamento em simulador (que só
existem fora do país e que, e que tanto autoridade aeronáutica primária
quanto o fabricante autorizam treinamento na própria aeronave).
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Divulgação - ABTAer |
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IV
Encontro Nacional das Empresas de Táxi Aéreo
discutiu os problemas do setor no Campo de Marte.
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Em
nome da ANAC estiveram presentes o gerente de Vigilância de Operações da
Aviação Geral, Antonio Alessandro Mello Dias, e o gerente técnico de
Processo Normativo da Superintendência de Aeronavegabilidade, Roberto
Honorato.
Dias apresentou o que foi feito até agora pelo segmento de táxi aéreo,
falou dos processos de desburocratização em andamento, e ouviu as
críticas dos empresários do setor. A maior queixa diz respeito ao
excesso de manuais pedidos para as empresas, 26. "O setor tem inúmeras
demandas e problemas, por isso estabelecemos uma agenda de reuniões
periódicas", disse o gerente da ANAC.
Ele disse ter consciência de que muitas das exigências não acrescentam
nada em termos de segurança e nem servem de estímulo para o crescimento
econômico. Para os empresários, ao contrário, fomentam o tráfego ilegal.
"O sistema estimula o crescimento do pirata, que não teme, não segue
regulamento e nem pode ser punido", disse o presidente da ABTAer,
comandante Milton Arantes. A entidade, com mais de 50 empresas de táxi
aéreo associadas, foi a organizadora do evento, o IV Encontro Nacional
das Empresas de Táxi Aéreo.
A falta de fiscalização do táxi pirata foi duramente criticada, mas a
ANAC admitiu não ter mão de obra suficiente e alegou não ser tão simples
flagrar, pois os passageiros são instruídos a dizer que são amigos do
piloto ou do dono da aeronave, escondendo o fato de terem pagado pelo
serviço.
O IV Encontro Nacional das Empresas de Táxi Aéreo também previa a
presença de um representante do DECEA (Departamento de Controle do
Espaço Aéreo), que cancelou na última hora, alegando não ter sido
autorizado pela AGU (Advocacia Geral da União) a participar de nenhum
encontro que fosse discutir tarifas aeroportuárias. O segmento de táxi
aéreo sofreu 250% de reajuste nas tarifas no ano passado e vai receber
mais 80% em janeiro.
De acordo com o presidente da entidade, em dois anos e meio, a ABTAer
conquistou muita coisa e já é, por exemplo, parte do Conselho Consultivo
da ANAC, e realiza reuniões técnicas mensais com a agência. "Mas ainda
há muito por fazer, especialmente levando em conta que o segmento não
transporta ricos a lazer como muitos pensam. Maior parte dos voos é
aeromédico, levando pacientes e órgãos para transplantes, peças de
reposição para a indústria, correio, malotes bancários e pessoas a
lugares em que a aviação comercial não chega, incluindo as plataformas
de petróleo", disse o comandante Milton.
Atualmente, existem 183 empresas de táxi aéreo no Brasil, gerando 250
mil empregos diretos e uma arrecadação de impostos federais superior a
R$ 1 bilhão. Com uma frota de 1536 aeronaves (tanto as chamadas asa fixa
quanto rotativa), estas empresas transportaram 1,3 milhão de pessoas em
2010, realizando 211.984 voos por todo país.
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