Metades de três aeroportos são leiloadas
por R$ 24,5 bilhões
Empresas privadas administrarão
51% dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília
06/02/2012 - 13h12
(Valdemar Júnior)
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Com ágio de 347%, o Governo Federal leiloou hoje, dia 6 de fevereiro, na
Bovespa, em São Paulo, 51% dos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos,
Viracopos, em Campinas, e Brasília, por R$ 24,5351325 bilhões. Os outros
49% das ações continuarão com a estatal Infraero.
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Rodrigo Zanette -
01/07/2011 |
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Passageiros lotam o aeroporto de Cumbica. Apesar de o prazo ser
curtíssimo, o Governo Federal espera que algumas obras de ampliação
fiquem prontas antes da Copa do Mundo de 2014 para diminuir o caos em
Guarulhos, Viracopos e Brasília.
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O consórcio Invepar, que tem 90% de
participação da Invepar Investimentos e Participações e Infraestrutura e
10% da Airport Company South Africa, ofereceu R$ 16,213 bilhões pelo
aeroporto de Cumbica , com ágio de 373,5%, e ficou com 51% do aeroporto
de Guarulhos.
O consórcio Aeroportos Brasil, que conta com 45% da Triunfo
Participações e Investimentos, 45% da UTC Participações e 10% da Egis
Airport Operation, da França, ofereceu R$ 3,821 bilhões pelo aeroporto
de Viracopos, com ágio de 159,75%, e ficou com 51% do aeroporto de
Campinas.
E o consórcio Inframérica Aeroportos, composto por 50% da Infravix
Participações e 50% da Corporation America, da Argentina (a mesma que
ficou com o aeroporto de São Gonçalo do Amarante, em Natal), ofereceu R$
4,501 bilhões pelo aeroporto de Brasília, com ágio de 673,89%, e ficou
com 51% do aeroporto da capital federal.
Nos próximos 45 dias, os consórcios terão que assinar os contratos e, a
partir daí, terão que operar os terminais por seis meses (prorrogáveis
por mais seis meses) junto com a estatal Infraero e só depois poderão
assumir integralmente as operações.
Os tempos de concessão dos três aeroportos é de 20 anos para Cumbica, 30
para Viracopos e 25 para Brasília, prazo muito pequeno para a obtenção
de lucro em relação aos pesados investimentos que terão que ser feitos,
ou seja, somente altas taxas viabilizarão as operações. A ANAC (Agência
Nacional de Aviação Civil) informa que as tarifas não subirão e, se isso
acontecer, os consórcios terão prejuízo.
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