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Embraer perde contrato com o governo dos Estados Unidos
Contrato era de US$ 355 milhões para fornecimento de 20 aviões Super Tucano

28/02/2012 - 18h40
(Rodrigo Zanette
) -
Não foi nenhuma surpresa. Assim podemos definir o que aconteceu hoje, dia 28 de fevereiro, com a Embraer. O fabricante brasileiro teve cancelado um contrato com a Força Aérea dos Estados Unidos, a US Air Force, porque não teria cumprido o contrato, citando problemas com a documentação.

_

Valdemar Júnior - 07/08/2011

 

AVIAÇÃOPAULISTA.COM

 

Embraer EMB-314 (A-29A) Super Tucano, prefixo FAB 5713, da Força Aérea Brasileira, fazendo uma passagem baixa sobre uma das pistas da Academia da Força Aérea, em Pirassununga (SP), durante o Domingo Aéreo.
 
  

A empresa brasileira rebateu o governo dos EUA dizendo em nota que "a Embraer lamenta o cancelamento do contrato referente à aquisição do avião de combate leve para o projeto Light Air Support (LAS), informado hoje pela força aérea dos Estados Unidos. Junto com sua parceira nos Estados Unidos, Sierra Nevada Corporation (SNC), a Embraer participou do referido processo de seleção disponibilizando, sem exceção e no prazo próprio, toda a documentação requerida".

Ainda de acordo com a Embraer, "a decisão a favor do Super Tucano, divulgada no dia 30 de dezembro de 2011, pela US Air Force, foi uma escolha pelo melhor produto, com desempenho em ação já comprovado e capaz de atender com maior eficiência às demandas apresentadas pelo cliente. A Embraer permanece firme em seu propósito de oferecer a melhor solução para a Força Aérea dos Estados Unidos e aguardará mais esclarecimentos sobre o assunto para, junto com sua parceira SNC, decidir os próximos passos".

Nos EUA, o fabricante brasileiro contava com o apoio da Boeing em seu contrato e, também, por um lobby que a empresa estadunidense fazia no Congresso. A ideia da Boeing era que, ao mesmo tempo que os EUA comprassem os Super Tucano, os brasileiros comprariam o F/A-18 Super Hornet, o que não deve acontecer, já que o governo brasileiro prefere os caças franceses.

Outro problema enfrentado pela Embraer foi a oposição da Hawker Beechcraft, que usava como desculpa a frase "devemos proteger a indústria nacional", que concorria com o AT-6.

A pressão foi tanta que o governo dos EUA foi "obrigado" a achar falhas no contrato para cancelar a compra de 20 Super Tucano avaliados em US$ 355 milhões.

Se o Brasil comprasse os caças da Boeing, eles seriam produzidos por aqui.
     

 
 
 
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